Sunday, 6 September 2009

Estórias de Maputo


Em constante metamorfose...
Pandora, já vendeu de tudo um pouco (mobiliário, vestuário, electrodómesticos, acessórios diversos, cortinado, etc).
Belita, depois de oferecer um infindável número de servicos, é agora um escritório do povo. Qualquer um pode digitar, imprimir, scannar e fotocopiar documentos.
Metamorfomizados...
John Or’s e Pigally e agora só tratam do Tako.
Colmeia, abatido por um enxame de abelhas internacionais, num cantinho juntou pastelaria-restaurante-padaria e mini-mercearia, noutro, um supermercado!
Djambu: Diz quem viveu nos tempos aureos do Djambu que aquilo era um show. Hoje o Djambu reduziu tanto o seu espaço que só resta o nome.
Metamoribundos...
Jardim Tunduro, a estufa de Maputo virou lixeira e covil de gatunos. Do antigo lago dos cisnes, ficou uma doce lembrança.
Café Continental, encerrado por ordem do Tribunal por causa de uma divida a um funcionario, perdeu-se a magia dos pastéis de nata com canela.
Vila Algarve. Casa linda que devia servir de sede da Ordem dos excelentissimos doutores advogados, mas... ainda nao esta em Ordem!
Metassassinados...
Hortofruticula de Maputo. Espaço de distribuição e venda de produtos horticulas ao Mercado Central transfere-se para a zona alta da cidade (será uma réplica do Zimpeto?)
Foto Lusitano. Ainda que infíma, uma parte do "retrato" de Maputo foi engolida pelo hospital da Cruz Azul.
Metafalecidos...
Prédio Pott. Um clássico na contrução nacional (prédio com base e madeira)
Café Scala. Pastelaria e Salão de Chá servia galões que só combinavam com os pastéis de nata da moribunda Continental...
Ndjinguiritane, a loja que vestiu e alimentou alguns "Continuadores da Revolução" na década de 80, ja veste outras gerações. Quiça os antigos ndjinguiritanes, hoje adultos?

Metamorfoses maputenses...

( Ximbitane, em www.ximbitane.blogspot.com )

2 comments:

Anonymous said...

Quando leio isto, fico com uma sensacao de nostalgia. Conheco todos estes locais, posso recordar os bons momentos quue passei em alguns dele, sempre em boa companhia. Passar por alguns dele, ate se me destroca a alma! Mas como vivemos numa sociedade consumista e descartavel, nada disto me admira ou me deixa espantada.
Maria Helena

JOSÉ said...

As coisas mudam e nós também mudamos, mas as memórias permanecem para sempre.

Recordar é viver!