Wednesday 16 September 2009

CNE aprovou listas ilegais para as “Provinciais”

Beneficiando a Frelimo e Renamo


A Comissão Nacional de Eleições (CNE) aprovou listas ilegais referentes às eleições para as Assembleias Provinciais pertencentes aos partidos Frelimo e Renamo. Tais listas estão afixadas para quem as quer ver nas vitrinas da própria CNE, desde a passada terça-feira dia 8 de Setembro.
Contrariamente ao que disse publicamente Leopoldo João da Costa, Presidente da CNE, a "anarquia" confundida por partidos excluídos em nome da democracia também atingiu as duas maiores formações políticas, ao não consegui­rem, alistar o número mínimo necessário de suplentes exigidos por Lei para as Assembleias Provinciais.
Espreitando as listas afixadas descobre-se que a Frelimo, no círculo de Boane, devia propor 7 membros efectivos e um número mínimo de 4 suplentes, mas apenas meteu 2 suplentes e mesmo assim foi "autorizada" a partici­par.
Na Cidade da Matola, a Frelimo devia candidatar 44 elementos seus e um mínimo de 22 suplentes. Estranhamente, candida­tou apenas 15 suplentes e apesar disso foi aprovada a sua lista.
No círculo eleitoral da Manhiça, o partido no poder candidatou os 11 efectivos necessários e devia juntar um mínimo de 6 suplentes, mas conseguiu apenas 5 e passou no gabinete.
Na Cidade de Beira, o partido dos camaradas apresentou os 25 efectivos exigidos por Lei mas onde devia propor 13 suplentes, apresentou 12 faltando um e foi aprovado na secreta­ria.
Em Vilankulo, apresentou os 9 efectivos exigidos e devia concorrer com um mínimo de 5 suplentes mas meteu quatro e passou.


Renamo


A sorte do jogo da secretaria atingiu também a Renamo.
No círculo eleitoral de Boane a perdiz apresentou os 7 efectivos exigidos e devia apresentar no mínimo 4 suplentes mas conseguiu 3.
Em Matutuine , apresentou 3 efectivos e no lugar de 2 suplentes apresentou apenas 1 e o jogo da sorte deu-lhe uma passagem automática.
E em Xai-Xai, a Renamo apresentou os 9 efectivos necessários e tinha que dar 4 suplentes mas no final de contas apresentou 8 efectivos e 4 suplentes e foi aprovada esta lista.
A acreditarmos na desculpa de Leopoldo da Costa, não são apenas os famosos excluídos que apresentaram listas incompletas, como se vê nestes casos dos dois maiores partidos.
Resta saber as razões que levaram a CNE a julgar assim.

( MAGAZINE INDEPENDENTE – 15.09.2009, citado em www.macua.blogs.com )

NOTA:
Não serão estes e porventura outras dezenas de situações iguais passíveis de queixa à Procuradoria ou ao CC?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

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