Thursday 28 June 2018

Renamo pede três meses para reintegrar seus efetivos armados nas Forças de Defesa de Moçambique

O secretário-geral da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) defendeu um prazo de três meses para a reintegração dos homens armados da sua formação, o maior partido de oposição, nas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.
Renamo pede três meses para reintegrar seus efetivos armados nas Forças de Defesa de Moçambique
“Este tempo é suficiente para que as regras e princípios a serem seguidos, de acordo com os entendimentos já alcançados, sejam cumpridos”, disse Manuel Bissopo, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
O secretário-geral da Renamo falava em Nampula, norte de Moçambique, onde realiza uma visita de trabalho.
Para Bissopo, “há vontade de dois lados” e reafirmou que o principal partido de oposição em Moçambique quer uma paz permanente.
“A Renamo quer que esta paz seja para sempre, a intenção é que não exista apenas uma única força com armas, para que não sejam essas a matar-nos amanhã”, declarou o também deputado no parlamento moçambicano pela Renamo.
Bissopo acrescentou ainda que o processo desmilitarização está a decorrer normalmente, dentro dos acordos entre o falecido líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama, e o chefe de Estado, Filipe Nyusi.
“Nós sentimos que temos um grande compromisso para com o povo, que é a manutenção da paz”, acrescentou Bissopo, sem, no entanto, fazer referência ao impasse no parlamento entre o seu partido e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, no que diz respeito ao arranque do debate sobre a revisão da Constituição para a descentralização, uma das principais exigências da Renamo nas negociações de paz.
A Assembleia da República de Moçambique travou, na semana passada, a pedido da Frelimo, a realização de uma sessão extraordinária que havia sido marcada para os dias 21 e 22.
A Frelimo evocou a falta de avanços no processo negocial sobre o desarmamento da Renamo para solicitar o adiamento da reunião que serviria para conciliar a lei eleitoral com as alterações à Constituição no âmbito do pacote de descentralização negociado entre o Presidente moçambicano e Afonso Dhlakama – que morreu a 03 de maio, devido a doença.


Lusa

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