Sunday 29 April 2012

‘Cidade Nova’ vai nascer na Malhangalene


Uma parte do bairro da Malhangalene, na cidade de Maputo, a capital moçambicana, poderá beneficiar de ordenamento e renovação, com a implementação de um novo projecto imobiliário.
Trata-se de uma iniciativa privada que visa construir edifícios verticais multifuncionais numa área de três hectares localizada no quarteirão 44 ao longo da Avenida Joaquim Chissano, do lado esquerdo para quem se desloca da Praça da OMM para a avenida Acordos de Lusaka (sentido Este/Oeste), e entre as avenidas da Malhangalene e Milagre Mabote.
A área em questão se desenvolveu informalmente, sem estrutura definida e com condições relativamente precárias.
O projecto, denominado “Cidade Nova”, esta dependente da anuência das populações que ocupam a área visada.
De acordo com Mutxine Ngwenya, Representante do projecto, cuja empresa implementadora ainda é desconhecida, já estão em curso negociações com a população no sentido de haver cedência do espaço.
“Pretende-se com o projecto renovar a área de implementação e as áreas adjacentes, criando-se um centro que agregue várias funções e que imprima uma dinâmica social, económica e urbanística”, disse.
O interlocutor garantiu que já existe dinheiro para a execução do projecto. Entretanto, a fonte não revelou os montantes envolvidos, assim como escusou-se de avançar detalhes do projecto, nomeadamente o número de edifícios previstos, os respectivos andares, entre outros.
“O projecto será constituído por vários edifícios, cujo número de andares se enquadra nas directrizes do município, os quais serão ocupados por áreas destinadas a comércio, serviços e habitação, consoante as necessidades do mercado”, detalhou Mutxine.
O Conselho Municipal de Maputo, um dos parceiros do projecto, autorizou apenas que os donos do mesmo negociassem com os moradores da área de modo a chegarem a um consenso quanto a cedência do espaço, segundo frisou Ngwenya.
A zona é habitada por pouco mais de 120 famílias, para além de possuir infra-estruturas diversas.
“Iniciamos uma fase de prospecção e identificamos aquela área. O Município aprovou que iniciássemos o diálogo com os residentes do quarteirão 44 e já realizamos dois encontros para sabermos quais são os seus anseios. Dentro de pouco tempo vamos iniciar as conversações directas com cada família”, explicou Ele.
Ngwenya acrescentou que “a execução depende da decisão dos moradores. Se a resposta for favorável, esperamos dentro de seis meses arrancar com o projecto”.
Sobre os termos de transferência para retiradas das populações em caso de cedência, Ngwenya referiu que tudo vai depender do consenso que se chegar com a população.
No entanto, a população exige que a sua retirada seja digna, segundo revelou António Chaluco, representante dos residentes da área num encontro com jornalistas.
De salientar que quando se trata de transferência das populações de qualquer região da cidade de Maputo, a edilidade solicita espaço ao Município da Matola.
Entretanto, há informações de que nos últimos tempos o Conselho Municipal da Matola tem dificuldades de responder favoravelmente às solicitações da sua congénere de Maputo, dada a pressão que está a sofrer devido a novos projectos privado e públicos a serem implementados.

(RM/AIM)

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