No Distrito de Sussundenga
Dois membros do Partido liderado por Daviz Simango estão detidos
Manica (Canalmoz) - Numa clara acção de perseguição ao recém criado Movimento Democrático de Moçambique (MDM), impedindo o desenvolvimento livre das suas actividades políticas, a administradora do Distrito e o comandante distrital da PRM, em Sussundenga, mandaram encerrar a Delegação local do MDM, exactamente no início da campanha eleitoral para as eleições Gerais e das Assembleias Provinciais de 28 de Outubro próximo. Estes dois representantes do Estado nesta parcela do País, são também, pelo sinal, membros do partido no poder, a Frelimo, no âmbito da partidarização do Estado que vem sendo levada a cabo pela Frelimo.
Para o encerramento da sede do partido liderado por Daviz Simango, neste distrito, alegou-se que o MDM não possui licença e carta de recomendação para a sua instalação em Sussundenga.
Conforme revelou o delegado político provincial do MDM, em Manica, Humberto Tobiace, em entrevista ao Canalmoz, o enceramento da sede do seu partido foi ordenado pela administradora distrital, Mariazinha Niquisse, acompanhada do comandante distrital da PRM. “Arrancaram-nos as chaves da residência, que arrendamos para o funcionamento da nossa sede distrital, referiu.
O acto déspota e que está a ser visto como de medo, que a Frelimo tem do MDM, é uma clara violação ao direito de livre desenvolvimento da acção política, ocorreu na última quinta-feira, quando faltavam apenas 3 dias para o arranque oficial da campanha eleitoral, revelou Escova, explicando que o mesmo se deu depois de “o proprietário da casa, que era arrendada para o partido, ter assinado o contrato de arrendamento”. “A administradora tomou conhecimento do arrendamento da casa e deslocou-se para o local com uma força policial, para mandar encerrar as portas das instalações”, disse. Na tentativa de impedir o encerramento das suas instalações naquele distrito, representantes do partido dirigiram-se ao Governo distrital para tentar esclarecer com a administradora, mas não houve entendimento, segundo revelou o delegado provincial do MDM. “Prometeu indicar-nos um local para erguermos a nossa sede”, mas tudo será depois da campanha eleitoral, e o exercício livre da actividade política a este partido já terá sido impedido.
Administradora confirma que mandou encerrar Sede do MDM
Questionada a administradora, quais os motivos que levaram a encerrar as porta da referida residência, já alugada pelo partido, para ser a sede distrital provisoriamente, esta afirmou não ser do seu conhecimento o aluguer da respectiva casa a favor do partido, visto que este formação politica não possui carta de recomendação para operar naquele distrito e não está autorizada a realizar nenhuma actividade política naquela região do País, de acordo com o delegado político provincial do partido MDM em Manica, Humberto Tobiace Escova.
"Nós ficamos surpresos pela atitude da administradora distrital, nós não temos como fazer para ela estar a par das nossas situações, já nos pediu muitas cartas, até que as últimas dirigimos ao governador da província, mas nada resultou", disse o delegado político provincial do MDM, em Manica, Humberto Escova. Indagou ainda que "onde já se viu que depois de seis meses, que as cartas foram submetidas, só esta semana é que vêm as respostas, que há um terreno para construirmos a nossa sede, não estamos autorizados a alugar nenhuma residência naquele distrito, mas sim construir"
PRM detém dois membros do MDM
Entretanto, num outro desenvolvimento, a Polícia de República de Moçambique, PRM, em Sussundenga deteve, semana passada, dois membros do partido Movimento Democrático de Moçambique, acusados de estarem a aliciar membros do partido no poder de modo a aderirem àquela formação política.
De acordo com informações avançadas pelo respectivo delegado político provincial do MDM, em Manica, Humberto Tobiace Escova, as detenções ocorreram no Posto Administrativo de Muninga, Distrito de Sussundenga, quando os referidos membros desta formação política foram encontrados pela polícia local a realizarem pré-campanha a nível da comunidade local.
Neste caso, a delegação do partido já submeteu a queixa ao respectivo governador provincial, e recorreu a outras instâncias jurídicas de modo a que soltem os referidos membros presos. Contudo, a fonte avança que caso não se resolva a questão o mais cedo possível, o partido irá tomar novas decisões de modo a desmascarar atitudes de alguns dirigentes do Governo actual, que usam a força governamental para impedir o decurso normal da campanha eleitoral de alguns partidos no Pais.
Funcionário públicos filiados ao MDM são demitidos em Mussurize
Para além deste caso em Sussundenga, o delegado do MDM em Manica, acusou o chefe do Posto Administrativo de Dakata, distrito de Mussurize, deste estar a demitir funcionários do posto, caso sejam encontrados com o cartão do partido em referência. Embora sem avançar o nome do respectivo chefe do Posto de Dakata, afirma que já houve um caso deste, onde alguns dos seus membros foram obrigados a abandonar os seus postos de trabalho, por ameaças do respectivo chefe.
“Isto não só está acontecer no Distrito de Sussundenga, mas também está no Posto de Dakata, Distrito de Mussurize, onde o seu chefe local está a intimidar demitir todos funcionários que forem encontrados na posse de cartões do MDM, e já reportamos isto”, disse a fonte, tendo acrescentado que “ não temos medo destas ameaças, vamos continuar a trabalhar de maneira ordeira a nível das delegações distritais” concluiu delegado político provincial do MDM, em Manica, Humberto Tobiace Escova.
( José Jeco, CANALMOZ, 14/09/09 )
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