Saturday 30 June 2018

Membros do MDM renunciam ao partido e juntam se à Renamo

Membros do MDM renunciam ao partido e juntam se à Renamo
A falta de democratização no seio do partido e projectos concretos para governar, bem como o apoderamento do poder de forma absoluta da família Simango são dos elementos apresentados por alguns membros do Movimento Democrático de Moçambique, da delegação da cidade de Maputo, que nesta sexta-feira anunciaram a sua saída do partido do galo e juntarem-se ao maior partido da oposição no país.
“Não temos outra alternativa, senão juntarmo-nos à Renamo, que é de facto, neste momento, o único partido da oposição com capacidade real de ganhar as eleições e governar Moçambique”, disse Ismael Nhancucue, em representação dos membros que abandonaram o MDM.
A Renamo, representada por Gania Mussagy, membro da Comissão Politica, deu as boas-vindas aos novos membros. No entanto, não confirmou e nem negou que Venâncio Mondlane será cabeça de lista da perdiz nas eleições autárquicas para a cidade de Maputo, tendo dito apenas que ele foi aceite no partido.
“A Renamo, como partido, tem os seus órgãos e dentro em breve dirá alguma coisa quanto ao Venâncio Mondlane, mas de princípio, já recebemos Venâncio Mondlane”, disse Mussagy.


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São Pedro partiu de Goa para comandar procissão na baía de Maputo

São Pedro foi com Portugal para o mar há séculos, chegou à Índia e fez o Índico de volta até Moçambique, onde descendentes de Goa ainda hoje o celebram como padroeiro dos pescadores.
A procissão de 29 de junho na baía de Maputo é uma tradição com cerca de 60 anos da comunidade piscatória goesa, emigrada para a Katembe, margem sul da então Lourenço Marques (hoje, Maputo), contam os participantes.
Em vez de um altar, a pequena imagem do santo está guardada num barco à escala no Clube de São Pedro, que por sua vez, no dia de festa, é carregado em ombros até outro barco, de transporte de passageiros, reservado para os padres e dezenas de participantes.


Lusa

Friday 29 June 2018

Ministério Público moçambicano pede 18 meses de prisão editor de semanário julgado por caricatura


O Ministério Público moçambicano pediu hoje a condenação a um ano e seis meses de prisão do editor do semanário Canal de Moçambique, Matias Guente, num processo sobre uma caricatura envolvendo a antiga administradora do Banco de Moçambique.
O pedido de prisão de Matias Guente consta da acusação que o Ministério Público moçambicano lida hoje no início do julgamento de um processo movido em 2017 por Joana Matsombe, na sequência da referida caricatura.
Para o Ministério Público, o Canal de Moçambique caluniou e difamou a antiga administradora do Banco de Moçambique, ao retratá-la numa caricatura de fato de banho, acompanhada do antigo governador do Banco de Moçambique Ernesto Gove, de tronco nu e calções.
No mesmo espaço, aparecem as palavras "Nosso Banco" e "Supervisão Bancária".
O Ministério Público defendeu ainda que o jornal deve pagar à autora da queixa uma indemnização no valor de dois milhões de meticais (28.700 euros).
Ouvida em tribunal, Joana Matsombe disse que a caricatura e outros textos publicados pelo Canal de Moçambique sobre a sua atuação como administradora foram uma ofensa à honra e abalaram o seu casamento.
"Ao tirarem-me de fato de banho na companhia do meu chefe [governador do Banco de Moçambique] pretenderam transmitir a ideia de que não sou séria e que as mulheres em Moçambique ascendem a cargos não por competência mas porque prestam favores sexuais", declarou Joana Matsombe.
Por seu turno, o editor do Canal de Moçambique declarou que o semanário recorreu à caricatura para ilustrar a negligência do Banco de Moçambique na supervisão do sistema financeiro moçambicano, em particular na falência do Nosso Banco.
"A administradora Joana Matsombe era a porta-voz do Banco de Moçambique no caso Nosso Banco, que acabou entrando em colapso", afirmou Matias Guente.
O Nosso Banco está em processo de liquidação decretado pelo Banco de Moçambique, depois de o banco central o ter obrigado a cessar operações em 2016 devido à "situação financeira e prudencial deficitária, pondo em risco os interesses dos depositantes e demais credores, bem como o normal funcionamento do sistema bancário".
A sentença do processo contra o editor do Canal de Moçambique será conhecida no dia 17 de julho.

( Lusa )

Thursday 28 June 2018

Ossufo Momade - Excerto da entrevista ao Canal de Moçambique em 27.06.2018




Canal - O que é que foi acordado?

Ossufo Momade - Primei­ro é o enquadramento dos ofi­ciais oriundos da Renamo nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique. O segundo pon­to é a integração das forças re­siduais da Renamo na Policia da República de Moçambique, em várias especialidades. E posteriormente, é claro, vamos acantonar as nossas forças, para serem selecionadas para o mesmo efeito. Vamos acan­tonar todos. Então, dali seleciona-se aqueles que vão para as Forças de Defesa e Seguran­ça, incluindo o SISE, e os que vão para a reinserção social e vão-se integrar normalmente. Agora, quando aparece a ban­cada da Frelimo a dizer que a Renamo deve desarmar as suas forças, é uma chantagem e é uma interferência ao diálogo, na medida em que esse assunto está a ser tratado en­tre as duas chefias, a chefia da Renamo e a chefia da Frelimo. Nos tempos, era o presidente Dhlakama e o presidente Nyusi Neste momento, eu tenho feito esse trabalho com o presi­dente Nyusi. Nós não sabemos onde é que foram buscar essas ideias de que a Renamo seja urgentemente desarmada Eu, pessoalmente, considero isso uma chantagem sem sentido.

Canal - Em reacção à posi­ção da bancada parlamentar da Frelimo, a chefe da banca­da parlamentar da Renamo disse que as questões mili­tares estavam a ser tratadas de modo a que a integração aconteça a partir de Outubro.

Ossufo Momade - Esse é o nosso propósito, na medida em que nós não gostaríamos que levasse mais tempo. En­tende? O primeiro plano é encontrar os oficiais que estão nas Forças de Defesa de Mo­çambique oriundos da Rena­mo. Esse processo ainda não iniciou, mas, dentro de dias, nós vamos entregar os nomes, conforme aquilo que vem dos acordos que tiveram lugar entre o presidente Dhlakama e o presidente Nyusi. Depois do enquadramento desses ofi­ciais é que vamos para a inte­gração das forças residuais da Renamo na Policia da Repú­blica de Moçambique. Agora, vir neste momento, dizer que a Renamo tem que desarmar, essa é uma brincadeira. O assunto está a andar. O Pre­sidente da República, duran­te a sua estadia na província da Zambézia e em Inhambane, sempre disse que as questões estão a ser tratadas com toda a responsabilidade.

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Canal de Moçambique - 27.06.25018


FONTE : Moçambique para todos

Renamo pede três meses para reintegrar seus efetivos armados nas Forças de Defesa de Moçambique

O secretário-geral da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) defendeu um prazo de três meses para a reintegração dos homens armados da sua formação, o maior partido de oposição, nas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.
Renamo pede três meses para reintegrar seus efetivos armados nas Forças de Defesa de Moçambique
“Este tempo é suficiente para que as regras e princípios a serem seguidos, de acordo com os entendimentos já alcançados, sejam cumpridos”, disse Manuel Bissopo, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
O secretário-geral da Renamo falava em Nampula, norte de Moçambique, onde realiza uma visita de trabalho.
Para Bissopo, “há vontade de dois lados” e reafirmou que o principal partido de oposição em Moçambique quer uma paz permanente.
“A Renamo quer que esta paz seja para sempre, a intenção é que não exista apenas uma única força com armas, para que não sejam essas a matar-nos amanhã”, declarou o também deputado no parlamento moçambicano pela Renamo.
Bissopo acrescentou ainda que o processo desmilitarização está a decorrer normalmente, dentro dos acordos entre o falecido líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama, e o chefe de Estado, Filipe Nyusi.
“Nós sentimos que temos um grande compromisso para com o povo, que é a manutenção da paz”, acrescentou Bissopo, sem, no entanto, fazer referência ao impasse no parlamento entre o seu partido e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, no que diz respeito ao arranque do debate sobre a revisão da Constituição para a descentralização, uma das principais exigências da Renamo nas negociações de paz.
A Assembleia da República de Moçambique travou, na semana passada, a pedido da Frelimo, a realização de uma sessão extraordinária que havia sido marcada para os dias 21 e 22.
A Frelimo evocou a falta de avanços no processo negocial sobre o desarmamento da Renamo para solicitar o adiamento da reunião que serviria para conciliar a lei eleitoral com as alterações à Constituição no âmbito do pacote de descentralização negociado entre o Presidente moçambicano e Afonso Dhlakama – que morreu a 03 de maio, devido a doença.


Lusa

Friday 22 June 2018

AR: Desentendimentos sobre questões militares ditou adiamento da sessão extraordinária

Desentendimentos no diálogo sobre questões militares ditou o adiamento da sessão extraordinário da Assembleia da República, que tinha sido agendada para esta semana.


O membro e porta-voz da Comissão Permanente, António Amélia, disse, ontem, que a bancada do partido Frelimo é que submeteu o pedido de adiamento da sessão, alegando falta de avanços no diálogo com a Renamo, sobre questões militares.
“Colocadas estas questões e ouvidas as outras partes, concretamente a bancada parlamentar da Renamo, não havendo uma aproximação de posições que pudessem resultar na viabilização da sessão extraordinária deliberou-se por adiar a sessão aguardando-se pela realização da próxima sessão, aos sinais, aos avanços, segundo o pedido da bancada parlamentar da Frelimo”, disse António Amélia, membro e porta-voz da Comissão Permanente da Assembleia da República, falando em conferência de imprensa sobre o adiamento da sessão extraordinária, para uma data por indicar.


( RM )

Monday 18 June 2018

Frangoulis abandona MDM e diz que partido não é alternativa política

Frangoulis abandona MDM e diz que partido não é alternativa política
Uma verdadeira ruptura dentro do MDM! É assim que António Frangoulis classifica a situação que se vive no Movimento Democrático de Moçambique. Frangoulis diz que tanto ele como Venâncio Mondlane ainda vão aparecer publicamente a explicar os seus posicionamentos.
Frangoulis anunciou esta sexta-feira, durante o programa Noite Informativa da Stv, que vai abandonar o MDM e que apenas falta formalizar a sua saída do partido.
Diz ainda que não há nenhuma justificação para o MDM não realizar eleições internas e que por não ser democrático, o partido mostrou não ser nenhuma alternativa política em Moçambique.
António Frangoulis termina afirmando que muitos jovens abandonaram o MDM por se terem apercebido que o partido não é democrático.
Antigo director da Polícia de Investigação Criminal (PIC) da Cidade de Maputo e adjunto comissário da Polícia, António Frangoulis, renunciou a membro da Frelimo em Junho de 2014, para se juntar ao Movimento Democrático de Moçambique.
Entrou para o MDM como candidato a deputado da Assembleia da República pelo círculo eleitoral da província de Maputo.

Friday 15 June 2018

“Não sou, não serei e não quero ser cabeça de lista do MDM”

 “Não sou, não serei e não quero ser cabeça de lista do MDM”
O Movimento Democrático de Moçambique, MDM, anunciou, esta sexta-feira, Venâncio Mondlane como cabeça de lista do partido para as eleições autárquicas na cidade de Maputo.
Durante o anúncio, o MDM reiterou que a manutenção do deputado para candidato a edil da capital foi de consenso entre os membros.
No entanto, esta tarde, Venâncio Mondlane apresentou o seu posicionamento, através de um áudio que ele mesmo gravou, no qual se distancia desta indicação. “Eu, Venâncio Mondlane, não sou cabeça de lista do MDM, não serei e não quero ser cabeça de lista do MDM. Não sou candidato a presidente do Conselho Municipal de Maputo pelo MDM”, disse.
O deputado foi mais além afirmando que o anúncio do MDM não é verídico. “Mas este anúncio que vai ser feito ou que já tenha sido feito é verdadeiramente falso e não veio de mim, não tem o meu consentimento, não tem o meu aval. É, para todos efeitos, um anúncio nulo”, acrescentou.
Venâncio Mondlane adiantou que nos próximos tempos dará o esclarecimento definitivo de qual posicionamento e a direcção irá tomar.
As quintas eleições autárquicas estão marcadas para 10 de Outubro próximo nos 53 municípios do país


O P
aís

Monday 4 June 2018

Ossufo Momade passa a residir na Serra da Gorongosa

Ossufo Momade passa a residir na Serra da Gorongosa
O Tenente general Ossufo Momade, coordenador da Comissão Política Nacional da Renamo, que está a dirigir os destinos deste partido desde a morte do seu líder, por doença, no passado dia 3 de Maio passa a residir, desde domingo último, na base do partido, nas matas da Serra da Gorongosa, em Sofala, exactamente onde residia Afonso Dhlakama.
O facto foi deliberado e anunciado pela Comissão Política da Renamo, que esteve reunida, no passado domingo na Serra da Gorongosa, na sua 5ª sessão extraordinária, alargada ao Estado-maior General e outros quadros. A deliberação teve efeitos imediatos.
"A 5ª sessão extraordinária da Renamo, que foi alargada ao Estado-maior general deste partido e a outros quadros do nível central, deliberou que o coordenador da comissão politica nacional deste partido passa a residir desde ontem, na Serra da Gorongosa" - explicou Alfredo Magumisse, porta-voz da Comissão Politica da Renamo.
Magumisse acrescentou ainda, para justificar a permanência de Ossufo Mamade em Gorongosa, que é do entendimento da Renamo que "a permanência do nosso coordenador aqui em Gorongosa irá permitir maior e melhor coordenação das actividades do partido".
Refira-se que o Presidente da República, Filipe Nyusi, chegou a deslocar por duas vezes para a Serra de Gorongosa, a fim de encontrar-se com o líder da Renamo, no âmbito da busca de paz efectiva. E agora como será com Ossufo Momade?
"Sempre dissemos que estamos abertos ao diálogo, desde que morreu o nosso líder. Continuamos abertos e acreditamos que será encontrado uma forma para contactos abertos e permanentes entre o governo e a Renamo"- indicou Magumisse.
Ainda de acordo com Alfredo Magumisse, a 5ª sessão extraordinária da Renamo passou igualmente em revista os processos militares e políticos em curso no país, nomeadamente, continuação do processo de descentralização, continuação do processo de negociação com o governo do dia para rapidamente se fechar o dossier de assuntos militares.
A Renamo exortou ainda aos seus membros, simpatizantes e a população em geral para "continuarem calmos, visando a preparação e participação dos processos eleitorais em curso".
Refira-se que Ossufo Momade foi eleito, por unanimidade, como coordenador da Comissão Politica Nacional da Renamo, no passado dia 6 de Maio, três dias após a morte de Afonso Dhlakama.
Ossufo Momade é antigo guerrilheiro da Renamo. Já foi Secretário-geral da Renamo entre 2005 e 2012, tendo sido substituído por Manuel Bissopo actual Secretário-geral deste partido. Momade é actualmente deputado da Assembleia da República.
No dia em que foi nomeado como coordenador da "Perdiz", Ossufo Momade, garantiu que o seu partido vai dar seguimento aos passos já dado pelo seu antigo líder, nomeadamente o diálogo, na busca da paz.



O País