Thursday 28 February 2008

A mão externa

As manifestações populares de 5 de Fevereiro de 2008, contra a subida da tarifa do chapa-100, fez ressuscitar o fantasma que agita o povo, segundo disse o ministro dos Transportes e Cominicações, António Munguambe. Ninguém se assume como líder das manifestações, mas, o governo sabe que por detrás disto, está alguém a incitar as manifestações, afirmou. O mau hábito de ver xipocos onde eles não existem neutraliza o Governo e retira-lhe a criatividade.
Quando a agitação acontece no Centro e Norte, dizem que é obra da Renamo. Se for no Sul, são crianças, marginais e mão externa. Esta é a lógica de avestruz.
Nós não vimos nenhum fantasma ou criança instrumentalizada nem marginais. Vimos o povo revoltado pela incapacidade do Governo em resolver os problemas básicos da sociedade – ausência de políticas para relançar a indústria e a agricultura, apesar de tantos recursos disponíveis, altos índices de criminalidade. Os linchamentos que aparecem um pouco por todo o País, são um sinal de saturação pela ineficácia dos órgãos de justiça.
Não houve nenhum xipoco nas manifestações populares para quem anda atento ao que se passa com moçambicanos. Há muito que avisámos que o povo não aguenta mais. Era urgente o Governo fazer qualquer coisa para atenuar a pressão, porém, ninguém levou em linha de conta tais advertências. A mão externa de que se refere Munguambe é algum partido ter agitado o povo para se manifestar de forma violenta. Gostaria ele de ter visto o povo a entregar uma carta de protesto e a cantar venceremos, venceremos.
No nosso modesto entender, a mão externa reside na incapacidade do Governo de garantir transporte público, deixando tudo entregue aos chapa-100. Temos vindo, quase todos os dias, a identificar a mão externa, que impede o Governo de trabalhar. Munguambe parece que não costuma ler, com atenção, os sinais que escrevemos. Os que deveriam solucionar os problemas do País andam ocupados com seus business, como o desflorestamento, captura de camarão e esquartejar empresas públicas.
A mão externa é a que desindustrializou o País. Limpou de Moçambique a pequena e média indústria, que garantiam emprego e entulhou-o de megaprojectos, para satisfazer os interesses das companhias internacionais. A mão externa é a que diz que não se deve investir na agricultura, por ser um sector instável, deixando o País incapacitado de produzir alimentos para si, enquanto os países desenvolvidos financiam e mandam para Moçambique arroz, batata, tomate, frangos, ovos, queijo e manteiga, o que poderia ser produzido por moçambicanos.
A mão externa engana o povo com falsas estatísticas de desenvolvimento de Moçambique, enquanto as populações não têm dinheiro para pagar ao chapa-100, e passa certificados de bons rapazes aos nossos governantes. A mão externa manifesta-se pela injusta divisão da renda nacional. Vemos um grupo reduzido cada vez mais rico e a maioria, o povo, cada vez mais pobre.

( Artigo da autoria de Edwin Hounnou, retirado, com a devida vénia, do “ A TribunaFax”, de 19/02/08. Nota: brevemente falarei do blogue deste ilustre jornalista moçambicano.)

Sunday 24 February 2008

Sociedade civil exige despartidarização

A sociedade civil moçambicana, em encontros promovidos em 129 distritos pelo Fórum Nacional do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP), exige que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) sejam despartidarizados.
A sociedade civil recomenda também que o Conselho Constitucional deva ser mais proactivo e que deve garantir a despartidarização do Estado.
O documento do Fórum, que faz uma avaliação ao desempenho do Governo de Moçambique, será entregue brevemente a Armando Guebuza que o deverá apresentar na próxima Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), prevista para Julho de 2008.
O referido documento foi baseado em opiniões de cerca de 4.200 pessoas ouvidas em 128 distritos.
( Conferir "Correio da Manhã", de 20/02/08)

Lésbicas reunem-se em Maputo

Pela primeira vez, Maputo vai acolher amanhã, dia 25, uma reunião de mulheres lésbicas, bissexuais, transexuais e feministas. A reunião, que decorre até ao dia 29, acolhe cerca de 80 mulheres oriundas de vários países africanos e é promovida pela Associação LAMBDA, ainda em formação.
Um dos temas deste encontro é “Preparar pensadoras e líderes feministas lésbicas do Século 21: uma proposta feminista ao patriarcado e à homofobia em África”.
Conhecendo todos os argumentos, devo afirmar que sou contra este tipo de comportamentos e filosofias, embora tenha um espírito tolerante. Porém, sabendo que a sociedade moçambicana também não aceita este tipo de comportamentos alternativos, tinha curiosidade em saber quantas moçambicanas estão preparadas a assumir as suas opções e quais as exigencias que pretendem fazer a uma sociedade que lhes é abertamente hostil.

(Conferir o “Correio da Manhã”, de 20/02/08)

Saturday 23 February 2008

Comentários após o sexo

COMENTÁRIOS APÓS O SEXO, SEGUNDO O SIGNO...
Carneiro: "Ok, vamos fazê-lo outra vez!"
Touro: "Continuo com fome? vamos repetir?."
Gémeos: "Viste o comando da televisão?"
Caranguejo: "Quando é que casamos?"
Leão: "Não fui fantástico?"
Virgem: "Preciso de arrumar tudo direitinho."
Balança: "Eu gostei se tu gostaste."
Escorpião: "Talvez seja melhor eu desamarrar-te."
Sagitário: "Não me telefones - Eu telefono-te."
Capricórnio: "Tens um cartão de visita?"
Aquário: "Vamos tentar agora sem roupas!"
Peixes: "Como é que disseste que te chamavas?"

(Préstimos de Margarida)

POESIA MATEMÁTICA

????????
POESIA MATEMÁTICA

Quem 60 ao teu lado e 70 por ti,

vai certamente rezar 1/3

para arranjar 1/2 de te levar para 1/4

e ter a coragem de te dizer:

20 comer ! ! !

( Préstimos de Margarida )

Sunday 17 February 2008

Se este poema fosse

Se este poema fosse mais do que simples
Sonho de criança...
Se nada lhe faltasse para ser total realidade
Em vez de apenas esperança...
Se este poema fosse a imagem crua da verdade,
Eu nada mais pediria à vida
E passaria a cantar a beleza garrida
Das aves e das flores
E esqueceria os homens e as suas dores...
-se este poema fosse mais do que mero
sonho de criança.

Ai meu sonho ...
Ai minha terra moçambicana erguida –
Com uma nova consciência, digna e amadurecida ...
A minha terra cortada em sua extensão
Por todas essas realizações que a civilização
Inventa para tornar a vida humana mais feliz ...
Luz e progresso para cada povoação perdida
No sertão imenso, escolas para crianças,
Para cada doente, a assistência da ciência consoladora,
Para cada braço de homem, uma lida
Honrada e compensadora,
Para cada dúvida, uma explicação,
E para os homens, Paz e Fraternidade!

Ah, se este poema fosse realidade
E não apenas esperança!
Ah, se o fosse o destino da nova humanidade
A cantar então a beleza das flores,
Das aves, do céu, de tudo o que é futilidade –
Porque a dor humana então não existiria,
Nem a infelicidade, nem a insatisfação,
Na nova vida plena de harmonia!

(Noémia de Sousa [Vera Micaia], Lourenço Marques, 29/5/1949)

Premonição

**Vale a pena ser pai?**

Ora durmam sossegados, está bem?

Um homem vai ao quarto do seu filho para lhe dar as boas noites. O garoto está a ter um pesadelo. O pai acorda-o e pergunta-lhe se ele está bem. O filho responde que está com medo porque sonhou que a tia Suzana tinha morrido. O pai garante que a tia Suzana está muito bem e manda-o de novo para a cama. No dia seguinte a tia Suzana morre. Uma semana depois, o homem volta ao quarto do seu filho para lhe dar as boas noites. O garoto está a ter outro pesadelo. O pai acorda-o e pergunta-lhe se ele está bem Ele responde que está com medo porque sonhou que o avô tinha morrido. O pai sossega-o dizendo-lhe que o avô está muito bem, ainda há pouco falou com ele. No dia seguinte o avô morre. Mais uma semana, a cena repete-se, o garoto está a ter outro pesadelo. O pai acorda-o e pergunta-lhe se ele está bem. Desta vez o filho responde que está com medo porque sonhou que o pai tinha morrido. O pai garante que está muito bem, mas a verdade é que vai ele próprio deitar-se sem conseguir pregar olho! No dia seguinte, está apavorado. Tem a certeza que vai morrer. Vai para o trabalho e conduz com todo o cuidado para evitar uma colisão. Não almoça com medo que a sua comida esteja envenenada. Evita toda a gente, com medo de ser assassinado. Tem um sobressalto em cada esquina. A qualquer movimento suspeito esconde-se debaixo da mesa. Está apavorado, sua estopinhas!!! Ao fim do dia volta para casa. Encontra sua mulher que o vê lívido e preocupada com o seu estado. - Meu Deus ... hoje tive o pior dia da minha vida !!! - começa por balbuciar. Ao que ela responde, toda chorosa: - Certamente não foi pior do que o meu! Imagina que o meu chefe morreu hoje...

(Préstimos de António Velho)

Friday 15 February 2008

Quando o governo se demite do seu papel!



Em países democráticos, os governos, por terem sido eleitos, têm as suas responsabilidades acrescidas de servir melhor o povo que os legitimam. Os governos não são eleitos para organizar seminários e workshops, onde os participantes bebem água mineral e estimulam o apetite com rebuçados, enquanto aguardam pelo manjar recheado de iguarias. Ninguém elege um governo ineficaz,
que incuba problemas, agravando-os ou que vem adiando a sua resolução A única razão de ser de qualquer governo é resolver os problemas do povo - saneamento, transporte, abastecimento de água, electricidade, centrosde saúde, escolas, estradas, organizar a rede comercial, construir pontes e infra-estruturas essenciais à vida dos cidadãos. Para que isso seja possível, é condição fundamental, que o governo tenha políticas sectoriais exequíveis e bem delineadas. Os recentes distúrbios, que abalaram Maputo, são uma ponta do iceberg de problemas muito mais profundos, que não foram resolvidos, durante vários anos. Foi uma oportuna medida, autorizar transportes semi-colectivos, chapa-100, porém, a intervenção do governo não foi mais por além. A única coisa que se vê é o movimento frenético de polícias de trânsito e municipal, nas ruas, à caça de refresco e mata-bicho.
Agora que a bomba explodiu, fala-se do Estado subsidiar combustível. Como será feito, se os chapas, de modo geral, não têm a contabilidade organizada? Como se pode subsidiara um informal? Este problema não deve ser menosprezado, porque os grandes tumultos começam por pequenos levantamentos populares, a que os políticos oportunistas chamam de vento num copo. Nem sempre o mais fácil é o melhor. O governo deixou o problema de transporte, em particular nas grandes cidades, entregue aos informais e foi-se entretendo com soluções paliativas que, hoje, se provam insuficientes.
Vem, agora, ao de cima a questão da ausência de políticas sectoriais de que ninguém se lembra fazer. Os problemas sociais não se resolvem atirando polícia anti-motim contra a população furiosa. Quem assim o fizer, se compara a um louco que atira petróleo à fogueira na expectativa dever as chamas apagadas. Os tumultos sociais resolvem-se com soluçõespacíficas e não com tiros. A França, em 2006, com Nicolas Sarkozy como ministro do Interior, agiu quando Paris e outras cidades pegaram violência, devido a problemas de discriminação e recalcamentos dos jovens franceses de origem africana. Ninguém foi morto. Isto seria uma boa lição para os nossos governantes. A subida constante do preço do pão pode desembocar num problema bicudo,se medidas sérias não forem acauteladas. Subsidiar o custo do pão, quanto a nós, não pode ser uma solução definitiva. Moçambique deve ter políticas agrárias bem claras. O País tem condições agro climatéricas propícias para produzir trigo. Gaza, Manica, Tete, Zambézia e Niassa produziam, outrora, muito trigo e, se se tivesse continuado, poderiam aliviar o problema. Quando o Governo se demite das suas funções, dá, sempre, no torto.

( Comentário da autoria de Edwin Hounnou, retirado, com a devida vénia, do “A Tribuna Fax”, de 08-02-08).

Luta de classes



Desmentindo todos aqueles que a julgavam morta e enterrada, debaixo do peso do liberalismo triunfante, a velha Luta de Classes resolveu sair à rua para mostrar que está viva e de saúde. Na terça-feira tivemos uma demonstração de
força do Poder Popular. Muito misturado com oportunismos e outros vandalismos mas, claramente, o poder dos eternamente esquecidos, humilhados e ofendidos.
A partir de quarta-feira passámos a ter a demonstração de força do patronato, através da greve dos donos dos chapas. Greve que tem um único significado: Ou vocês aceitam as nossas posições ou instalamos o caos na cidade não transportando ninguém para os seus locais de trabalho.
E, entre estas duas posições, temos um governo que não pode ter o caos nas ruas (já se verificou que as forças de segurança não estão capazes de lidar com uma situação como a de terça-feira) mas que também não pode contrariar os empresários privados dos transportes, muitos deles dirigentes e apoiantes do partido Frelimo.
Nas suas declarações públicas o Ministro dos Transportes mostra sempre que o seu coração está do lado do sector privado. E talvez esteja aí precisamente o nó do problema.
Numa situação como esta o governo procura, imediatamente, encontrar formas alternativas de transportar as pessoas para os seus locais de trabalho. Coloca na rua os camiões militares, mobiliza transportes de outras organizações, faz qualquer coisa.
No nosso caso, no entanto, o Governo está a deixar a população à mercê da chantagem dos chapeiros. Talvez à espera que as longas caminhadas amoleçam a resolução dos protestantes.
Talvez por coincidência, ou talvez não, as bombas de combustivel estão secas de gasolina. Isto quer dizer que mesmo aqueles que ainda se podiam movimentar em viaturas privadas ficam cada vez mais à mercê dos chapas.
Isto para não falarmos da quase inexistência de transportes públicos. A empresa dos TPM tem uma frota muito pequena para o tamanho da cidade e, daquelas medidas como os comboios suburbanos, há muito não ouço falar.
Ora tudo isto faz com que pensemos que, mesmo nos países de maior predomínio liberal, há áreas, de grande sensibilidade, que são mantidas sempre sob o controlo do Estado. E os transportes são uma delas, na medida em que, sem transportes, a economia de um país fica paralizada e ninguém responsavel pode permitir que isso aconteça. A economia de uma cidade como é o conjunto
Maputo-Matola não pode ser deixada totalmente nas mãos de uma classe de proprietários de chapas que, antes do interesse nacional, olham para o seu interesse pessoal.
Para isso serve o poder moderador do Estado, quando este o tem. Quando não tem, como parece ser o caso, ficamos reféns.
A presente crise, que já se vinha a anunciar há muito, vai mostrar que capacidade tem o nosso executivo para responder a uma situação que é grave e sem soluções óbvias.
De claro mau gosto a notícia da partida do Chefe de Estado (e do Governo, lembre-se) para as zonas das cheias neste momento. O Executivo tem dado a cara apenas através do Ministro dos Transportes. E mesmo este numa posição de fraqueza no meio das duas forças em confronto.
Mas a crise de terça-feira ultrapassou em muito a àrea dos transportes. Passou a ser uma crise de segurança pública e de ameaça forte à economia.
Era preciso que a mais alto nível nos viessem dizer em que pé estão as coisas. Senão, vamos pensar que o Governo se demitiu das suas responsabilidades e o país está entregue a si próprio.
Na terça feira um amigo, com formação militar, comentava que não se viu, no céu de Maputo, um helicóptero a sobrevoar as zonas de conflito para saber para onde enviar reforços. Vão-me dizer que as nossas forças de segurança não possuem helis.
Será que a delegação presidencial às cheias também não leva os habituais helicopteros?

( Artigo da autoria de Machado da Graça, retirado, com a devida vénia, do “Correio da Manhã”, de 08-02-08 ).
































































Wednesday 13 February 2008

Nota de Imprensa do MISA

MISA-Moçambique e Centro de Integridade PúblicaNota de ImprensaAs manifestações populares havidas na passada terça-feira, 5 de Fevereiro de 2008, nas cidades de Maputo e Matola, não só trouxeram um pesado fardo para a economia do país como também mostraram quão forte é ainda o controlo governamental sobre os órgãos de comunicação social públicos e privados. A cobertura dos incidentes foi muito condicionada. O MISA-Moçambique e o Centro de Integridade Pública estiveram atentos à forma como os incidentes foram reportados pelos diversos órgãos de comunicação social e, com base em observação directa e recurso a entrevistas com jornalistas e editores, apurámos o seguinte:• Logo nas primeiras horas da manhã, a STV começou a reportar a revolta popular com directos a partir dos locais em que a violência era mais notória. Por volta das 9.30 horas, este canal trazia algumas incidências, ajudando muitos cidadãos a se precaveram. Mas os directos da STV foram bruscamente interrompidos por volta das 10 horas, tendo o canal passado a transmitir uma telenovela;• No canal público, a TVM, ao longo da manhã, as revoltas não foram notícia. Ao invés de informar sobre os acontecimentos, a TVM transmitia reportagens sobre o CAN (Taça das Nações Africanas em futebol);• No seu Jornal da Tarde dessa terça-feira, a TVM não dedicou um minuto sequer às manifestações, que haviam iniciado cedo pela manhã, embora alguns repórteres daquela estação pública se tivessem feito à rua com o propósito de documentarem o que estava a acontecer;• À noite, no Telejornal, quando os telespectadores esperavam que o canal público trouxesse um retrato detalhado dos acontecimentos, a TVM abordou o assunto de uma forma marginal, negligenciando o facto de que, no domínio da informação, aquele era um assunto de inquestionável destaque; • Segundo apurámos, um veterano jornalista da TVM hoje fora da Chefia da Redacção terá recebido “ordens superiores” para vigiar “conteúdos noticiosos subversivos”;• Na Rádio Moçambique (RM), repórteres que se encontravam em vários pontos das cidades de Maputo e Matola foram obrigados, na tarde daquela terça-feira, a interromper as reportagens em directo que vinham fazendo desde as primeiras horas e instruídos a recolherem à Redacção, supostamente como forma de se evitar um alegado “efeito dominó” dos acontecimentos; • No decurso do Jornal da Manhã de terça-feira, o jornalista Emílio Manhique anunciou que, no seu talk show denominado “Café da Manhã” do dia seguinte, quarta-feira, teria como convidado o sociólogo Carlos Serra, para fazer comentários sobre as manifestações populares. Mas, ao princípio da tarde do mesmo dia, Serra recebeu uma chamada da RM, através da qual foi informado que o o convite tinha sido cancelado “por ordens superiores”. Na quarta, no lugar de o Café da Manhã debater os incidentes do dia anterior, o tema de destaque foi o HIV/Sida. Isto levou a que muitos ouvintes da RM telefonassem para a estação manifestando-se decepcionados com rádio pública, dado que o assunto do momento eram as manifestações;• O Jornal Notícias, que tem como um dos accionistas principais o Banco de Moçambique, também não escapou a este esforçou de omitir as evidência. Logo que se aperceberam da revolta, os executivos editoriais do jornal destacaram várias equipas de reportagem para a rua, mas as peças produzidas foram editadas numa perspectiva de escamotear a realidade. No dia seguinte, o jornal apresentava textos onde se destacavam frases do tipo “…quando populares e oportunistas se manifestaram de forma violenta, a pretexto de protestarem contra a subida das tarifas dos semi-colectivos…”, e “…entre pequenos exércitos de desempregados e gente de conduta duvidosa…”, etc, etc. Estes e outros factos mostram que a cobertura noticiosa de acontecimentos sensíveis continua a ser alvo de controlo governamental, privando a opinião pública de ter acesso a informação. No caso vertente, a informação sobre o que estava a acontecer em vários pontos do Grande Maputo era vital para que os cidadãos desprevenidos tomassem conhecimento dos lugares onde a revolta era mais violenta, evitando assim se exporem a riscos. Por outro lado, muitos populares prestaram declarações a jornalistas, mas elas não foram transmitidas, vendo assim a sua liberdade de se expressarem mutilada. Estas marcas de censura são perniciosas para a sociedade moçambicana. No caso da TVM, a mão do Governo no controlo editorial mostra que a noção de serviço público com que a estação opera não significa colocá-la ao serviço do povo (e dos contribuintes) , informando com isenção e rigor. Estes condicionalismos a que o trabalho dos jornalistas está sujeito traduz-se numa clara violação à Constituição da República de Moçambique (CRM), nomeadamente no seu artigo 48º, que versa sobre Liberdades de Expressão e Informação, e à Lei de Imprensa (Lei 18/91 de 10 de Agosto). A Constituição é clara quando refere que “todos os cidadãos têm direito à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa, bem como o direito à informação” e que “o exercício da liberdade de expressão, que compreende nomeadamente a faculdade de divulgar o próprio pensamento por todos os meios legais, e o exercício do direito à informação, não podem ser limitados por censura”. O relato dos actos da revolta da passada terça-feira era do interesse público, pois a mesma afectou negativamente vários sectores da sociedade moçambicana, tanto mais que na mesma ocasião que a revolta percorria as ruas do Grande Maputo, a comunicação por telemóvel tornou-se, estranhamente, difícil ou mesmo impossível.A forma como alguns órgãos de comunicação social se portaram, omitindo uma revolta evidente ou escamoteando a sua dimensão e as suas causas, sugere um cada vez maior controlo governamental sobre o sector. Esta governamentalização actua no sentido contrário ao plasmado na Constituição da República e na Lei de Imprensa, nomeadamente porque coarcta o acesso à informação. Avaliações recentes, como o espelha o Relatório de 2006 do MISA-Moçambique sobre Liberdade de Imprensa publicado no ano passado, mostram um crescente aumento da vigia das autoridades do Estado sobre os media, destacando-se a censura, o que em estado a deteriorar o ambiente de trabalho dos jornalistas.O MISA-Moçambique e o CIP apelam a quem de direito para que se não intrometa no trabalho dos jornalistas e dos seus órgãos de comunicação social, por tal se traduzir em violação crassa à CRM e à Lei de Imprensa.Maputo, 10 de Fevereiro de 2008 MISA-Moçambique e CIP

Tuesday 12 February 2008

Balanço dos tumultos de 5 de Fevereiro em Maputo

Pelo menos três agentes da Polícia da República de Moçambique, afectos à Brigada Anti-crime, foram mortos por populares durante os motins ocorridos em Maputo e arredores na semana passada.. Os agentes foram mortos no bairro de Xiquelele, segundo afirmou ontem Arnaldo Chefo, porta-voz do comando da PRM, de Maputo.
Chefo revelou terem sido queimadas seis viaturas, uma das quais pertencente à empresa Electricidade de Moçambique, quebrados vidros de 23 viaturas, enquanto 10 estabelecimentos comerciais eram destruidos. Igualmente foram vandalizadas oito lojas e duas escolas.
Arnaldo Chefo admitiu a possibilidade de a Polícia ter usado balas de chumbo. Nestes tumultos assinale-se a morte de quatro pessoas e mais de cem feridos, dos quais 15 ainda estão internados no Hospital Central de Maputo. Cinco moradores nos bairros suburbanos foram intoxicados pelo gás lacrimogéo lançado pela Polícia e foram presas 56 pessoas, alegadamente por violação de propriedade alheia e danificação de bens públicos.
( Conferir Diário do País, edição de 12-02-08)

Sunday 10 February 2008

Povo está cansado de mentiras do Governo

O maior partido da oposição, em Moçambique, RENAMO, considera que o incumprimento do Manifesto Eleitoral e a falta de definição de políticas exequíveis, relacionadas com os combustíveis, pelo partido no poder, FRELIMO, estão na origem da actual crise que se vive na Capital e província de Maputo.
Segundo o porta-voz da “perdiz”, Fernando Mazanga, a situação de caos, despoletada pela nova tarifa dos transportes semi-colectivos de passageiros, chapas, que deveria ter entrado em vigor, terça-feira última, em consequência do aumento do preço dos combustíveis, resulta do facto de o Governo da FRELIMO ter prometido adquirir transportes públicos de passageiros movidos a gás e aumentar a frota de comboios, para dar vazão ao problema dos transportes, o que, até ao momento, não passou de um mero discurso político, que se consubstancia numa mentira, devido a não efectivação da promessa, facto que deixa o povo enfurecido.
“A população deveria se ter manifestado, há dois ou três anos, mas não o fez, porque o Governo prometeu introduzir transportes públicos movidos a gás, para além de aumentar a frota dos comboios. Consta, no Manifesto, que a FRELIMO proverá transportes”.
Mazanga, que falava em exclusivo ao A Tribuna Fax, disse não ter havido motivos para que o preço dos combustíveis subisse, no mercado nacional. “Há um falso problema, que levou ao aumento dos preços de combustível. Quando o barril custava 90 dólares, no mercado internacional, nos anos 2004/5, o valor de câmbio por unidade de dólar oscilava entre os 27 e 28 mil meticais, da antiga família. Hoje, o barril custa 100 dólares e o câmbio de um dólar é de 23 meticais, porque a moeda nacional está robusta, o que significa que, o preço do diesel deveria, pelo contrário, baixar, pelo menos, para 24 meticais”, disse Mazanga.
“Os transportadores têm razão. Quantas vezes os combustíveis registaram subidas de preço e s tarifas dos chapa se mantiveram?”, questionou, ajuntando que “o problema não é dos combustíveis ou transportadores. É do Governo do partido FRELIMO, e a população está dizer, com a insurreição, que está cansada pelo incumprimento do Manifesto Eleitoral e o custo de vida está cada vez mais, insuportável. Se sobe o combustível, aumenta o preço de transporte, o de trigo também, o que encarece o pão, facto que não afecta os governantes da FRELIMO e suas famílias”.
“Mesmo a Revolução Verde, que se considera fundamental para o combate à pobreza, depende do combustível. O Governo não pode remendar uma capulana velha”, referiu, de forma metafórica, para explicar que “a medida de baixar o preço dos combustíveis para conferir término à manifestação popular é imprudente.
No entender de Mazanga, o Governo deveria criar empresas públicas de transporte de pessoas e bens, para além de estabelecer de estabelecer reservatórios de combustíveis, para que a subida dos combustíveis, no mercado internacional, não tenha um impacto imediato.
“O Governo deve preocupar-se em criar reservas financeiras, de víveres, combustíveis, inclusive de água, para fazer face a situações de emergência. O Governo não se preocupa em reduzir o custo de vida dos moçambicanos”, reiterou o porta-voz da RENAMO. (IC)

(Retirado, com a devida vénia, de A Tribuna Fax de 08-02-08)

RUE culpa Governo pela morte de inocentes

O porta-voz da Renamo União Eleitoral, RUE, na Assembleia da República e deputado pelo círculo eleitoral da Cidade de Maputo, Eduardo Namburete, veio a público, ontem, manifestar a indignação e repúdio da sua bancada, pela actuação do Governo, no trato das recentes manifestações.
Para a bancada parlamentar da RUE, pelo menos, a morte de três cidadãos inocentes pela Polícia da República de Moçambique, PRM, Surpresa Mussane, 36, José Cuna, de 22 anos de idade, este último que encontrou a morte não por acidente e de um cidadão não identificado, deve ser responsabilizada ao Governo, e o Ministério do Interior deve pronunciar-se, assumindo a responsabilidade pelo incidente.
Segundo Namburete, Mussane, mãe de 5 filhos, encontrou a morte, por volta das 17 h04as, quando tentava proteger as suas crianças do gás lacrimogéneo arremessado pela Polícia , na Avenida Acordos de Lusaka, perto da Praça dos Heróis. Cuna, “trabalhador e pacato cidadão”, foi morto por tiros da PRM, por volta da meia noite do dia 5 de Fevereiro, sentado a pouco mais de 20 metros da sua residência, também na Acords de Lusaka, nas proximidades do cruzamento com a Avenida Joaquim Chissano. O terceiro cidadão, cuja identidade os deputados não conseguiram apurar, foi morto pela PRM, na mesma avenida, e, também, não estava participando das manifestações. “O seu pecado foi, apenas, passar por onde estava a Polícia da República de Moçambique”.
“À altura do assassinato de Cuna, os tumultos já tinham cessado, em quase toda a cidade, e não havia razão para a polícia ter disparado a matar contra o jovem que, segundo testemunhas, apenas estava sentado na companhia de amigos, nas proximidades da sua residência”, disse o porta-voz da RUE, reafirmando que “sob o pretexto de restabelecer a ordem e tranquilidade públicas, a polícia matou pelo menos três pessoas que nada tinham a ver com as manifestações”.
“Acreditamos viver numa sociedade democrática onde as manifestações são uma das formas de luta pelos direitos de cidadania, uma forma de manifestar a vontade e preocupações. Manifestações ocorrerão, em outros momentos da vida do País, pelo que apelamos ao Governo a repensar a sua forma de lidar com situações de levantamentos populares, priviligiando outros meis para conter tais situações, como o recurso a jactos de água, balas de borracha, gás lacrimogéneo, e mais importante, envolver nestas operações pessoa treinadas para lidar com manifestações populares e não pessoas treinadas para matar”, disse.
Os deputados da RUE, que não concordam com a violência e a destruição de bens e propriedades individuais ou colectivas, por mais nobres que sejam as razões das manifestações, repudiam e condenam, com veemência, a utilização de balas de chumbo para conter manifestações.
Consideram, ainda, insensato, arrogante e até falta de pudor, o Governo vir a público falar de violação dos direitos, quando o mesmo Governo, que as dveria proteger atirou com balas de chumbo ferindo e matando crianças, jovens, mulheres e idosos.
De acordo com a fonte, as manifestações do dia 5 resultam da decisão desconcertada do Governo e dos transportadores dos semi-colectivos de aumentar as tarifas para níveis considerados inaceitáveis e intoleráveis para a maioria dos citadinos A decisão mostra, no entender da RUE, por si só, o quanto o Governo da Frelimo, ao mesmo tempo que propala a sua preocupação com o bem estar estar das populações, “retira a mínima possibilidade de estas populações se erguerem da miséria imposta por políticas demagógicas que governam o país há mais de 32 anos”.
“Entendemos que o transporte é um direito que os moçambicanos têm e é uma obrigação do Estado. O povo não tem que negociar com Governo o direito a transporte, da mesma forma que não tem que negociar o direito à educação, habitação e saúde. Um direito é um direito. Uma obrigação é obrigação”.
Namburete recordou que, ainda, no dia 22 de Março de 2007, mais de 100 pessoas inocentes foram mortas e outras 500 feridas, pelos artefactos bélicos, sob a guarda do Ministério da Defesa, e “temos relatos de que, até hoje, pessoas há que perderam familiares e bens, mas o governo ainda não se dignou a compensá-las”. (IC)

(Retirado, com a devida vénia, do “A Tribuna Fax”, de 08-02-08).

Saturday 9 February 2008

O chefe

Afinal existe explicação



No princípio da humanidade, quando Deus criou o corpo humano, os órgãos vitais do mesmo começaram a discutir sobre quem seria o chefe.

O cérebro expôs: "eu devo ser o chefe já que ordeno o funcionamento de todos vocês".

Os olhos argumentaram: "nós devíamos ser o chefe porque guiamos todo o corpo".

O coração disse: "então eu deveria ser o chefe porque levo o sangue para que todos vocês funcionem".

Nesse caso, disse o estômago: "eu serei o chefe porque os alimento a todos".

As pernas declararam-se chefes porque, segundo elas, "transportam todo o corpo".

Os demais órgãos indignaram-se pelo que cada um sentia, quando a merda pediu para ser ela a chefe.

Todos se riram desta tirada que consideraram despropositada.

E a merda declarou: "eu serei a chefe"... e negou-se a sair durante 5 dias.

O corpo estalava!
O estômago sentia-se mal!
Os olhos nublavam-se!
O coração ameaçava parar!
As pernas tremiam!
E então todos gritaram: "Que a merda seja o Chefe!"

E DESDE ENTÃO QUALQUER MERDA É CHEFE.

(Préstimos de Maria Helena)

Comentário

Ensinamentos das eleições quenianas

O povo é pacífico, mas, em alguns momentos, pode não aceitar engolir sapos vivos. Os quenianos acabam de dar um importante aviso aos políticos que querem o poder a qualquer preço. Os da Frelimo alegam que os regimes que apoiaram a guerra civil em Moçambique, deixaram de existir, portanto, não há condições para revoltas populares. Enquanto os da Renamo, à mistura com princípios difusos de um cristianismo de rápida aprendizagem, juram que não voltam às matas.
Conhecemos o Quénia, considerado por muitos, como um país estável e em desenvolvimento. Um povo pacífico e trabalhador. Uma fauna bravia das mais apreciadas do mundo. A sua capital, Nairobi, é uma cidade linda, limpa e arborizada. O seu aeroporto, Jomo Kenyata, um dos mais movimentados da África Oriental, onde vários povos se cruzam. Para deitar abaixo o sonho dos quenianos, bastou umas eleiçõoes mal feitas em que certos políticos desejam permanecer no poder a qualquer preço.
Mwai Kibaki, candidato para sua sucessão, forçou a comissão eleitoral a proclamá-lo vencedor, ignorando a vontade popular que tinha alternativa, foi quanto bastou para incendiar o país e mergulhá-lo na maior carnificina da sua história. A oposição, liderada por Raila Odinga, não aceitou, atirou-se à luta. Não ficou a chorar ou a contar estórias de que lhe roubaram votos, como estamos habituados a ouvir entre nós.
A oposição queniana teve a certeza da vitória, por isso, com todas as energias, saíu à rua, em protesto. Não deu prazo a Kibaki e seu partido para se retratarem. Não esperou pela bênção dos Estados Unidos que, no início, haviam reiterado o seu reconhecimento à vitória de Kibaki, nem da União Europeia que, em muitas ocasiões, vai na boleia dos americanos. Com determinação, disse que Kibaki perdeu as eleições.
Os Estados Unidos e a União Europeia impõem, aos povos, regimes antidemocráticos, baseando-se na falsa filosofia, segundo a qual, os enchimentos das urnas, a violência policial, as intimidações e as prisões dos elementos da oposição não influiram no resultado final. Os quenianos rejeitaram tais argumentos. Queriam, no poder, o presidente escolhido pelo sufrágio popular e não o mais esperto, aquele que usou truques.
A situação que se vive no Quénia, muito se assemelha aos momentos a seguir às nossas eleições de 1999. Foi visível o embaraço do então presidente da comissão eleitoral, Jamisse Taimo, quando ia anunciar os resultados. Deixou transparecer que os resultados que trazia eram duvidosos, de tal modo que hesitou tanto e ficou com a voz a estremecer.
Fica, para nós, a lição de que os órgãos eleitorais – Comissão Nacional de Eleições e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral – devem deixar de agradar um punhado de políticos. A desfrelimização destes órgãos é um imperativo para que fiquem dissipadas as dúvidas sobre quem ganha e quem perde uma eleição.

(Artigo de Edwin Hounnou, publicado no “A Tribuna Fax”, de 06-02-08.)

Monday 4 February 2008

Meditação

DANCE LIKE NO ONE'S WATCHING

We convince ourselves that life will be better after we get married, have a baby, then another. Then, we are frustrated that the kids are not old enough and we will be more content when they are. After that we are frustrated that we have teenagers to deal with. We will certainly be happy when they are out of that stage.

We tell ourselves that our life will be complete when our spouse gets his or her act together, when we get a nicer car, are able to go on a nice vacation, when we retire. The truth is, 'there is no better time than right now'. If not now, when? Your life will always be filled with challenges.

It is best to admit this to yourself and decide to be happy anyway. One of my favourite quotes comes from Alfred D'Souza. He said: "For a long time it had seemed to me that life was about to begin - real life. But there was always some obstacle in the way, something to be gotten through first, some unfinished business, time still to be served, a debt to be paid. Then life would begin. At last, it dawned on me that these obstacles were my life."
This perspective has helped me to see that there is no way to happiness. Happiness is the way. So, treasure every moment that you have. And treasure it more because you shared it with someone special, special enough to spend your time... and remember that time waits for no one...

So stop waiting until you finish school, until you go back to school, until you lose ten pounds, until you gain ten pounds, until you have kids, until your kids leave the house, until you start work, until you retire, until you get married, until you get divorced, until Friday nights, until Sunday morning, until you get a new car or home, until your car or home is paid off, until spring, until summer, until fall, until winter, until you are off welfare, until the first or the fifteenth, until your song comes, until you have had a drink, until you have sobered up, until you die, until you are born again to decide that THERE IS NO BETTER TIME THAN RIGHT NOW TO THE HAPPY...

Happiness is a journey, not a destination.

THOUGHT FOR THE DAY:
Work like you don't need money,
Love like you have never been hurt,
And dance like no one's watching!


(Não me recordo a proveniencia destas maravilhosasa palavras, mas gostei muito!)

Sunday 3 February 2008

Hoje é Sábado, relaxe


No Pediatra...

Uma mulher leva um bébé ao consultório do pediatra.
Depois de alguns momentos de espera na sala, a enfermeira a manda entrar no consultório.
Depois da apresentação, o médico começa a examinar o bébé e vê que o seu peso está abaixo do normal e pergunta:
- O bébé toma leite materno ou de mamadeira?
- Leite materno, diz a senhora.
- Então, por favor, mostre-me os seus seios.
A mulher obedece e o médico toca, apalpa, aperta ambos os seios, gira os dedos nos mamilos; primeiro suavemente, depois com mais força, coloca as mãos em baixo e os levanta uma vez, duas vezes, três vezes, num exame detalhado. Faz um beicinho e sacode a cabeça para ambos os lados e diz:
- Pode vestir a blusa.
Depois de a senhora estar novamente composta o médico diz:
- É claro que o bébé tem peso a menos. A senhora não tem leite nenhum.
- Eu sei, doutor. Eu sou a Tia. Mas adorei ter vindo...


Friday 1 February 2008

Os conselhos da Ministra

Um dos aspectos mais caricatos da crise energética que assola a África do Sul é ouvirmos as justificações dos irresponsáveis. As últimas baboseiras foram proferidas no Parlamento pela Ministra da Energia, Bujelwa Sonjica. Muito segura da sua importancia e com ar sério, aconselhou: " Vão dormir mais cedo para que possam crescer e acordar mais espertos." (conferir The Citizen, 31-01-08). Ainda em relação à postagem sobre o canhu, começo a acreditar que tenho dificuldades em adquirir essa bebida porque outros açambarcam para consumo próprio!