Friday 11 September 2009

Conselho Constitucional recusa receber recurso do MDM

Maputo (Canalmoz) - O MDM esteve ontem, ao princípio da tarde, no Conselho Constitucional para interpor recurso sobre o contencioso eleitoral entre si e a Comissão Nacional de Eleições a respeito da sua exclusão em 9 círculos eleitorais, mas viu os seus intentos gorados pelo facto do escrivão daquele órgão se ter recusado a receber o dossier de alegações. O escrivão disse que tinha “ordens superiores” para não receber o dossier do MDM.
Assistiu-se, entretanto, a uma acérrima discussão jurídica entre os advogados do MDM, entre os quais Zaida Sultanegy, e o escrivão.
O escrivão alegou que o processo deveria dar entrada na Comissão Nacional de Eleições para esta reencaminhá-lo posteriormente ao Conselho Constitucional.
José Manuel de Sousa, mandatário do MDM foi então à CNE interpor o processo, que foi aceite. O presidente do MDM, Daviz Simango, esteve presente tanto no Conselho Constitucional como na Comissão Nacional de Eleições.
O escrivão do Conselho Constitucional prometeu entregar hoje, “às 10 horas”, ao MDM, uma carta a confirmar que este partido lá esteve ontem a tentar interpor o processo mas que lhe foi recomendado que fizesse o seu depósito na Comissão Nacional de Eleições.
O mandatário do MDM, à saída da secretaria da CNE, mostrou ao Canalmoz os carimbos e assinaturas que provam a entrada do documento naquele órgão e fez-nos notar que fez questão de exigir que todas as páginas fossem carimbadas e assinadas para que não possa haver extravio de páginas. Tal facto ilustra bem o grau de desconfiança a que os partidos remetem agora a Comissão Nacional de Eleições.

(Fernando Veloso, CANALMOZ, 11/09/09 )

2 comments:

Anonymous said...

"Ordens superiores" - de quem? Nao creio que a CNE va fazer algo, pois nao lhes convem, os seus patroes nao aceitarao, e eles 'sao paus mandados', nao podem dar-se ao luxo de perder as suas muitas mordomias.
Maria Helena

JOSÉ said...

Vamos aguardar a decisão do CC, embora tenhamos poucas esperanças de que o bom senso e a justiça irão prevalecer.