– revela um estudo da Chatham House, uma organização não governamental sedeada em Londres
Maputo (Canalmoz) – Mais um estudo internacional aponta Moçambique como um dos grandes corredores de tráfico de diferentes drogas, mormente heroína, mandrax, cocaína e suruma, cujo destino preferencial é o mercado europeu e da vizinha África do Sul.
O relatório denominado “Moçambique: Equilibrando o Desenvolvimento, a Política e a Segurança”, concluído em Agosto último, está a circular já no país, desde a semana passada.
A Chatham House, anteriormente conhecida como Royal Institute of International Affairs – uma organização não governamental sedeada em Londres – diz que há um abastecimento constante de mandrax, vindo da Índia e destinado principalmente ao mercado sul-africano, via Moçambique.
Para além disso, a cannabis sativa e seus derivados – vulgo suruma – a heroína e a cocaína também transitam pelo país com destino a vários países. Dessas drogas, a cocaína que vem da América do Sul é tida como a que mais transita cada vez mais por Moçambique com destino à Europa.
Para além das grandes quantidades de droga que transitam pelo país, uma outra parte da cocaína entra no país escondida no organismo humano de pequenos traficantes, esta, segundo o relatório, destinada ao consumo interno.
Esta prática ocorre por “falta de controlo das longas fronteiras terrestres existentes no território moçambicano”, refere o relatório.
Criminosos politicamente influentes
A Chatham House aponta uma alegada ineficiência das autoridades moçambicanas no controlo do tráfico de drogas. Diz ser este, por um lado, um dos factores que concorre para a proliferação de supostos “barões de drogas”. Estes, assegura o relatório, têm contactos políticos e astúcia necessários para fazer com que as autoridades presentes nos lugares por onde passa a droga, no acto da fiscalização, finjam não ver o que está dentro dos contentores.
Enquanto isso, refira-se que sobre os dirigentes políticos moçambicanos, a União Africana, no seu relatório sobre Moçambique, denunciou recentemente a existência, na administração do Estado, das empresas públicas e mesmo no sector privado, de uso da influência do poder para benefícios pessoais ou em troca de compensações financeiras e outras relacionadas.
Alfândegas e serviços de Migração ineficazes
Ademais, a Chatham House comenta que embora teoricamente as autoridades alfandegárias e de migração afirmem ter capacidade de controlo, em todos os pontos formais do País, na prática a verdade manda dizer que não conseguem controlar as grandes extensões de fronteiras abertas que existem entre os países.
(Emildo Sambo, CANALMOZ)
Maputo (Canalmoz) – Mais um estudo internacional aponta Moçambique como um dos grandes corredores de tráfico de diferentes drogas, mormente heroína, mandrax, cocaína e suruma, cujo destino preferencial é o mercado europeu e da vizinha África do Sul.
O relatório denominado “Moçambique: Equilibrando o Desenvolvimento, a Política e a Segurança”, concluído em Agosto último, está a circular já no país, desde a semana passada.
A Chatham House, anteriormente conhecida como Royal Institute of International Affairs – uma organização não governamental sedeada em Londres – diz que há um abastecimento constante de mandrax, vindo da Índia e destinado principalmente ao mercado sul-africano, via Moçambique.
Para além disso, a cannabis sativa e seus derivados – vulgo suruma – a heroína e a cocaína também transitam pelo país com destino a vários países. Dessas drogas, a cocaína que vem da América do Sul é tida como a que mais transita cada vez mais por Moçambique com destino à Europa.
Para além das grandes quantidades de droga que transitam pelo país, uma outra parte da cocaína entra no país escondida no organismo humano de pequenos traficantes, esta, segundo o relatório, destinada ao consumo interno.
Esta prática ocorre por “falta de controlo das longas fronteiras terrestres existentes no território moçambicano”, refere o relatório.
Criminosos politicamente influentes
A Chatham House aponta uma alegada ineficiência das autoridades moçambicanas no controlo do tráfico de drogas. Diz ser este, por um lado, um dos factores que concorre para a proliferação de supostos “barões de drogas”. Estes, assegura o relatório, têm contactos políticos e astúcia necessários para fazer com que as autoridades presentes nos lugares por onde passa a droga, no acto da fiscalização, finjam não ver o que está dentro dos contentores.
Enquanto isso, refira-se que sobre os dirigentes políticos moçambicanos, a União Africana, no seu relatório sobre Moçambique, denunciou recentemente a existência, na administração do Estado, das empresas públicas e mesmo no sector privado, de uso da influência do poder para benefícios pessoais ou em troca de compensações financeiras e outras relacionadas.
Alfândegas e serviços de Migração ineficazes
Ademais, a Chatham House comenta que embora teoricamente as autoridades alfandegárias e de migração afirmem ter capacidade de controlo, em todos os pontos formais do País, na prática a verdade manda dizer que não conseguem controlar as grandes extensões de fronteiras abertas que existem entre os países.
(Emildo Sambo, CANALMOZ)
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