Tuesday 1 September 2009

Ruptura no negócio entre BCP e Graça Machel em Moçambique

Millennium-bim mexe com nomenklatura



Maputo (Canalmoz) - A venda de 10% do BIM está à beira de falhar. Graça Machel quer ficar com as acções, mas quer, simultaneamente, afastar o Dr. Mário da Graça Machungo, que foi ministro do seu ex-marido, Samora Moisés Machel e o primeiro primeiro-ministro de Moçambique.
A actual esposa do líder histórico do ANC sul-africano, Nelson Mandela, quer substituir o actual presidente do banco do BCP em Moçambique, Mário Machungo, pelo seu filho. A notícia foi avançada ontem pela jornalista Maria Teixeira Alves, no jornal português Diário Económico.
O negócio de venda de 10% do BIM (banco maioritariamente detido pelo Millennium BCP) à sociedade Whatana, liderada por Graça Machel, está à beira da ruptura. A proposta de compra apresentada pela ex-primeira dama moçambicana, em Janeiro deste ano, tinha como data prevista para a concretização do negócio o mês de Junho. Falhado este prazo, as partes acordaram um novo adiamento, desta vez até Outubro. Mas entretanto em Moçambique têm saído notícias que não só dão por garantido que Graça Machel vai comprar 10% do BIM, como, após a venda, o actual presidente Mário Machungo seria substituído pelo filho de Graça Machel. Essas notícias não caíram bem dentro do BIM, e desagradaram à administração portuguesa do BCP, soube o Diário Económico, deixando as negociações, que até agora estavam num impasse, muito próximas da ruptura, escreve aquele diário português na sua edição de ontem. Contactada, a administração do BCP não quis fazer qualquer comentário, refere a autora da notícia. O BCP e a sociedade de Graça Machel já tinham mesmo chegado a um acordo quanto ao preço da venda, mas desde então, os moçambicanos não mais avançaram para um acordo.
Mário da Graça Machungo foi primeiro-ministro do primeiro governo liderado por Joaquim Chissano.

( Canalmoz, 01/09/09 )

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