Sunday 31 August 2008

Financiamento de campanhas eleitorais, acesso à comunicação social pública

A democracia de que frequentemente se fala e se contesta que não esta sendo aplicada ou exercida é um processo com dinâmica e leis próprias. As leis ou preceitos são por muitos sobejamente conhecidos mas a aplicação prática dos mesmos não acontece em geral por vontade e poder de quem exerce o poder numa determinada altura.
Em Moçambique já ficou evidente que um modus vivendi verdadeiramente democrático faria perigar e mesmo desaparecer um reinado de cidadãos especiais com direito a tudo e mais alguma coisa em resultado da sua participação no processo de libertação de Moçambique. Está claro que todos os que beneficiam dos privilégios que a sua posição oferece ou concede não estão minimamente interessados em que a democracia se concretize.
Como estamos num pais multipartidário e em que ainda é permitido questionar seria interessante ver os partidos políticos, por inerência da sua natureza, virem a público manifestarem-se por aquilo que são os garantes da democracia. Embora seja um ideal, democracia faz-se através da soma de todo um conjunto de passos. Requer que se tenha em atenção todos os aspectos que lhe dizem respeito sob pena da sua implementação não acontecer. Assim sendo as consequências que prejudicam todo o processo não se fazem esperar.
Na esteira das questões que compõem o mosaico democrático nacional há assuntos que com frequência são esquecidos ou relegados para a margem como se não tivessem importância.
Os partidos políticos da oposição queixam-se muitas vezes do tratamento a que são sujeitos mas quando assim procedem poucas são as vezes em que mencionam as causas disso.
Os resultados do que fazemos em geral dependem da maneira como concebemos essas acções. No processo de concepção define-se o que se pretende quase sempre tendo em mente que não coincidência completa entre objectivos e resultados.
A diferença entre o que se consegue ao nível dos resultados depende muitas vezes não só do domínio que se possui ou conhecimento do «dossier» em mão mas também de imponderáveis.
Definir objectivos é o ponto de partida. E definir com sentido de realizar tais objectivos passa por assumir seus conteúdos e fazer deles guias da respectiva acção.
Brevemente teremos campanhas eleitorais para diversos pleitos eleitorais.
Parece que a maioria dos partidos da oposição no país estão se está queixando de que não tem fundos e que suas sedes funcionam em casa dos presidentes de tais agremiações. Mais do que tais carências tudo indica que a esses partidos falta algum entendimento do que é um partido politico e quais são as suas fontes de financiamento.
Está claro que o aprofundamento da democracia no país exige que se nivele o campo de actuação politica dos partidos. Mas são os partidos que devem conquistar aderência de mais membros e através de quotas constituírem a sua base financeira. É assim em todo o mundo. Quanto menos o governo der para os partidos melhor para o partido no poder.
Nada do que se disse invalida a necessidade de urgentemente se tornar os mecanismos de financiamento das campanhas dos partidos transparentes. Se há leis específicas elas devem ser conhecidas e se não existem então há que criar legislação apropriada. Não há que inventar nada. Há no mundo exemplos de onde colher. Tudo no sentido de se garantir que a soberania nacional e os interesse do país sejam acautelados.
Outro aspecto essencial para que eliminem as causas das dúvidas e alegações de fraudes ou mesmo fraudes nos processos eleitorais, tem a haver com o acesso aos meios de comunicação pública. Exige-se igualdade e é isso que os partidos devem garantir desde já que aconteça. Espera-se que os partidos moçambicanos definam sua conduta através de um código que respeite os valores da ética e os interesses superiores da nação.
A origem dos fundos, sua quantidade, distribuição é de extrema importância para a efectiva democratização da vida nacional.
Quanto mais cedo tudo isso ficar esclarecido quem ganha é a democracia em Moçambique.

FONTE:
(Noé Nhantumbo)
CANAL DE MOÇAMBIQUE – 28.08.2008

Oração dominical




Senhor Deus meu e Pai meu, que neste momento o Senhor estenda suas mãos para que abençoe abundantemente a pessoa lendo esta mensagem.
Que em sua vida, o Senhor lhe dê muita prosperidade. Se por ventura se encontrar doente, que desapareça toda a enfermidade e que se cure.
Seja quem for esta pessoa, que os teus anjos, Senhor, a protejam como a menina dos teus olhos.
Novamente eu te peço Senhor, abençoa esta pessoa e à sua família, dando-lhe Saúde, Paz, Amor e Harmonia.
Amen!

Carroças que encontramos no caminho

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
'- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa??'
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
'- Estou ouvindo o barulho de uma carroça'.
'- Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia!
'Perguntei a meu pai:
'- Como pode saber se é uma carroça vazia, se ainda não a vimos?
E ele respondeu:
'- Ora, é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia, mais barulho ela faz.

'Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando para intimidar, tratando o próximo com grossura de forma inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz de meu pai dizendo:
' - Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz....


( Retirado de um e-mail recebido )

Saturday 30 August 2008

Humor

Regras no Casamento Ai se a moda pega!!!

Um casal recém-casado vai viver na sua nova casa e o homem diz:
- Se você quer viver comigo as minhas regras são estas:- As 2as. e 3as. à noite, vou tomar café com os amigos;- As 4as. à noite vou ao cinema com o pessoal;- E as 5as., 6as e Sábados à noite, vou ao bar com os colegas.- Aos Domingos vou deitar cedo porque preciso descansar!- Se queres, queres, se não queres ...
Então a mulher responde:
-Para mim só existe uma regra:- Aqui em casa todas as noites tem sexo; Quem está, está ....Quem não está..... AZAR ....

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ESTA FOI A PERGUNTA DE UMA CALOIRA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SAÚDE DO PORTO SOBRE PAPILAS GUSTATIVAS.

Esta história é verídica. Numa aula de biologia, o professor estava a falar sobre o alto teor de glicose encontrado no sémen, quando uma caloira levantou o braço e perguntou:
- Se eu entendi bem, o professor está a dizer que se encontra muita glicose no sémen. - Seria tanto quanto no açúcar?
- Sim. Respondeu o professor.
- Então por que é que o gosto não é doce?
Após um silêncio de estupefacção, a turma toda escangalhou-se a rir. A pobre caloira ficou roxa de vergonha assim que percebeu quão impensada foi sua pergunta. A resposta do professor, entretanto, foi clássica:
- O gosto não é doce porque as papilas gustativas que reconhecem o sabor doce, encontram-se na ponta da língua e não no fundo da garganta...

Thursday 28 August 2008

Fauvet da AIM de novo contra o Zambeze

Num artigo da AIM com data de 21 de Agosto Paul Fauvet volta a carga contra o semanário ZAMBEZE na sequência do processo que o Ministério entendeu levantar contra aquele semanário devido ao artigo publicado em Maio em que questionava a nacionalidade da actual Primeira Ministra, Luísa Diogo com base na lei da nacionalidade que foi aplicada na altura a milhares de mulheres de moçambicanas para as fazer perder a nacionalidade por via do casamento com estrangeiros mas que no caso desta ilustre cidadã se está a querer fazer passar a ideia de que a lei para ela não se aplica.
Como sempre, Fauvet começa por chamar o jornal como sendo da extrema direita. Quer ignorar a lei e passar por si do caso de milhares de outras mulheres que perderam a nacionalidade por causa do casamento com estrangeiros. Essas outras mulheres não contam?
Fauvet na sua prosa, sob pretexto de reportar a conferência de Imprensa convocada pelo acusador do Ministério Público para justificar a decisão do aludido julgamento ter sido à porta fechada, entre várias situações, classifica de “absurda” a história contada pelo ZAMBEZE.
Diz Fauvet, funcionário da AIM que está sob alçada de Luisa Diogo e é como quem diz sua chefe, que “em Maio o ZAMBEZE publicou uma história com uma sugestão absurda de que a mulher moçambicana, nascida de parentes moçambicanos, na província moçambicana de Tete, não era moçambicana de todo”. “A base para isso é de que Diogo contraiu matrimónio com um cidadão português na altura em que vigorava uma lei de nacionalidade discriminatória que forçava a perca de nacionalidade moçambicana a toda mulher que casasse com um estrangeiro caso este não tivesse apelado pela nacionalidade moçambicana. O artigo assume que o esposo da Luísa Diogo, não tinha nacionalidade moçambicana quando em 1981 contraíram matrimónio”, refere Fauvet e prossegue afirmando ser “fácil provar que o ZAMBEZE não fez nenhum dos procedimentos básicos para apurar os factos”. “De facto, documentos existem que demonstram que Albano Silva apelou pela nacionalidade moçambicana em 1975” e que “de facto a mesma viria a ser-lhe concedida em 1977”, adianta ainda Fauvet. Ainda segundo Fauvet “a matéria do ZAMBEZE e seus repórteres parecia idiota até que o Ministério Público os transformou em mártires ao acusá-los como tendo cometido crime contra a segurança do Estado”. Vou-me concentrar no ponto onde Fauvet alega existirem documentos que provam que Albano Silva adquiriu a nacionalidade moçambicana, questionando o seguinte: Onde está a portaria do ministro do Interior publicada no Boletim da República a autorizar a aquisição da nacionalidade ao senhor Albano Silva? Saberá ou lembrar-se à Paul Fauvet que Albano Silva casou a 7 de Novembro de 1981 com Luisa Dias Diogo e que nessa altura a única lei que existia discriminatória ou não era a lei que havia e foi aplicada para milhares de outras mulheres e não foi aplicada neste caso? O ZAMBEZE apresenta documentos que até os publicou. Os leitores ficaram a saber que Albano Silva nunca deixou de ser português. Apresenta uma certidão de nascimento obtida nos serviços apropriados portugueses em cujo assento nada consta que Albano Silva tenha perdido a nacionalidade portuguesa. Ou seja, para o Estado português ele ainda é tido como cidadão luso. Por outro lado, tanto Albano Silva, assim como o próprio Ministério Público não apresentam nenhum Boletim da República onde conste a concessão da nacionalidade moçambicana a Albano Silva, tal como a lei manda. Onde está o BR a anunciar publicamente que ao cidadão que viria a casar com a cidadã Luísa Dias Diogo foi autorizada por portaria a aquisição da nacionalidade moçambicana? Importa alertar os leitores que estamos perante um caso em que o ZAMBEZE apresenta provas documentais que ninguém contesta serem verdadeiras e que provam sem margem para dúvidas que o marido da primeira-ministra nunca deixou de ter a nacionalidade do país onde nasceu e de onde saiu apenas aos oito anos para ir fixar residência em Vila Trigo de Morais, hoje Chókwe. Onde está a portaria do ministro do Interior da época que até era o actual chefe de Estado Armando Guebuza? Foi Guebuza que não cumpriu a lei e não fez publicar em BR a portaria a autorizar a aquisição da nacionalidade moçambicana ao cidadão Albano Silva?
O que faz correr Fauvet, sempre à carga contra o ZAMBEZE? Ora chama o jornal de anti-governamental, ora da extrema direita, ora o de menor circulação no país como diz no seu artigo de 21 de Agosto. Porque em vez de insultar não vai aos factos, à lei? Só falta chamar ao Zambeze de assassino de Samora… E mais não disse!

Canal de Opinião (João Chamusse) CANAL DE MOÇAMBIQUE – 26.08.2008

Assessor de Davis Simango preso ilegalmente

Alexandre Gonçalves Jr., mais conhecido por Alex, natural de Inhassunge, província da Zambézia, filho de uma moçambicana de etnia chuabo e de um cidadão luso-angolano, assessor de marketing do presidente do Município da Beira, está preso, desde 20 de Agosto do ano em curso, pelos serviços de Migração, denunciado como estrangeiro sem identificação. Alex é pai de dois filhos de maioridade. O mais velho está em Maputo e o outro na Beira, na companhia do pai. Esta prisão é interpretada como uma perseguição política para atingir Davis Simango.

Mesmo que fosse estrangeiro, nada justifica que seja tratado como criminoso. Alex conhece Moçambique – sua pátria amada - de lés-a-lés, melhor que seus detractores, não fazendo turismo, mas a trabalhar, ora como professor, ora com uma máquina fotográfica a tiracolo. Alguns dinassauros da fotografia moçambicana conhecem-no. Juntos captaram imagens bonitas e, outras veze, incríveis. É um profissional de mão cheia. Algumas pessoas odeiam-no devido à sua abnegação ao trabalho e respeito pelo próximo, qualidade em extinção, entre nós.

A polícia diz que alguém o denunciou como estrangeiro, vivendo no País, sem autorização. Isso pode vir de quem não vê a governação de Simango com bons olhos. Revela que a PRM é comandada por incompetentes que prendem para investigar, o que é ilegal. Conheço os filhos de Alex, tal como o pai - um mestre de mão cheia de imagem de televisão e fotografia – bons profissionais, respeitados pelos seus colegas e superiores hierárquicos. Alex - homem de bem - está a pagar a factura de ser pacífico e honesto.

No Município, ninguém ousa acusálo de nada. Não luta por regalias, apesar de competente. Trabalha sem olhar para o relógio. Os colegas admiram-no pelas coisas boas que faz. Os inimigos de Simango começaram atacá-lo pelos flancos –neutralizando seus colaboradores mais próximos. O alvo que pretendem abater é Simango – um obstáculo às ambições de aventureiros que pretendem apanhar peixe na rede. A prisão de Alex é para tornar Simango incapaz de vencer as eleições.

A táctica de fazer barulho no Sul para atacar o Norte, é antiga. Se a intenção da Migração é de recolher os estrangeiros ilegais, na Beira, nós nos dispomos a acompanhar seus agents ao mercado do Goto para ver a quantidade de estrangeiros indocumentados que existem. A prisão de Alex é uma manobra que usam services públicos para atingir fins inconfessáveis. Denunciamos, com veemência, este baixo jogo político. Alex, a ser deportado, será enviado para Inhassunge, junto à sua mãe, para a vergonha das nossas autoridades.

Denunciamos que é ilegal manter um cidadão encarcerado. Mantém-se na prisão, apenas, indivíduos perigosos e Alex não é constitui nenhum perigo nem
mesmo para os seus inimigos. Se a campanha é para expulsar moçambicanos da sua terra, então que prendam Sérgio Vieira, Óscar Monteiro, Jacinto Veloso, Hélder Martins. Libertem Alex!

( Texto da autoria de Edwin Hounnou, publicado na Tribuna Fax de 27/08/08, retirado com a devida vénia )

Tuesday 26 August 2008

Clientelismo!

O julgamento dos jornalistas Fernando Veloso, Alvarito de Carvalho e Luís Nhachote, do ZAMBEZE, pelo Tribunal do Distrito Urbano N°1, da Cidade de Maputo, aos 11.08.2008, acusados de intentarem contra a segurança do Estado, por perguntarem se Luísa Diogo, com funçoes de primeira-ministra, ainda continua com a nacionalidade moçambicana apôs casar, em 1981, com Albano Silva, cidadão estrangeiro. É uma farsa e troca de favores entre o Procurador-geral da República, Augusto Paulino, e Diogo. É descarado acusar o ZAMBEZE nesses termos.
A Lei 19/91, de 16 de Agosto, sobre os crimes contra a segurança do Estado, no seu artigo 22, número 1, diz : os crimes de difamaçao, calúnia e injúria cometidos contra o Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, os membros do governo, os juízes do Tribunal Supremo e os membros do Conselho Constitucional, serao punidos com a pena mínima de um ano até dois anos de prisão e multa correspondente. O mais caricato é o facto de não haver crime. Perguntar não é crime.
Perguntar se os cidadãos Armando Guebuza, Eduardo Mulembwe, Mário Mangaze ou Rui Baltazar são moçambicanos, não é um atentado contra a segurança do Estado. Diogo não se mostrou ofendida. O Ministério Público advinhou que ela está ofendida. Ela não queixou contra o ZAMBEZE. Se o tivesse feito, seria um crime particular e não contra a segurança do Estado. A confusão de Paulino entre um crime particular e público é propositada – visa, apenas, vingar-se do ZAMBEZE.
Um Estado não contrai matrimónio. Quem casou foi Diogo e anotou seu matromónio em Portugal. Não foi o Estado que registou o filho de Diogo e Albano Silva em Lisboa. Foram seus pais que o fizeram. Não se compreende quem, de facto, intenta contra a segurança do Estado. Inten-tam contra a segurança do Estado os dirigentes que abusam do poder do Estado que detêm para intimidar jornalistas. Recorrer a leis fascistas ou comunistas, é antidemocrático.
É ridículo perseguir jornalistas com base em leis obsoletas. Se essas leis ainda não foram revogadas deve-se ao facto de, até ao momento, nenhum deputado ou membro do governo ter sido molestado com recurso a elas. No dia em que um parlamentar ou ministro se confrontarem com essas aberrações serão reformuladas.Como, só, incomodam a jornalistas, a Assembleia da República pode continuar a dormir. Augusto Paulino entrou no mato sem saída, de onde sairá com graves escoriações.
Os magistrados não têm coragem de enfrentar corruptos que pululam na praça, por isso, se divertem com jornalistas. As cadeias estão repletas de presos clamando pela justiça, porém, perdem muito tempo perseguindo os media que não se deixam vergar. Há magistrados que procuram promoção fazendo vida negra aos jornalistas. Podemos garantir a esses meritíssimos magistrados e ilustres governantes que se meteram numa guerra sem futuro. O Estado não é uma cantina só para compadres.
( Edwin Hounnou, em A Tribuna Fax de 26/08/08, retirado com a devida vénia )

Sunday 24 August 2008

Eleições: Mais vale prevenir do que remediar...


Votar é um direito e uma obrigação para os cidadãos com capacidade eleitoral. A democracia afirma-se quando os cidadãos têm a oportunidade de exercer seu direito de escolher quem querem que governe o país ou a sua cidade.
Aos partidos ou grupos cívicos cabe trabalhar no sentido de apresentar plataformas políticas que convençam o cidadão de que merecem ser eleitos.
No caso moçambicano e para que os processos eleitorais que se avizinham decorram dentro da chamada normalidade e não haja zonas de penumbra que suscitem dúvidas quanto a credibilidade, importa que os cidadãos e os partidos políticos estejam atentos. O estado de alerta deve ser máximo quanto a manobras ilícitas que porventura alguém esteja planeando.
O ideal em democracia é que os eleitos o sejam sem recurso a procedimentos duvidosos ou fraudulentos. A tentativa e mesmo o uso de meios ilícitos está bem presente na memória colectiva dos moçambicanos, sobretudo em 1999, mas não só.
O passado recente no capítulo eleitoral mostra que não se deve confiar. Com cumplicidade de órgãos eleitorais, de organizações da sociedade civil, de doadores internacionais foram cometidas e testemunhadas irregularidades que não seriam aceites em qualquer outro país que se diga democrático.
Permitir que irregularidades e práticas claramente ilícitas passassem à vista de todos não pode ser imputado aos outros mas sim a fraquezas internas dos partidos concorrentes.
Para os doadores internacionais o mais fácil é carimbarem os pleitos como justos e transparentes se não houver objecções fortes e fundamentadas em tempo útil pelos protagonistas dos processos.
A capacidade dos partidos políticos apresentarem casos sólidos de violação da legislação eleitoral faz parte dos esforços para implantar uma democracia não só credível para os moçambicanos como também para o resto do mundo.
Não se pode ficar à espera que os outros partidos actuem dentro daquilo que são os limites do razoável e que não recorram a manobras obscuras para que os resultados finais sejam a seu favor.
A política é também uma batalha sem quartel. Mesmo quando se diz que ela acontece com ausência de armas isso não é totalmente verdade porque sempre que possível os detentores do poder fazem uso delas.
Os conflitos pós-eleitorais de Montepuez que levaram a asfixia de muitos moçambicanos são uma manifestação do uso das armas para fazer política e garantir que resultados contestados passem.
A responsabilidade de dar corpo e alma a todo um projecto de construção de um país viável é de todos os moçambicanos, especialmente daqueles que se colocam na posição de líderes políticos e de organizações sociais.
Há todo um acumular de evidências, mais ou menos a descoberto algumas delas, de que a luta pelo voto popular que se avizinha terá muitos condimentos ilícitos. Já se começam a observar sinais preocupantes de que há gente que não desiste de usar meios do Estado para financiar campanhas políticas. Os meios de comunicação social públicos já aparecem abertamente a privilegiar uma parte em detrimento de outras interessadas nos pleitos eleitorais. É evidente a armação que distintas personalidades ligadas ao poder se prestam a executar. A manutenção do poder está cegando mesmo gente que se julga acima de todas as suspeitas. Existem muitos moçambicanos que se estão beneficiando de todo um status e mordomias à custa de alinhamentos políticos circunstanciais. A distribuição de favores e posições no aparelho de Estado faz-se a velocidade das conveniências e dos serviços prestados. Sabe-se que neste país houve reitores de universidades públicas que jamais teriam exercido essas funções se não tivessem tido um desempenho de crucial importância no quadro dos processos eleitorais. É preciso que a ingenuidade não nos deixe confundir competências técnicas e profissionais com desempenhos politicamente favoráveis.
Os partidos políticos em presença se não sabem com que linhas se cozem as coisas no cenário nacional estão verdadeiramente perdidos.
Muitos dos procedimentos que se podem testemunhar revelam falta de escrúpulos de um lado e uma verdadeira ingenuidade e moralismos deslocados de outro. Parece que há gente que espera que os políticos tenham um comportamento limpo e isento de máculas como aquelas que caracterizam a actuação de organizações do sub-mundo da máfia. Isso não é verdade nem acontece. Os golpes mais baixos possíveis são também parte do arsenal pronto a ser usado pelos políticos nas batalhas pelo voto dos cidadãos. A maneira como se conquistam os resultados eleitorais fala por si e na verdade tem havido e acontecido o que toda a gente sabe, devido a fraquezas na actuação dos políticos que fazem parte da oposição. Sem uma mudança célere e profunda na maneira dos políticos se situarem e agirem no seu quotidiano não haverá como reverter esta situação de falsificação continuada dos resultados eleitorais. Falar deste modo não é mentir pois está documentado e é do conhecimento de todos, que em Moçambique os resultados que servem para validar a vitória de uns e a derrota de outros são fruto de manobras ilícitas. Não é estranho que depois de votos favoráveis a uma das partes terem sido anulados e supostamente deitados no mar ou em rios, depois de votos de círculos eleitorais, importantes do ponto de vista demográfico, terem sido esquecidos na altura da contagem, que os resultados não cheguem a expressar a vontade popular. Também o silêncio cúmplice de grande parte dos observadores nacionais e internacionais não é obra do acaso.
A situação denominada de democracia entre nós é ridícula e insustentável devido ao modo como se governa o país e devido ao modo como as pessoas chegam às cadeiras do poder.
Toda a glória que cobria uma parte considerável dos nossos libertadores se esfumou conforme os anos foram passando. Agora o jogo aberto é agarrar e manter o poder sem olhar a meios. Também há que sermos francos e afirmar que muitos dos opositores não dispõem de argumentos e apresentam-se com tal ingenuidade que não coincide nem corresponde aos desafios nacionais e muito menos às aspirações dos moçambicanos.
Toda a embrulhada de teorias, primeiro marxistas e depois liberais mostra a fibra de que é feita muita da nossa classe política.
Deixemo-nos de ilusões quanto a integridade, substância e verticalidade de muitos daqueles que por uns meios ou outros chegaram ao poder. Os ideais que muitos diziam defender estão todos esburacados. Fica à mostra toda uma motivação política que em virtude da sua implementação abriu feridas profundas no tecido social do país. Egocentrismo, ambição desmedida, uma luta de libertação feita sob dependência e manipulação de parceiros interessados em aumentar a sua zona de influência, as inconsistências no posicionamento do Ocidente, tudo isso favoreceu o surgimento de manifestações e um ordenamento político contrários às lógicas de normalidade governativa. As condições de edificação de um Estado fundado na democracia começaram a ruir por aí. Os programas inscritos nos estatutos da principal força de libertação jamais foram postos em prática. O que infelizmente se pode verificar em termos de opções políticas concretizadas no país, não passa de políticas feitas por arrastamento ou cópias pouco fiáveis de modelos aplicados noutros países. Debilidade ideológica associada à própria debilidade do país tem colocado os moçambicanos à mercê da conjuntura. Uma globalização galopante e que não se compadece com fraquezas e lamúrias dos que se dizem fracos e desprotegidos piora o quadro em que se faz politica no país.
Qualquer pretensão de se por termo ao subdesenvolvimento e a criação de condições concretas para que a democracia eleitoral se traduza em desenvolvimento e normalização requer que os políticos se situem no país real e procedam de acordo com as exigências e as dificuldades existentes.
O fim das batotas e do jogo sujo institucional só pode acontecer com a atenção e trabalho político bem como técnico consistente e não com actuações esporádicas.
As maquinações organizam-se e os partidos concorrentes às eleições devem-se preparar de maneira adequada em tudo o que diga respeito ao processo eleitoral.
Os aspectos de tecnologia informática não devem ser deixados unicamente para o STAE. A fiscalização não pode ser descurada e confiada a quadros medíocres em momento algum. Partidos e observadores devem com a sua insistência e denúncia colocar a polícia no lugar que lhe cabe estar no âmbito eleitoral.
As organizações da sociedade civil tem de manter a equidistância necessária e evitar por todos os meios transformarem-se em mais uma organização de massas do partido no poder ou de outro.
Importa que todos nos compenetremos de que a possibilidade de alternância democrática do poder continuará de remota realização enquanto não houver trabalho com afinco.
Qualquer distracção no processo paga-se com a derrota eleitoral. Os detentores do poder jamais facilitarão. Eles se estão preparando e afinando a sua máquina no sentido de garantir a continuação no poder. Aos eleitores cabe não deixar as águas correrem sem que sejam eles a dirigirem-nas sob pena de depois ser tarde demais.

( Noé Nhantumbo, no Canal de Moçambique de 19/08/08, retirado com a devida vénia)

Noé Nhantumbo fez aqui uma lúcida e exaustiva análise da actual conjuntura política moçambicana. Numa altura em que os próximos pleitos eleitorais se aproximam velozmente, fica o aviso de que as pessoas de boa vontade estão atentas às manobras da Frelimo e de que é tempo de a Oposição arregaçar as mangas para o árduo trabalho em frente.

Meditação dominical

PENSAMENTO DO DIA


"Se você acha que a instrução é cara, experimente a ignorância."

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PRINCÍPIO 90/10 DE STEPHEN COVEY

Stephen Covey é autor de alguns dos livros mais vendidos nos últimos anos.Que princípio é este?Os 10% da vida estão relacionados com o que se passa com você, os outros 90% da vida estão relacionados com a forma como você reage ao que se passa com você.O que isto quer dizer?Realmente, nós não temos controle sobre 10% do que nos sucede.Não podemos evitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique no vermelho, mas, você é quem determinará os outros 90%.Como? Com a sua reacção.
Exemplo 1:Você está tomando o café da manhã com sua família.Sua filha, ao pegar a chávena, deixa o café cair na sua camisa branca de trabalho.Você não tem controle sobre isto. O que acontecerá em seguida será determinado por sua reação.Então, você se irrita. Repreende severamente sua filha e ela começa a chorar.Você censura sua esposa por ter colocado a chávena muito na beira da mesa.E tem prosseguimento uma batalha verbal.Contrariado e resmungando, você vai mudar de camisa.Quando volta, encontra sua filha chorando mais ainda e ela acaba perdendo oautocarro para a escola.Sua esposa vai para o trabalho, também contrariada.Você tem de levar sua filha, de carro, pra escola.Como está atrasado, dirige em alta velocidade e é multado.Depois de 15 min. de atraso, uma discussão com o guarda de trânsito e umamulta, vocês chegam à escola, onde sua filha entra, sem se despedir de você.Ao chegar atrasado ao escritório, você percebe que esqueceu de sua maleta.Seu dia começou mal e parece que ficará pior.Você fica ansioso para o dia acabar e quando chega em casa, sua esposa e filha estão de cara fechada, em silêncio e frias com você.Por quê? Por causa de sua reação ao acontecido no café da manhã.
Pense: Por que seu dia foi péssimo?
A) por causa do café?
B) por causa de sua filha?
C) por causa de sua esposa?
D) por causa da multa de trânsito?
E) por sua causa?
A resposta correcta é:Você não teve controle sobre o que aconteceu com o café, mas o modo como você reagiu naqueles 5 minutos foi o que deixou seu dia ruim.
Exemplo 2:Você está tomando o café da manhã com sua família.O café cai na sua camisa.Sua filha começa a chorar.Então, você diz a ela, gentilmente: "está bem, querida, você só precisa ter maiscuidado".Depois de pegar outra camisa e a pasta executiva, você volta, olha pela janela e vê sua filha entrando no autocarro. Dá um sorriso e ela retribui, dando adeus com a mão.Notou a diferença?Duas situações iguais, que terminam muito diferente.Por quê?Porque os outros 90% são determinados por sua reação.Aqui temos um exemplo de como aplicar o Princípio 90/10.
Se alguém diz algo negativo sobre você, não leve a sério, não deixe que oscomentários negativos o afectem.Reaja apropriadamente e seu dia não ficará arruinado.Como reagir a alguém que o atrapalha no trânsito?Você fica transtornado?Golpeia o volante? Insulta?Sua tensão sobe?O que acontece se você perder o emprego?Por que perder o sono e ficar tão chateado?Isto não funcionará.Use a energia da preocupação para procurar outro trabalho.Seu vôo está atrasado, vai atrapalhar a sua programação do dia. Por que manifestar frustração com o funcionário do aeroporto? Ele não pode fazer nada. Use seu tempo para estudar, conhecer os outros passageiros.Estressar-se só piora as coisas.Agora que você já conhece o Princípio 90/10, utilize-o.Você se surpreenderá com os resultados e não se arrependerá de usá-lo...
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UMA LINDA MENSAGEM


Hoje, ao atender ao telefone que insistentemente exigia atenção, o meu mundo desabou...
Entre soluços e lamentos, a voz do outro lado da linha me informava que o meu melhor amigo, meu companheiro de jornada, meu ombro camarada, havia sofrido um grave acidente, vindo a falecer quase que instantaneamente...
Lembro de ter desligado o telefone, e caminhado a passos lentos para meu quarto, meu refúgio particular... As imagens de minha juventude vieram quase que instantaneamente à minha mente...Os amores não correspondidos...
AHHHHH... Os sorrisos.... Como eram fáceis de surgir naquela época!!.....
Lembrei da formatura... De um novo horizonte surgindo... Das lágrimas e despedidas... E principalmente, das promessas de novos encontros...
Lembro perfeitamente de cada feição do melhor amigo que já tive em toda a vida... Em seus olhos a promessa de que EU nunca seria esquecido. E realmente, nunca fui...
Perdi a conta as vezes em que ele carinhosamente me ligava quando eu estava no fundo do poço... ...ou das mensagens, que nunca respondi, as quais constantemente me enviava, enchendo minha caixa postal electrónica de esperanças e promessas de um futuro melhor. Lembro que foi o seu rosto preocupado que vi quando acordei de minha cirurgia para retirada do apêndice...
Lembro que foi em seu ombro que chorei a perda de meu amado pai... Foi em seu ouvido que derramei as lamentações do noivado desfeito... Apesar do esforço para vasculhar minha mente, não consegui me lembrar de uma só vez em que tenha pegado o telefone para ligar e dizer a ele o quanto era importante para mim contar com a sua amizade... Afinal....
Afinal, eu era muito ocupado!!! EU NÃO TINHA TEMPO!!!
Não lembro de uma só vez em que me preocupei de procurar um texto edificante e enviar para ele...
Não lembro de ter feito qualquer tipo de surpresa, como aparecer de repente com uma garrafa de vinho e um coração aberto disposto a ouvir.Não lembro de qualquer dia em que eu estivesse disposto a ouvir os seus problemas. Não me dignei a reparar que constantemente meu amigo passava da conta na bebida... Só agora vejo com clareza o meu egoísmo. Talvez se eu tivesse saído de meu pedestal egocêntrico e prestado um pouco de atenção...E despendido um pouquinho do meu sagrado tempo, meu grande amigo não teria bebido até não aguentar mais e não teria jogado sua vida fora ao perder o controle de um carro que com certeza, não tinha a mínima condição de dirigir...
Talvez ele, que sempre inundou o meu mundo com sua iluminada presença, estivesse se sentindo sozinho... Até mesmo as mensagens engraçadas que ele constantemente deixava em minha secretária electrónica, poderiam ser seu jeito de pedir ajuda...
Aquelas mesmas mensagens que simplesmente apaguei da secretaria electrónica, jamais se apagarão da minha consciência.
Agora, lentamente, escolho uma roupa preta - digna do meu estado de espírito - e pego o telefone. ...pois irei tirar o dia para Homenagear com meu pranto a uma das pessoas que mais amei nesta vida.
Agora trabalho com o mesmo afinco de sempre, mas sou somente "o profissional" durante o expediente normal. Fora dele, sou um ser humano!!
Nunca mais uma mensagem da minha secretaria electrónica, ficou sem pelo menos um "oi" de retorno. Escrevo cartões de Aniversário e de Natal, sempre lembrando as pessoas de como elas são importantes para mim...
Abraço constantemente meus irmãos e minha família, pois os laços que nos unem são eternos. Distribuo sorrisos e abraços a todos que me rodeiam, afinal, PARA QUE GUARDÁ-LOS?
Você achou um tempinho para ler isto.... Agora, disponha de outro minuto para mostrar para os seus amigos e familiares que você está pensando neles e que eles significam algo.... E são importantes na sua vida!!! Mostre a elas que sempre existe “um tempinho” no qual você pensa nelas.... Não espere o dia em que as pessoas mais importantes de sua vida serão tiradas de você para que você possa demonstrar o quanto elas significam...
O AMANHÃ PODE NÃO CHEGAR...
Deixe alguém feliz...
Hoje...
E sempre!!!
E principalmente...
( TIRADO DE E-MAILS RECEBIDOS )

Saturday 23 August 2008

Teste de língua portuguesa

Qual destas palavras é feminina?

A) Bandeira
B) Directoria
C) Farinha
D) Matemática

Se respondeu todas, errou! Pense bem…
Bandeira: Não é feminina porque tem pau.
Directoria: Não é feminina porque tem membro.
Farinha: Não é feminina porque tem saco.
Então…
Matemática é a única feminina porque tem:
REGRAS demais,
PROBLEMAS demais
e…
quase ninguém entende!!!

Humor para o fim-de-semana

O Moçambicano e o Angolano

Um Moçambicano estava calmamente sentado a tomar o seu Sumol numa pastelaria na baixa de Lisboa, quando um Angolano, a mascar pastilha elástica senta-se ao seu lado. O Moçambicano ignora o Angolano que não se conforma e começa a puxar conversa:
Angolano: - Comes esse pão inteirinho?
Moçambicano (com mau humor): - Claro.
Angolano: - Nós não. Nós comemos só o miolo, a codea juntamos num contentor, depois processamos, transformamos em croissants e vendemos para Moçambique.
O Moçambicano ouve calado.
O Angolano insiste: - Tu comes esta geleia com o pão?
Moçambicano: - Claro.
Angolano: - Nós não. Nós comemos a frutas fresca com o café da manhã, e mandamos todas as cascas e sementes para contentores, depois processamos, transformamos em geleia e vendemos para Moçambique
Moçambicano:- E o que e que vocês fazem com os preservativos depois das relações sexuais?
Angolano: Deitamos fora, claro! Moçambicano : - Nós não. Vamos guardando tudo em contentores, processamos, transformamos em pastilhas elasticas e vendemos para Angola .

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PILOTO RACISTA

Num avião, o piloto informa:
- Senhoras e Senhores, o avião está a perder altitude e toda a bagagem
deve ser atirada fora!
Apesar de mais coisas serem lançadas fora, o avião continua a perder altitude.
- Estamos ainda a baixar! Teremos que atirar fora algumas pessoas...- avisa o piloto.
Há um grande reboliço entre os passageiros. E continua o piloto...
- Para fazer isso, de forma imparcial, os passageiros serão atiradosparafora,por ordem alfabética!- Assim, começamos pela letra A:- Há algum'Afro' a bordo?
Ninguém se move.
-'B'.... algum'Black' a bordo?'
Nada.
-'C'... algum'Crioulo' a bordo?'
Continua nada.
-'D'...alguém'De cor '?
De novo ninguém se mexe.
-'E'....algum mais 'Escurinho'?
Nada...- Nisto, um pequeno menino negro pergunta ao pai:
- Pai? Afinal, o que nós somos?
- ZULUS, meu filho, ZULUS!!!!...

Thursday 21 August 2008

Uma opinião muito séria

O auto proclamado presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, havia proposto ao líder do Movimento para Mudanças Democráticas, MDC, Morgan Tsvangirai, o posto de terceiro vice-presidente da República. A proposta foi rejeitada, por falta de seriedade. Tal gesto não resolve os problemas que assolam o país. Visa esvaziar a legitimidade de Tsvangirai. A impopularidade de Mugabe ficou comprovada nas últimas eleições – derrotado nas presidenciais e a sua ZANU-PF rendida pelo MDC.
Pegou moda os perdedores imporem governos de unidade nacional. Este tipo de governo é chamado quando os perdedores são os que detêm o poder. No Quénia, o povo mostrou cartão vermelho a Mwai Kibaki que, às corridas, se investiu, antes do fim da contagem. O país debate-se com um governo de 90 ministros, para acomodar os interesses dos perdedores. Em Angola, o MPLA e a UNITA formaram um governo com 80 ministros, muitos deles sem tarefas.
No País, se houvesse uma oposição séria, não tardaríamos em conviverr com um governo de unidade nacional. O partido Frelimo poderá não aceitar uma derrota a si averbada. O sinal de recusa foi dado nas eleições de 1999, quando a Frelimo foi derrotada. Devido à falta de estratégia da Renamo, os libertadores
não foram removidos. O líder da Renamo diz que não luta pelo poder, mas, pela democracia. Isso é um paradoxo. Um partido que não quer chegar ao poder,é uma instituição filantrópica.
Quem luta pela democracia e está indisponível para governar, está enganado. O poder é o meio para pôr em prática as ideias democráticas, aprovando leis favoráveis à liberdade. Assim se democratiza uma sociedade. Não é sentado no banco da oposição, nem é fugindo sempre que se aproximo do poder, como, geralmente, faz Afonso Dhlakama, através dos seus actos, que se democratiza o país.
Não imponham ao País algo parecido com governo de unidade nacional. Quem perder eleições, deve cair fora, como se faz nos países onde a democracia é uma realidade. Quem não trabalha para ganhar uma eleição, não tem o direito a reclamar seja o que for.

( Tribuna Fax datado de 15/08/08 )

Abuso do poder!

O Tribunal do Distrito Urbano N°1, da Cidade de Maputo, julgou, no dia 11.08.2008, os jornalistas do ZAMBEZE — Fernando Veloso, Alvarito de Carvalho e Luís Nhachote — acusados de intentarem contra a segurança do Estado, por divulgarem documentos que sugerem que a primeira-ministra, PM, Luísa Diogo, perdeu a nacionalidade moçambicana ao casar, em 1981, com Albano Silva, cidadão estrangeiro. A então constituição era peremptória que a mulher moçambicana que casasse com um estrangeiro perdia, automaticamente, a nacionalidade.
O procurador-geral da República, PGR, Augusto Paulino, tem contas a acertar com o ZAMBEZE, por ter dado ênfase ao processo em que o magistrado era arguido no caso dos 300 mil meticais do Tribunal Judicial da Província de Maputo. Paulino, familiarmente, assistido por Albano Silva, marido de Diogo, meteu uma acção judicial contra o jornal, alegando ter sido difamado e exige 10 milhões de meticais de indemnização, mola considerada como vontade política para extinguir o ZAMBEZE.
A coincidência das indemnizações exigidas nos casos Paulino e Diogo – 10 milhões de meticais – não é casual. A Magistratura do Ministério Público está estruturada de forma vertical. Quem está acima pode dar ordens a quem esteja abaixo. Advinhar que o Estado esteja ofendido é, a todos os níveis, suspeito. É um ajuste de contas de Paulino para resolver problemas de fórum pessoal.
Apenas Armando Guebuza representa o Estado, mas, lemos, vemos e ouvimos o Presidente da República, PR, a ser jogado na praça pública. Em nenhum momento o MP saiu em sua defesa. No caso da PM o MP é voluntarioso. Os interesses de família cantam mais alto que os do Estado! Estão a abusar a máquina do Estado para se defenderem. Assim, não!
A PM não representa o Estado moçambicano e Diogo não se queixou. A iniciativa do MP é anormal. Tal prática transmite a ideia de que altos funcionários do governo, judiciário e parlamento se escondem por detrás da couraça do Estado, para se tornarem insuspeitos. Isso não é salutar num Estado que se pretende de Direito. Paulino e Diogo estão a vingar-se do ZAMBEZE.
Silva é português. Ele di-lo, em público. O registo do casamento deles, em Portugal, é uma prova irrefutável. Ele não provou que adquiriu a nacionalidade moçambicana, exibindo Boletim da República que lhe confira tal estatuto, porque, se o tivesse, tê-lo-ia feito em sede do julgamento. Diogo perdeu a nacionalidade moçambicana, ao casar com Silva. Se não a readquiriu é, no mínimo, apátrida e nessa qualidade não deve exercer funções de direcção no governo, forças de defesa e segurança nem na diplomacia.
Quando da nomeação de Paulino para Procurador, houve deputados que duvidavam da sua idoneidade. Agora, devem restar poucas dúvidas. Pedimos ao PR para, antes que seja tarde demais, não deixar o Estado deslizar no plano inclinado ao saber de pessoas que se chamam Estado, para servirem seus objectivos.

( Edwin Hounnou, em A Tribuna Fax de 18/08/08, retirado com a devida vénia )

Wednesday 20 August 2008

Governo é hipócrita!


No dia 25 de Julho de 2008, na província do Niassa, a caminho do Matchedje, para as celebrações dos 40 anos do 2° Congresso da FRELIMO, realizado em 1968, o ministro da Defesa Nacional, Filipe Nyussi e acompanhantes da viatura em que seguia, tiveram um acidente de viação. Nyussi, partiu o braço, fracturado duas costelas, foi, de imediato, evacuado para uma clínica, na África do Sul. O ministro da Agricultura, Soares Nhaca, saiu ileso. O motorista, que ficou gravemente ferido, continua internado no Hospital Provincial de Lichinga.
Os dirigentes exortam o público com um slogan bonito — produza moçambicano, consuma moçambicano. Distribuem certificados às instituições que se mostrem ter assumido o seu conteúdo. Uma coisa é falar para impressionar e outra coisa, bem diferente, é o que se faz no quotidiano. Os dirigentes quando têm dor de cabeça, metem-se no avião, para irem tomar paracetamol do outro. Gastam divisas para irem, ao estrangeiro, palitar os dentes, como se não tivéssemos médicos. Temo-los que, por vezes, fazem milagres, trabalhando em condições precárias.
Não estamos contra a evacuação de Nyussi, mas, condenamos a hipocrisia do governo. Nyussi poderia ter sido assistido em qualquer hospital do País. Temos médicos competentes para tratarem da saúde de qualquer dirigente. Se os nossos técnicos não têm capacidade, o que duvidamos, o culpado seria o governo que não cria condições para que a competência que procuram além-fronteira seja instalada no País. O governo apercebe-se da falta de algum equipamento imprescindível, no hospital da última referência, quando um dirigente ou seu parente cai doente.
Sob o ponto de vista do governo, o hospital de Lichinga tem condições para tratar o doente que ficou, gravemente, ferido, porém, não vale para concertar o braço e as costelas do ministro. É um paradoxo. Existirá uma vida que tenha maior peso que outra? Nenhuma vida é superior a outra. Duvidamos se o governo pensa como nós, porque, de outro modo, não teria feito discriminação. Se o governo apostasse na formação do pessoal técnico nacional, há muito que os membros do Executivo teriam deixado de ir à África do Sul à procura de cuidados médicos básicos.
Os dirigentes mandam seus filhos para as melhores escolas do planeta, apesar de lindos discursos que proferem de que o nosso sistema de educação, que eles conceberam, é um dos melhores do mundo. É pura mentira! Se fosse tão bom como dizem, não mandariam seus meninos para Europa e América à procura de melhor educação. Ficariam nas escolas onde os filhos do povo estudam – encurvados no chão, por vezes, sem vidros, nem quadro, nem giz.
Se a hipocrisia do governo – dois pesos, duas medidas - não for afastada com actos concretos, o produza moçambicano, consuma moçambicano cheira a burla. Falar é uma coisa, fazer é outra, bem diferente. Na hora da verdade, esta coisa de produza moçambicano, consuma moçambicano resta, para o povo chuchar o dedo.

( Edwin Hounnou, em A Tribuna Fax, de 08/08/08, retirado com a devida vénia )

Tuesday 19 August 2008

Um livro importante

O Governo moçambicano afirma frequentemente que tem tido grande sucesso no combate à pobreza absoluta, porém, um livro lançado em Maputo recentemente , revela que metade das pessoas nas zonas rurais são hoje tão pobres quanto no período logo após o fim da guerra há 16 anos e que o nível de pobreza nas zonas rurais está a aumentar.
A referida obra tem o sugestivo título “ Há mais bicicletas-mas há desenvolvimento?” e os autores são Joseph Hanlon, conhecido jornalista britânico especialista em questões sobre Moçambique, e a investigadora Teresa Smart. O livro baseia-se em pesquisas feitas no terreno, principalmente nas Províncias de Nampula e Manica, passando em revista o desenvolvimento de Moçambique desde a independência.
Os autores afirmam:
“Não concordamos com as estatísticas oficiais que indicam uma redução de 15% da pobreza absoluta. Para nós é uma manipulação das estatísticas. Há mais bicicletas, as estradas melhoraram, há escolas. Mas também as escolas estão a formar muitos jovens com a décima classe e que saem com vontade de trabalhar mas que não têm a possibilidade de utilizar o conhecmento adquirido.”
Esta obra põe a nú uma verdade que conhecemos: o Governo moçambicano manipula estatísticas.
O livro, publicado pela editora moçambicana Missanga, está dividido em 3 partes, com 18 capítulos e 2 apêndices, dá um panorama aos desafios do desenvolvimento em Moçambique.Os autores criticam as políticas ditadas pelos organismos financeiros internacionais mas consderam negativa e irrealista a exagerada expectative emtorno do investimento estrangeiro como promotor do desenvolvimento do país.

Sunday 17 August 2008

Quem ainda se lembra?

Primeiro governo de Moçambique, eu lembro-me muito bem! Jamais me esquecerei!

Para meditar: A ratoeira


Um rato, olhando um buraco na parede, vê o lavrador e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que o pacote poderia conter. Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado. Correu ao pátio da quinta, advertindo todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!!!
A galinha disse:
-Desculpe-me Senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para si, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O porco disse:
-Desculpe-me Senhor Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo que o senhor sera lembrado nas minhas preces.
A vaca disse:
-O quê Senhor Rato? Uma ratoeira? Por acaso acha que estou em perigo? Penso que não…
O rato voltpou para casa, cabisbaixo e abatido, pensando na ratoeira do lavrador.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira apanhando sua vítima. A mulher do lavrador correu para ver o que tinha acontecido. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia agarrado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O lavrador levou-a imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todos sabemos que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O lavrador pegou no seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal… Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o lavrador matou o porco… A mulher não melhorou e acabou por morrer. Muita gente veio para o funeral. O lavrador então sacrificou a vaca para alimentar toda aquela gente.

Da próxima vez que você ouvir dizer que alguém está perante um problema e que esse problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa,toda a quinta corre risco. O problema de um é problema de todos.

Saturday 16 August 2008

Elos de Moçambique


Recentemente aderi com todo o prazer à louvável iniciativa do ELOS DE MOÇAMBIQUE em juntar os sites que tenham em comum o amor a Moçambique, já são mais de 100 elos coligados.
Este é o logo deste blogue.
Porque não aproveita para ir espreitar? Vai gostar! Procure ELOS DE MOÇAMBIQUE aqui à direita nos "sítios que visito" ou vá directamente ao groups.msn.com/MoambiqueELOS.
Aproveito para enviar um beijinho à Carla Ribeiro!
Moçambique, Sempre!

Humor: Relógio de mentiras

Um cidadão morreu e foi para o céu. Enquanto estava em frente a São Pedro nos Portões Celestiais, viu uma enorme parede com relógios atrás dele.
Ele perguntou:
- O que são todos aqueles relógios?
São Pedro respondeu:
- São Relógios da Mentira.
Todo mundo na Terra tem um Relógio da Mentira. Cada vez que Você mente, os ponteiros se movem mais rápido.
- Oh!! - exclamou o cidadão.
- De quem é aquele relógio ali?
- É o de Madre Teresa. Os ponteiros nunca se moveram, indicando que ela nunca mentiu.
- E aquele, é de quem?
- É o de Abraham Lincoln. Os ponteiros só se moveram duas vezes, indicando que ele só mentiu duas vezes em toda a sua vida.
- E o Relógio do Guebas, também está aqui?
- Ah! O do Guebas está na minha sala.
- Ué!
- Espantou-se o cidadão.
- Por quê?
E São Pedro, rindo:
- Estou usando-o como ventilador de tecto!!

Wednesday 13 August 2008

ZANU-PF engana MDC


Os perdedores africanos das eleições escobriram uma fórmula mágica ara não saírem do poder. Sempre que preteridos pelo povo, propõem a ormação de um pesado governo que hamam de unidade nacional, integrado elos vencedores e acomodando nteresses das oligarquias derrotadas. Este modelo, anacrónico,foi ensaiado, no Quénia, depois da derrota de Mwai Kibaki e muito sangue inocente derramado. Agora, é o principal tema nas conversações que decorrem sobre a crise do Zimbabwe, para salvaguardar interesses da ZANU-PF, escudando-se num suposto governo de unidade nacional com o MDC.
A alternância na governação é um princípio fundamental em democracia. Formar governo de unidade nacional é negar a vontade popular expressa nas urnas, que elegeu o candidato X e não Y, votou, maioritariamente, no partido A e não no B. O povo do Zimbabwe elegeu Morgan Tsvangirai para presidente da República e não Robert Mugabe. Votou no MDC e afastou ZANU-PF. O governo de unidade nacional é um insulto ao zimbabweano. Seja Tsvangirai terceiro vicepresidente ou primeiro-ministro com poderes executivos, mesmo assim, não corresponde aos anseios do povo. Os zimbabweanos disseram good bye a Mugabe e ZANU-PF.
Um governo de unidade nacional resulta da recusa na entrega do poder aos eleitos pelo voto popular. Os que governam com arrogância e desprezo pelos derrotados, violam os direitos humanos, roubam fundos públicos, vão, sempre, encontrando imensas dificuldades em ceder o poder aos vencedores. Ao longo do tempo que estiveram no poder, como foram abrindo profundas feridas nas famílias, deixaram o povo amargurado, pensam que os novos gestores vão prendê-los. Aqui, talvez, resida a génese de governos de unidade nacional.
Com o governo de unidade nacional, Mugabe e ZANU-PF pretendem neutralizar o MDC, aliviar a pressão internacional sobre o desacreditado regime de Mugabe e abrir as portas para o ressurgimento da economia. A ZANUPF sabe que, continuando só no poder, a situação vai de mal a pior. Então, para emergir do fundo do poço, precisa de estar ao lado do credenciado MDC e do seu líder, apesar de, em democracia, quem perder as eleições deve largar o poder. Este é o artifícios que os colegas de Mugabe, na SADC, acharam para salvar o companheiro da viagem.
No passado, Mugabe chamou o líder da ZAPU, Joshua Nkomo, para vicepresidente e o partido deste coligou-se a ZANU, que deu em ZANU-Frente Patriótica (ZANU-PF). Atingido o objectivo, Mugabe iniciou uma feroz perseguição contra a ZAPU. Nkomo, sentindose sufocado, fugiu para a Grã-Bretanha. A ZAPU foi aniquilada e a famigerada 5ª Brigada, treinada na Coreia do Norte, foi lançada para dizimar a etnia ndebele, de Nkomo. Desse modo, Mugabe aniquilou o sistema democrático.
Contentar-se com o cargo de primeiro-ministro ou outro posto qualquer, compara-se a uma criança que se cala por chupar a chucha. Quem te avisa, teu amigo é, diz um velho ditado.
( Edwin Hounnou - edhounnou@yahoo.com.br, retirado com a devida vénia de A Tribuna Fax, com a data de 11/08/08 )

Friday 8 August 2008

Renamo apanha Frelimo em flagrante!


As informações que nos chegam de Angónia, Tete, Gondola, Dondo, Gorongosa, Mocímboa da Praia, etc., permitem-nos concluir que se trata de uma estratégia global do partido no poder transferiu as populações dos distritos para obter uma vitória retumbante nas eleições autárquicas. Quando a oposição se preparar, o partido no poder não poderá roubar votos. Não há magia nisso e Beira deu o pontapé de saída de bom exemplo. A Frelimo não vai deixar de fazer falcatruas pelo facto de a oposição estar a chorar. É preciso trabalhar. A política é para os duros e não para os fracos.
Em desporto, ganha o melhor. Em política o mais visível, aquele que mete medo e produz impactos. O team que dorme, alegando falta de fundos para comprar bolas, camisolas, calções e treinar, não ganha uma única partida. Membros de partidos não se comparam a sócios de clubes. Os primeiros, cansados de derrotas, emigram ou abandonam seus partidos, enquanto os últimos, pouco se importam pela posição na tabela classificativa do clube do seu coração. Uma vez adepto, sempre adepto.
Em política, vale quem ganha. Os perdedores ficam cada vez menos visíveis. A desculpa dos dirigentes não conta. Pouco importa que digam que em nenhum momento perderam uma eleição, que o adversário faz enchimento de urnas com boletins falsos voto, esconde tinta indelével na peruca, atira polícias contra seus delegados de candidatura, recrutados à última hora, mobiliza as populações dos distritos para se recensearem nas autarquias.
Em política, existem regras normativas. Mas, aquele que fica à espera que o árbitro castigue quando o adversário meter a bola com a mão, corre o risco de ser um crónico perdedor. A política não é para os que sabem chorar. É para os que impressionam o povo com o impacto das suas acções. Para o nosso caso, o árbitro – CNE e STAE — tem a camisola de uma da equipa – o partido governamental. Para vencer a quem detém o poder, é precisa demonstrar que está organizado e tem maior capacidade.
Os chorões não impressionam, talvez, nem a eles mesmos. Quem dormir pensando que, se as coisas lhe correrem mal, vai reclamar, engana-se. A falta de fiscalização séria e compromete os oposicionistas moçambicanos de desaire em desaire. Esta situação será resolvida quando os partidos se portarem como a Renamo fez agora na Beira – neutralizando e denunciando a mega fraude do partido Frelimo com transferências de eleitores dos distritos para as autarquias.
A maneira como controlaram o processo eleitoral o Partido Laranja, de Raila Odinga, do Quénia, e MDC de Morgan Tsvangirai, do Zimbabwe, deve servir de exemplo para quem pretende atingir o poder, em Moçambique. Há poucos meses das eleições autárquicas quase nada se sabe se a oposição vai participar. Enquanto a oposição não se preparar para assaltar o poder, fazer política será, só, um divertimento e um ganha-pão para seus líderes. A maneira alérgica de fazer política da Renamo desmobiliza o eleitorado.
(Edwin Hounnou - edhounnou@yahoo.com.br, Tribuna Fax de 28/07/08, retirado cm a devida vénia )
É importante e oportuno meditarmos sobre este artigo

Corrupção nas mãos do Chefe de Estado

MATOLA – O dossier sobre a corrupção e roubo de dinheiro, nos Cofres do Estado, do qual o “caso Aquimo” é parte íntegro,a a partir da Direcção Provincial dos Assuntos dos Antigos Combatentes, ao nível de Maputo, foi entregue, ontem, ao Presidente da República, Armando Guebuza.
O documento foi cedido a Guebuza, durante um comício popular que teve lugar, no bairro 1º de Maio, no município da Matola, província de Maputo, no âmbito da Presidência Aberta.
A entrega do dossier ao Chefe de Estado foi feita por uma funcionária pública, Zauria Adamo, ex-chefe do Departamento dos Recursos Humanos da Direcção Provincial dos Assuntos dos Antigos Combatentes, em Maputo, afastada do cargo e transferida para a Direcção Provincial da Juventude e Desportos, na mesma província, rotulada de ser a “má da fita”, pelo facto de responder ao apelo de Guebuza, sobre o combate cerrado à corrupção.
Adamo foi encorajada pelo protocolo do evento para que remetesse o dossier ao Presidente da República, ávida de ver o caso de corrupção e roubo de dinheiro, no Aparelho do Estado, envolvendo os antigos combatentes resolvido, pelo menos, na província de Maputo.
No comício de ontem, Adamo dirigiu-se ao pódio e, para além de denunciar o saque de dinheiro do erário público, através das instituições públicas, acto levado a cabo por funcionários seniores, supostamente, protegidos pelo do partido no poder, pelo facto da rede abranger nomes sonantes, dentro da Frelimo, fez a entrega, pessoalmente, ao Chefe de Estado, dos documentos que comprovam o roubo de dinheiro, nos Cofres do Estado.
“Sou funcionária do Aparelho do Estado, antes afecto na Direcção Provincial dos Antigos Combatentes, mas o prémio que tive por denunciar a corrupção foi a minha transferência para a Direcção Provincial da Juventude e Desportos, onde, até hoje, não fui incumbida uma tarefa especifica. Se Sua Excelência perguntar o que estou a fazer, na direcção da Juven- tude e Desportos, a resposta é nada. Transferiram-me para me acantonar, naquela direcção”, disse Adamo.
Perante aplausos do público que acorreu em massa, ao local comício, que marcou o último dia da visita de Guebuza à província de Maputo, Adamo questionou: “afinal o que é transferência? – “sempre que me interrogo sobre esta questão, a resposta que me aparece à cabeça é de que a lei foi feita pelo homem”.
“Pensei que estivesse a defender os interesse do Estado, mas estou a constatar que estou a pagar a factura. Algumas pessoas bem posicionadas, ao nível da Direcção Provincial para os Assuntos dos Antigos Combatentes de Maputo, envolvidas na defraudação dos cofres do Estado, mediante o engrossamento da lista dos que dedicaram suas vidas à libertação da Pátria do jugo colonial português com falsos pensionistas, foram dizer, na Direcção Provincial da Juventude e Desportos que não presto, por isso, sou conotada como uma pessoa perigosa, que puxa tapete aos dirigentes corruptos, pelo facto de agir a favor do cumprimento da lei e em resposta ao apelo do Chefe do Estado, do combate cerrado à corrupção”.

O A TribunaFax apurou que, no dossier corrupção entregue a Guebuza, para além do Regulamento Interno do Ministério para os Assuntos dos Antigos Combatentes, constam outros documentos tais como guias de marcha da transferência de Adamo, denunciante do roubo de dinheiro do Estado através da Direcção dos Antigos Combatentes, bem como relatórios do Tribunal Administrativo, TA, e da Comissão do Inquérito do Ministério para os Assuntos dos Antigos Combatentes, MAAC, nomeada pelo titular de pasta, Feliciano Gundana, que comprovam o saque de dinheiro dos Cofres do Estado por funcionários aparentemente protegidos, com destaque para Isaías Aquimo, Inácio Calulu e Juvêncio Ambrósio, director provincial, chefe do Departamento dos Serviços Sociais Antigos Combatentes, ao nível de Maputo e o secretário da Associação dos Antigos Combatentes no Distrito de Namaacha que, durante 13 anos, roubaram ao Estado, sob capa de reformados da Luta de Libertação.
Fazem parte, ainda, do “dossier corrupção”, nas mãos do Chefe do Estado, a lista de pensionistas falsos, escudados como antigos combatentes, também entregue ao ministro das Finanças sob registo: Ref 00113/
GSP/ACLLN/07, da Associação dos Antigos Combatentes de Libertação Nacional, ACLLN, ao nível da província de Maputo. No documento constam 38 supostos pensionistas falsos, que se beneficiaram do dinheiro do Estado, ilicitamente, segundo a ACLLN.
Para além deste documento, o Jornal está na posse do ofício nº34/GM/MAAC/ 2007 assinado pelo ministro Gundana, que confirma a existência de combatentes falsos que se beneficiam, ilicitamente, de pensões de reforma.
Gundana, através do ofício acima referenciado, ordenou o encaminhamento
do “caso de corrupção” ao Gabinete Central de Combate à Corrupção, mas dados não confirmados, oficialmente, indicam que o mesmo “dorme” no gabinete do ministro dos Combatentes.
Aliás, este facto abrange a instauração do processo disciplinar contra os infractores, que, desde o passado dia 31 de Novembro de 2007, não tem desfecho. No MAAC, ninguém ousa a dizer com comprovativos se foram canceladas as pensões de que os infractores se vinham beneficiando, ilicitamente, bem como anunciar os valores roubados pelos indiciados durante os 13 anos.
Nos vários contactos que o A TribunaFax
manteve com a cúpula do MAAC, a resposta foi sempre a mesma: “o processo está em tramitação”, e o assunto está a ser tratado com muita calma, visto tratar-se de uma classe sensível. “Temos que pensar com o coração (....)”, disse, uma das vezes, `a Reportagem do A TribunaFax a directora nacional dos Recursos Humanos do MAAC. (Redacção)

( Retirado, com a devida vénia do A Tribuna Fax, de 06/08/08 )

Actualização do recenseamento eleitoral termina com défice


O processo de actualização do recenseamento eleitoral, terminado segunda- feira, em todo o território nacional, não conseguiu alcançar a cifra prevista de 200 mil eleitores, tendo ficado nos 160 mil potenciais eleitores, em 43 cidades e vilas a serem abrangidas pelas eleições autárquicas de 19 de Novembro de 2008 .
A informação foi avançada ontem em Maputo, por Juvenal Bucuane, portavoz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) durante uma conferência de imprensa, convocada para anunciar o início, hoje, do processo de inscrição de candidatos a presidência dos 43 municípios e para membros de Assembleias municipais.
Bucuane revelou, por outro lado, que não obstante o facto de não ter sido atingida a cifra, a CNE está em condições de dar continuidade ao processo, rumo a realização do pleito eleitoral de Novembro próximo em todas as 43 autarquias do país.
Sobre a apresentação das candidaturas, o porta-voz da CNE disse que podem submeter as suas inscrições todos os partidos e organizações legalmente reconhecidos, devendo para o efeito reunir toda a documentação exigida pela Lei, processo a terminar a cinco de Setembro de 2008.
( Fernando Sidumo, Diário do País de 06/08/08, retirado com a devida vénia )

Thursday 7 August 2008

Até já!

Vou estar ausente alguns dias devido à minha viagem a Maputo.

Até já!

Wednesday 6 August 2008

Frelimo compromete decisão judicial


MAPUTO – O partido no poder, Frelimo, a partir do círculo eleitoral da província do Niassa, é acusado de interferir numa decisão judicial, em que Alfredo Ajana, director provincial da Juventude e Desportos fora condenado a pena maior, por desvio de fundos públicos.
Ajana foi condenado, no passado dia 22 de Julho, a 16 anos de prisão, pelo Tribunal Judicial da Província de Niassa, TJPN, por ter se provado seu envolvimento no desvio de cerca de um bilião meticais da antiga família, hoje um milhão, em conluio com seu subordinado e responsável pelo Departamento de Administração e Finanças, Vasco Raiva, neste momento, encarcerado na cadeia provincial, quando
Ajane, seu colaborador, está em liberdade, a passear sua “classe”.
Na última sexta-feira aquele directorladrão foi visto numa das mais luxuosas instâncias turísticas da Capital, a comer do melhor, depois de ter estado em Matchedje, nas cerimónias centrais que marcaram a passagem do 40º aniversário da realização do II Congresso da Frente de Libertação de Moçambique.
A situação está a deixar preocupada a população daquela província que não sabe quando Ajane será recolhido às celas, onde deverá estar em cumprimento da pena que lhe foi aplicada, pela 2ª Secção do TJPN. Ajana, para além de ser director, é, também, secretário do Comité Provincial para a Organização do partido no poder, Frelimo, naquela parcela do País. Consta que ele se encontra for a da cadeia, alegadamente, por ter apresentado recurso junto ao Tribunal Supremo, TS, com efeitos suspensivos, contrariamente à sorte de Raiva que foi recolhido, imediatamente, aos calabouços.
Comentando sobre o assunto, o jurista Máximo Dias disse, ao A TribunaFax, que o cenário mostra o quão os dirigentes são protegidos, quando cometem crimes. “A sorte que Ajana teve não é a mesma que seu colaborador teve, pois, foram os dois condenados e não faz sentido que um cumpra dentro e outro fora da cadeia”, considerou o jurista que considera que o cidadão comum é, sempre, sujeito a pagar pelo crime dos seus superiors hierárquicos, devido à falta de aplicação da lei, procurando-se, sempre, proteger os dirigentes, sem que, antes se tenha como base a sua conduta social e profissional. Em jeito de desfecho, Dias disse que a luta contra a corrupção passa, necessariamente, pela condenação de todos que, de forma ilícita, beneficiam do bem público, caso contrário, o esforço a ser feito nesta luta jamais trará os resultados desejados. (AA)
( Retirado, com a devida vénia, de A Tribuna Fax, de 05/08/08 )

Quem tem bife na boca não fala

O ministro da Saúde, Ivo Garrido, esquiva-se do problema de corrupção, denunciada por empreiteiros nacionais, na sua carta publicada pelo ZAMBEZE de 17.07.08. Disseram que o Gabinete de Construções de Projectos Internos, GACOPI, foi tomado por corruptos. O chefe do GACOPI revelou que a Primeira-Ministra, PM, tem adjudicado obras de empreitadas de valor superior a um milhão de dólares. Isto só pode ser corrupção.
Garrido ao invés de ordenar investigação, mandou publicar, no SAVANA, de 25.07.08, pp. 12, anúncio de vaga, a fim de recrutar um arquitecto ou engenheiro civil, para a Direcção de Planificação e Cooperação, Departamento de Infra-Estruturas, que dá no GACOPI, considerado, pelos construtores, um antro da corrupção. Antes, teria que dizer se o que se diz do GACOPI é verdade. Correr para anunciar vaga compara-se a uma avestruz que mete a cabeça na areia, julgando ter-se escondido do perigo.
Ao agir assim, Garrido pode ser interpretado como estando a camuflar algo grave – o facto de a PM adjudicar empreitadas do Estado, as chorudas comissões de que os empreiteiros se queixam e a protecção que gozam as empresas de dirigentes e amigos do chefe do GACOPI. Ignorar tais falcatruas e falar de vacatura é levanter poeira para o público não ver o que está a acontecer. Quem tem bife na boca, não fala, diz um ditado. Será o presente caso?
Se alguém andava, com lanterna acesa, à procura de corruptos, eles residem no Ministério da Saúde, a menos que Garrido afaste esta presunção. Calando, o ministro da Saúde está, evidentemente, a defender-se a si ou a alguém muito importante do governo, ou seja, um(a) amigo(a) ou um(a) graúdo(a) metido(a) na negociata de empreitadas, dando corpo à denúncia efectuada.
Os corruptos que sugam fundos do Estado, servindo-se dos cargos públicos que ocupam, e atrofiam empresários nacionais que lutam para se afirmar, devem ser punidos. Se Garrido não está preocupado com a corrupção, nós não conseguimos apanhar sono. O ministro da Saúde tem, a nosso ver, três questões fundamentais que deveria esclarecer :
1. Se é verdade que a PM adjudica obras de empreitadas do Estado, aquelas cujo valor ultrapasse um milhão de dólares. Esta não é atribuição de uma primeira-ministra. A ser verdade, Moçambique está entregue a malfeitores. Concordamos, em pleno, com os doadores que iniciaram a cortes na ajuda ao País, por falta de transparência na gestão dos fundos públicos. Não podemos assistir que um punhado de indivíduos continue a se enriquecer com base em fundos do Estado.
2. Que motivações tem Garrido para não mandar uma comissão administrative de inquérito a fim de investigar para se aferir da veracidade ou falsidade da denúncia? Havendo culpados, que sejam encaminhados à justiça para serem punidos nos termos da lei.
3. Quem são os donos das empresas que, geralmente, “ganham” as obras de empreitadas promovidas pelo Ministério da Saúde? Que relação têm esses empreiteiros com a PM, o ministro da Saúde e o chefe do GACOPI?

( Edwin Hounnou, em A Tribuna Fax de 4/8/08, retirado com a devida vénia )

Tuesday 5 August 2008

CIP pela redução de alguns poderes do Presidente da República


O Centro de Integridade Pública lança próxima sexta-feira, 8 de Agosto de 2008, em Maputo, um relatório sobre Governação e Integridade em Moçambique que tem em vista apoiar o Governo na priorização de intervenções na área da Governação, a partir da identificação das lacunas encontradas nos quadros legais e institucionais, dos desafios que se colocam à implementação de políticas públicas e das áreas de potencial reforma nos próximos dois a três anos.
Dentre várias reformas à Constituição da República, o relatório do CIP defende a transição do actual regime presidencialista para um regime parlamentar racionalizado, o que implica a mudança no modo de designação do Presidente da República (sufrágio indirecto), introdução da figura de um Primeiro-Ministro responsável perante o Parlamento, supressão da figura dos decretos-leis e redução dos poderes de nomeação do Presidente da República.
Defende também o reforço do papel do Parlamento para passar a ter poderes acrescidos sobre as actividades do Executivo, em particular sobre a execucão das leis, promoção de audiências públicas para se discutir as ideias da sociedade civil sobre a actividade legislativa, para além da necessidade da adesão, ratificação e implementação de pactos e protocolos internacionais adicionais que tenham reflexos concretos no aprofundamento dos direitos civis em Moçambique, adopção de uma política de valorização e ampliação de penas alternativas à prisão, com reflexos na formação dos magistrados e de outros agentes do sistema de administração da Justiça e ainda adopção de medidas legislativas que permitam o acesso de entidades independents aos estabelecimentos prisionais e às esquadras da Polícia.
A institucionalização de mecanismos de cooperação entre o Estado, Ordem dos Advogados e as organizações de defesa dos direitos humanos, a promoção de uma reflexão ampla e abrangente sobre o figurino institucional da administração eleitoral, a recontagem de votos em caso de necessidade decorrente de perda de editais, o estabelecimento da obrigatoriedade de publicação das doações feitas por particulares e/ou empresas aos partidos e candidatos presidenciais, e de auditorias independents às contas dos partidos e candidatos presidenciais e a designação de membros da sociedade civil orientada por uma Comissão criada e supervisionada pela Assembleia da República, integrada por personalidades da sociedade, figuram no rol das recomendações contidas no documento a ser publicado próxima sexta-feira, em Maputo pelo Centro de Integridade Pública.
Finalmente, o documento recomenda a criação dum organismo dentro do Ministério da Justiça que seja responsável pela monitoria da actividade e financiamento político no geral, aprovação da ‘Carta da Função Pública’ com mecanismos complementares de monitoria e responsabilização do sector público pelos cidadãos e de uma Política Salarial para a função pública, para além da aprovação da estratégia de HIV/SIDA para o sector público, introdução da obrigatoriedade dos fornecedores e provedores regulares de serviços ao Estado serem sujeitos a auditorias indepentendes anuais e publicarem os respectivos relatórios e publicação dos relatórios de inspecção da Inspecção geral das Finanças.
( Bernardo Mbembele, Diário do País de 05/08/08, retirado com a devida vénia )

Sunday 3 August 2008

Teatro de operações das OSC Moçambicana


A forma de democracia existente em Moçambique actual, já nem sequer corresponde aos seus modelos clássicos dos idealizadores desta Pátria e que hoje são homenageados em quase todo o País.
As políticas de legitimidade e a base de apoio do Povo real, levou a processos de rápido desgaste da imagem do Governo, aliado à desmoralização crescente de grupos sociais diversos, do próprio Parlamento e do Sistema Judicial no debilitamento e à descaracterização dos partidos políticos parlamentares e extra-parlamentares, aliado sobretudo, ao esvaziamento total dos sindicatos, a dificuldades e dependências crescentes das Organizações da Sociedade Civil e movimentos sociais, a inexistência de um movimento forte feminista, ao desinteresse do cidadão pela política e pelos políticos porque em suma, são tidos como falsos e com discursos parados no conceito do espaço e no tempo, à máxima redução da actividade política e uma prática profissional, realizada por especialistas, monopolizada por elites que cada vez mais distanciadas das massas populares e sem nenhum controle na gestão das despesas públicas em que a cidadania fica reduzida aos exercícios formais, tristes e burocráticos de apenas votação a cada tanto tempo; criou-se em Moçambique camada de filhos de elites-filhos dos chefes que estudam no estrangeiro, pondo em perigo cada vez mais crescente a liderança do futuro do país.
A título de exemplo, em Moçambique, os Ministérios do Governo criam as suas próprias Sociedades Civis para onde drenam os recursos financeiros da Comunidade Internacional; o mesmo que dizer ONGs privadas dos ministros, directores nacionais, chefes dos departamentos e governadores provinciais das várias instituições e gente graúda, entre outras maneira de fragilizar as OSC.
Assim, surgem novas formas de disfunções sociais, inerentes desta evolução sócio-política: corrupção, clientelismo, regionalismo, tribalismo, localismo e situações anómalas do exercício político em relação aos escândalos económicos que estamos habituados a viver, ou seja, os cidadãos ficam presos, sem justa causa, durante oito anos (8) e aparece felizmente um juízo dotado de benção de DEUS e solta-os alegando não existir provas e depois?
Quem manda prender? São pessoas com ligações com grandes grupos económicos e políticos; nada mais simbolizam que o exercício do poder político decorrente da autoridade que detêm no Estado e das competências profissionais exigidas por este novo modelo ideológico extremamente ultrapassado. Outro factor originário da crise política em Moçambique, relaciona-se com a falência de modelos e criatividades sociais do Governo e dos políticos que aparecem como alternativas viáveis a superação do capitalismo.
Como ideologia e como forma de sociedade, primeiro o socialismo e posteriormente o comunismo, tinham como objectivo principal: extinguir o modelo capitalista, sendo que este era atravessado por várias contradições e conflitos inerentes da expropriação do homem pelo homem, da classe proletária (mão-de-obra assalariada) pela classe dominante (detentores dos meios de produção). Todavia, com a generalização das políticas sociais e económicas dos países capitalistas mais desenvolvidos, muitas das reivindicações e reformas que integravam os moldes de sociedades políticas dos partidos socialistas, passaram a fazer parte do contexto sócio-político dos governos ideologicamente e programaticamente capitalistas.
Assim, iniciado este modelo ideológico-capitalista com fundos societários nos moldes socialistas, e depois com a crise de regulação do mercado capitalista em relação à "fragmentação social produzida pelas distintas formas de flexibilização laboral", os partidos socialistas e comunistas, esvaziados de propostas ideológicas e estruturais credíveis, ficaram constrangidos e assumirem-se como modalidades alternativas de gestão do poder político capitalista, e não mais como modelos alternativos de sociedade; o que nos remete ao que se expõe claramente saber.
Contudo, o terceiro factor que nos faz reflectir sobre a crise política actual está intimamente articulado com a crise generalizada de regulação do mercado em relação à precariedade da vinculação contratual do mundo do trabalho e disparidade indissolúvel das classes sociais.
No que concerne a esta crise, temos que as perversões criadas pela burocratização das funções e tarefas do processo político dos partidos de Governo/Estado estão paralelamente ligadas pois, não existe separação de poderes um político, muito bem e desavergonhadamente, pode aparecer nos mídias a desempenhar papel de um governante e vice-versa.
O desvirtuamento, a omissão e, principalmente, o desrespeito a prática política para as quais foram eleitos, já nos levam a descrença da classe política e de todos os partidos, mesmo os concorrentes do poder.
Por sua vez, a Sociedade Civil (Povo) está cada vez mais alienada, impotente para unir-se, reflectir, decidir e participar na máquina pública; a grande massa de indivíduos que compõem esta sociedade: sociólogos, cientistas, geólogos, cineastas, fazedores de cultura, ambientalistas, agrónomos, jornalistas, destacadas figuras da sociedade, etc, etc, limitando-se a sobreviver, num contexto que lhe é adverso e indiferente, mas que, ideologicamente, lhe assegura o bem-estar social e lhe evita sanções por parte do poder político vigente.
A ideologia, então, urge como instrumento e ingrediente de manutenção social e funcional do poder político e, principalmente, como ferramenta de manipulação que proporciona a "normalização" da expropriação do trabalho da massa em virtude da manutenção da estrutura de mercado de capital, base das sociedades corruptas.
Este instrumento, mascara a realidade social às vistas daqueles que transformam os meios de produção para que, assim, mantenham-se alienados e facilmente manipuláveis. Posto isto, havendo a necessidade de dar resposta á definição de diversos procedimentos e formalidades da CNE-Comissão Nacional de Eleições, com vista à inscrição de grupos de cidadãos eleitores proponentes, bem como para a apresentação de candidaturas para as Eleições Autárquicas de 2008, nos termos preceituados nas alíneas g) e f) do n.º 1 do artigo 7 da Lei n.º 8/2007, de 30 de Maio, as OSC devem estar encorajadas a candidatarem-se e não para resolver os problemas, mas sim, para criar condições para que grupos de cidadãos ocupem vários cargos de governação local, porque no preciso momento, urge a necessidade urgente de fortalecer e redobrar esforços da Sociedade Civil para que juntos adoptemos estratégias comuns para diversificar os assentos nas Assembleias Municipais e porque não, ao nível da Assembleia da República?
Sendo assim, há uma extrema necessidade de habilitar os decisórios de políticas a incorporar as prioridades dos grupos sociais totalmente desfavorecidos, as opiniões e pontos de vistas, num processo multipartidário, para se entender as várias dimensões da pobreza, partindo, naturalmente da mesma pobreza, no processamento de decisões dos próprios chefes, ou melhor, os políticos sempre dizem que as OSC só criticam, mas eles nunca também dizem que estão a governar mal.
A título de exemplo, nos Municípios recentemente ganhos pela oposição, notou-se pura exclusão dos munícipes, determinada etnia é quem tem direitos em relação às outras, ou seja, as pessoas são excluídos por serem "Changanas, Chuabos; Nhúngues; Matsuas; Bitongas; Macondes; Nhanjas; Jaúas, os Senas... pior ainda são caixotes de lixo na Beira e nos outros restantes municípios dirigidos pela Renamo.
Acima de tudo, julgo que o pais precisa, rapidamente e numa sentada de formular espaços em que todos tenham posse ao emprego e possam participar, contribuir na inclusão de todos num sistema como uma estratégia adicional para promover o sentimento patriótico e nacionalista, como forma de contribuir positivamente no fortalecimento de um Estado verdadeiramente democrático e que se respeite, fundamentalmente, os Direitos do Homem e dos Povos, além de permitir um envolvimento imparcial no poder e realizar estudos e investigação sobre possíveis violações da Lei fundamental com a finalidade de apurar a real situação do país, bem como, produzir relatórios concernentes à Comunidade Nacional e Internacional; contribuir para estancar as violações dos Direitos Humanos e Democracia que se verificam na maior parte na zona centro e norte do país, de acordo com estudos realizados pelo PNUD e outras organizações nacionais e estrangeiras. Será indispensável a participação das OSC no parlamento pois, são aquelas que conquistaram o seu mérito próprio localmente, sem discriminação ou pertencer obrigatoriamente a certo partido político ou não.
No meu modesto entender, os Conselhos Consultivos Distritais deviam deixar por exemplo, de pertencer a certas associações criadas por conveniências políticas: Que os Administradores Distritais sejam impedidos de criar suas próprias associações para benefício próprio; Criar mecanismos nos diversos processos que deverão gerar parcerias, baseadas na confiança e consenso, entre os governantes e todos os níveis da sociedade, partindo da coesão das partes, através de diálogo permanente e sistemático com objectivo de todos trabalharem para uma alcançar a meta comum.
Por outro, a Sociedade Civil moçambicana não deve continuar a ter medo de dizer que estão cada vez mais excluídos socialmente das políticas do país; ela deve sim, conhecer os seus deveres para melhor exigir os seus direitos previstos na Constituição da República pois, ninguém deve ser morto por causa de dizer a verdade.
Porém, enquanto os políticos resistem à impunidade pela arrogância, ou melhor, não deixam algo andar e nem deixam fazer, defendendo a sua própria sobrevivência e do seus partidos, as OSC, lutam por uma causa natural na afirmação do poder real em defesa dos excluídos da sociedade e procuram formas mais adequadas e universais para minimizar ou mesmo, resolver o crescente índice de exercito de crianças órfãs que perderam seus pais por causa da pandemia do HIV/SIDA.
Para terminar, recordar que o aproveitamento integral da Lei Eleitoral debatida, harmonizada e promulgada pelo Presidente da República, criou importantes e valiosos instrumentos que tangem com a candidatura das OSC legalmente constituídas para concorrer nos pleitos eleitorais, a partir das municipais de Novembro próximo e este instrumento, vai abrir e galvanizar as novas portas para a participação imparcial das mesmas, sem crença política, religiosa, origem social; cor da pele ou mesmo nepotismo e permitirá que um bom jornalista, também tenha espaço na arena parlamentar para defender não só os colegas, mas sim, para transportar a fidelidade patriótica de todos que se simpatizam com o bem-estar desta nossa Pátria Amada, melhor dizendo, Pérola do Índico.
José Ricardo Viana
*Presidente da LINK - ** título do «vt»
VERTICAL – 16.07.2008
COMENTÁRIO: Uma excelente análise, mas fiquei com duas dúvidas.
O lixo é um problema exclusivo das edilidades dirigidas pela Oposição?
Numa sociedade vergonhosamente partidarizada pela Frelimo pode-se acusar a Renamo de discriminação?

Unversidades do País só formam obedientes



MAPUTO – As universidades moçambicanas são dadas como instituições de ensino que formam, apenas, jovens obedientes e não actores principais da mudança e de desenvolvimento que se pretende imprimir, no País.
Esta constatação vem numa altura em que proliferam, em Moçambique, muitas universidades, quer públicas, quer privadas, que se destinam à formação do Homem, tendo em vista a promoção de desenvolvimento de Moçambique, neste momento, mergulhado na extrema pobreza, que afecta a cerca de 50 porcento dos cerca de 20.5 milhões de habitantes.
Dados oficiais apontam que o País produz, em média anual, cerca de dois mil quadros superiores em diversas áreas e a crise começa a ser propalada quando muitos destes formados não comparticipam, de forma directa, nos processos de desenvolvimento, constando que muitos deles não possuem capacidade suficiente.
Este posicionamento foi defendido por vários participantes ao encontro de reflexão sobre o papel da juventude, no contexto de desenvolvimento do País, realizado, esta quinta-feira, no Sindicato Nacional de Jornalista, com a presença de vários críticos, casos de Salomão Moyana, director do semanário “Magazine Independente”, Jeremias Langa, do grupo SOICO, entre outros, que apontam que os actuais jovens, apesar de muito escolarizados, não se identificam como actores dos processos de transformação e de desenvolvimento de Moçambique.
Os jovens agem em função de vento, acreditando, sempre, na evidência das coisas, sem que façam o mínimo de esforço para obrigar a mudança de certas atitudes que interferem no processo de desenvolvimento do País.
Salomão Moyana referiu que vários problemas com que Moçambique se debate é por culpa dos jovens que não sabem reivindicar a mudança de atitudes.
Acrescentou que o que “os jovens sabem é apenas apresentar queixas, sem propor soluções”, destacando, por exemplo, a reclamação da falta de emprego e de habitação, em que “os jovens aparecem sempre a chorar, sem inventar alternativas para se livrarem do problema”, disse comparando a actual geração de jovens às outras que passaram, atribuindo a actual, uma nota baixa na actuação.
Recuou no tempo e falou da Independência Nacional, conquistada por jovens, os mesmos que lutaram para que o País passasse de um Estado mono para o multipartidarismo, em que “todos podemos exprimir os nossos pensamentos, sem ditadura”.
A juventude actual, na opinião de Moyana, deve, também, fazer a sua revolução para ter a sua cotação nos anais da história, à semelhança do que foi feito pelos chamados “jovens de 25 de Setembro”.
“A juventude deve libertar-se do medo e começar a falar, livremente, dos seus problemas, reivindicando mudanças, tanto nas políticas, como nos planos que acham estar mal concebidos, para impulsionar o seu desenvolvimento e do País. (AA)

( Retirado, com a devida vénia do “ A Tribuna Fax “, com a data de 25/07/08 )
COMENTÁRIO: A missão das Universidades é a produção massiva de diplomados ou é a formação de indivíduos que possam contribuir para o progresso do País?
Os jovens graduados são valorizados como peças fundamentais para o desenvolvimento da sociedade?

Thabo Mbeki acusado de corrupção

A África do Sul acordou hoje com a notícia de que o Presidente Thabo Mbeki pode estar envolvido num caso de corrupção no valor de 30 milhões de Randes.
O conceituado semanário “Sunday Times”, na sua edição de hoje, revela que conduziu uma investigação durante seis meses sobre o célebre caso da compra de armas e conclui que Mbeki recebeu uma comssão no valor de 30 mlhões de Randes de uma companhia alemã. Desse dnheiro, Mbeki teria entregue 20 mlhões ao ANC e dois milhões a Jacob Zuma.
Como seria de esperar, a Presidência e o ANC negam veementemente estas acusações.
Helen Zille, líder do maior partido da Oposição, o DA, pediu a Mbeki para nomear uma comissão de inquérito para investigar todos os pormenores deste imbróglio.

Confira em: http://www.thetimes.co.za/ .

Se eu morrer antes de você...


Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele me haver levado.
Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.
Se alguns amigos contarem algum facto a meu respeto, ouça e acrescente a sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demónio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demónio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.
Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde eu estiver.
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase;"Foi meu amigo,acreditava em mim e me quis mais perto de Deus".
Aí,então,derrame uma lágrima.Eu não estarei presente para enxugá-la,mas não faz mal.Outros amigos farão isso no meu lugar.
E,vendo-me bem substituído,irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas,de vez em quando,dê uma espiadinha na direcção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.
E,quando chegar a sua vez de ir para o Pai,aí,sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus,a amizade que Ele nos preparou.
Você acredita nessas coisas? Então ore para que nós vivamos como quem sabe que vai morrer um dia,e que morremos como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente,e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas,se eu morrer antes de você,acho que não vou estranhar o céu…
"Ser seu amigo… já é um pedaço dele".



( CHICO XAVIER )

Saturday 2 August 2008

Humor sem limites

CAMISOLAS DE CLUBE
...he, he... Não batam mais.....
Um adepto do Porto chega a uma loja de material desportivo na zona a baixa pombalina e depara-se com uma infinidade de camisolas de clubes de futebol. Só não via a camisola azul e branca do seu clube. Meio acanhado pergunta ao vendedor:
-Quanto custa a camisola do Real Madrid?
-40 Euros
-E a do Manchester?
- Essa custa 50 Euros
-E a do Sporting?
-Oh meu amigo...Essa é a mais cara da loja por se tratar de um grande clube e custa 99 euros...
Aí o pobre arrisca:
-Você não tem aí, por acaso, a camisola do Porto?
-Tenho sim. Está do outro lado, na prateleira das liquidações e custa 4,50 euros.
-Irra!!! Só 4,50 euros???!!!
-É uma promoção para liquidação de stock, esssas porcarias não se vendem...
-Então dê-me uma - e estendeu uma nota de 5 euros.
O vendedor vai à caixa registadora, coça a cabeça e meio atrapalhado diz :
- Desculpe, mas não tenho trocos. Quer levar uma camisola do Benfica para completar os 5 euros?
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O CÚMULO DA MÁ SORTE
Um sujeito encontra um amigo que não via há muito tempo e, querendoser simpático, inicia a conversa:
- Então, Paulinho, tudo bem?
- Péssimo.
- Mas como... Então e o teu Ferrari
- Ficou desfeito... num acidente .... E o seguro tinha acabado de caducar...
- Bem, vão-se os anéis, mas ficam os dedos... E o teu filho super-inteligente?
- Foi o que estampou o Ferrari... Morreu.O amigo muda então de conversa:
- E a tua filha, aquela linda, que era modelo?
- Pois é... Ia com o irmão.... Só a minha mulher é que não estava no carro.
- Graças a Deus! Como está ela?
- Fugiu com o meu sócio...
- Bem... Pelo menos a empresa ficou só para ti.
- Sim, falida... Totalmente falida... Estou a dever milhões!
- Porra! Vamos mas é mudar de assunto! E o teu clube?
- ' Tá muito mal... sou do BENFICA!
- Por amor de Deus, Paulinho! Não tens mesmo nada de positivo?
- Tenho... HIV!

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DIVÓRCIO DE VELHINHOS
Um casal de velhinhos vai ao escritório de um advogado para que seja preparado o divórcio. O advogado, vendo-os assim tão velhinhos, pergunta porque eles farão isso nessa idade tão avançada.
Determinada ao divórcio a velhinha diz: - Veja doutor, é que ele tem, com muitos esforços, uma única ereção no ano e...
O velhinho super nervoso a interrompe dizendo: - E ela pretende que eu a desperdice logo com ela.

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Vocês sabem a diferença entre o tratamento por tu e por você? Vocês pensam que sabem, mas vejam abaixo. Um pequeno exemplo, que ilustra bem a diferença:
O Director Geral de um Banco, estava preocupado com um jovem e brilhante director, que depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o Director Geral do Banco chamou um detective e disse-lhe:
- Siga o Dr. Mendes durante uma semana, durante a hora do almoço.O detective, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:
- O Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no seu carro, vai a sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.Responde o Director Geral:
- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
O detective pergunta-lhe:- Desculpe. Posso tratá-lo por tu?- 'Sim, claro' respondeu o Director surpreendido!
- Então vou repetir : o Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no teu carro, vai a tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.
A lingua portuguesa é mesmo fascinante!

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Conheça as diferenças entre 18 e 54
Um professor de matemática envia para sua esposa um fax com a seguinte mensagem:- 'Querida esposa, sei que compreendes que agora tens 54 anos, e que eu tenho certas necessidades que já não podes satisfazer. Sou feliz contigo, como minha esposa e, sinceramente, espero que não te sintas magoada ou ofendida ao saber que, quando estiveres lendo este e-mail, estarei no Big DicK Motel com minha secretária, que tem 18 anos. Mas não te preocupes, que chegarei em casa antes da meia-noite'.
Quando o homem chega em casa, vindo do Big Dick Motel, encontra a seguinte carta da esposa:- 'Querido marido, obrigada pelo aviso. Aproveito a oportunidade para lembrar-te que tu também tens 54 anos. Ao mesmo tempo, te comunico que, quando estiveres lendo esta carta, Estarei no Motel Happy Dust com meu professor de tênis, que também tem 18 anos. Como és um matemático, poderás compreender facilmente que estamos nas mesmas circunstâncias, mas com uma pequena diferença: '18 entra mais vezes em 54, do que 54 em 18...' 'Portanto, não me espere, porque vou chegar só amanhã'.