O ministro da Saúde, Ivo Garrido, esquiva-se do problema de corrupção, denunciada por empreiteiros nacionais, na sua carta publicada pelo ZAMBEZE de 17.07.08. Disseram que o Gabinete de Construções de Projectos Internos, GACOPI, foi tomado por corruptos. O chefe do GACOPI revelou que a Primeira-Ministra, PM, tem adjudicado obras de empreitadas de valor superior a um milhão de dólares. Isto só pode ser corrupção.
Garrido ao invés de ordenar investigação, mandou publicar, no SAVANA, de 25.07.08, pp. 12, anúncio de vaga, a fim de recrutar um arquitecto ou engenheiro civil, para a Direcção de Planificação e Cooperação, Departamento de Infra-Estruturas, que dá no GACOPI, considerado, pelos construtores, um antro da corrupção. Antes, teria que dizer se o que se diz do GACOPI é verdade. Correr para anunciar vaga compara-se a uma avestruz que mete a cabeça na areia, julgando ter-se escondido do perigo.
Ao agir assim, Garrido pode ser interpretado como estando a camuflar algo grave – o facto de a PM adjudicar empreitadas do Estado, as chorudas comissões de que os empreiteiros se queixam e a protecção que gozam as empresas de dirigentes e amigos do chefe do GACOPI. Ignorar tais falcatruas e falar de vacatura é levanter poeira para o público não ver o que está a acontecer. Quem tem bife na boca, não fala, diz um ditado. Será o presente caso?
Se alguém andava, com lanterna acesa, à procura de corruptos, eles residem no Ministério da Saúde, a menos que Garrido afaste esta presunção. Calando, o ministro da Saúde está, evidentemente, a defender-se a si ou a alguém muito importante do governo, ou seja, um(a) amigo(a) ou um(a) graúdo(a) metido(a) na negociata de empreitadas, dando corpo à denúncia efectuada.
Os corruptos que sugam fundos do Estado, servindo-se dos cargos públicos que ocupam, e atrofiam empresários nacionais que lutam para se afirmar, devem ser punidos. Se Garrido não está preocupado com a corrupção, nós não conseguimos apanhar sono. O ministro da Saúde tem, a nosso ver, três questões fundamentais que deveria esclarecer :
1. Se é verdade que a PM adjudica obras de empreitadas do Estado, aquelas cujo valor ultrapasse um milhão de dólares. Esta não é atribuição de uma primeira-ministra. A ser verdade, Moçambique está entregue a malfeitores. Concordamos, em pleno, com os doadores que iniciaram a cortes na ajuda ao País, por falta de transparência na gestão dos fundos públicos. Não podemos assistir que um punhado de indivíduos continue a se enriquecer com base em fundos do Estado.
2. Que motivações tem Garrido para não mandar uma comissão administrative de inquérito a fim de investigar para se aferir da veracidade ou falsidade da denúncia? Havendo culpados, que sejam encaminhados à justiça para serem punidos nos termos da lei.
3. Quem são os donos das empresas que, geralmente, “ganham” as obras de empreitadas promovidas pelo Ministério da Saúde? Que relação têm esses empreiteiros com a PM, o ministro da Saúde e o chefe do GACOPI?
( Edwin Hounnou, em A Tribuna Fax de 4/8/08, retirado com a devida vénia )
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