Antes da realização das manifestações, ainda sem data prevista
— afirma, na Beira, Ossufo Momade
A Renamo, maior partido da oposição parlamentar no país, promete não participar nas eleições autárquicas e gerais agendadas para 2013 e 2014, ao exemplo do que aconteceu nas intercalares de Cuamba (Niassa), Quelimane (Zambézia) e Pemba (Cabo Delgado), caso não se concretize a sua intenção de realização de manifestações a escala nacional. A pretensão, que a ser concretizada poderá eliminar definitivamente o partido da cena política moçambicana em termos de possibilidade de ocupar assentos nas assembleias Municipais, Provinciais e da República, foi avançada sábado, na Beira, pelo secretário-geral daquele partido, Ossufo Momade, durante um comício popular na Manga Loforte, no quadro de uma visita de trabalho que desde quinta-feira realiza à província de Sofala, no centro do país.
De acordo Momade, a Renamo já decidiu, em sede própria, que não vai participar em nenhuma eleição antes da realização das manifestações em protesto dos resultados eleitorais de 2009 “e pela forma como o país está a ser guiado pela Frelimo e os seus dirigentes”.
Perante membros e simpatizantes daquela formação política, que na tarde de sábado ocorreram ao local do comício, Momade disse que se o país continuar a manter a actual Lei eleitoral e “a tolerar as brincadeiras da Frelimo” não faz sentido a Renamo concorrer nas próximas eleições porque, na sua opinião, isso seria brincar com o povo moçambicano.
“Nós já decidimos: não vamos a nenhuma eleição antes de realizarmos a nossa manifestação. Ouviram bem? É com a manifestação que iremos atingir bons resultados. Não queremos brincar com o nosso povo é melhor colocar uma pessoa, é preciso parar porque só com este projecto é que tudo vai correr bem”, disse Momade, no meio de aplausos por parte dos fiéis do seu partido.
Para a fonte, depois da realização das referidas manifestações, ainda sem data, o país vai seguir um novo rumo porque “ninguém vai ser mais amarrado na mesa, empurrado e nenhum partido vai nunca mais levar boletins de votos distribuir nas suas sedes. Não estivemos nas intercalares de Cuamba, Quelimane e agora não estaremos também em Inhambane, porque ainda não cumprimos com aquilo que é o nosso projecto. Estão a ouvir bem?”
Segundo Momade, apesar de sucessivos adiamentos, a Renamo ainda não abandonou a ideia de mover manifestações a escala nacional, protestos que, de acordo com as suas palavras, serão pacíficos e pelas previsões terão a participação de todos os moçambicanos.
“As manifestações vão decorrer do Rovuma ao Maputo e de forma permanente. Esta será uma manifestação até o derrube do regime vigente neste país”, disse Momade.
Esta não é a primeira vez que, usando vários estilos e técnicas, a Renamo tenta renovar a ideia da realização de manifestações no país, uma acção há muito condenada por vários círculos de opinião incluindo a sociedade civil e a comunidade internacional.
O líder daquele partido Afonso Dhlakama foi o primeiro a falar das manifestações em Moçambique, um país que este ano completa 20 anos desde o fim do conflito armado que matou gente inocente e destruiu infra-estruturas importantes
ANTÓNIO CUMBANE, Diário de Moçambique
— afirma, na Beira, Ossufo Momade
A Renamo, maior partido da oposição parlamentar no país, promete não participar nas eleições autárquicas e gerais agendadas para 2013 e 2014, ao exemplo do que aconteceu nas intercalares de Cuamba (Niassa), Quelimane (Zambézia) e Pemba (Cabo Delgado), caso não se concretize a sua intenção de realização de manifestações a escala nacional. A pretensão, que a ser concretizada poderá eliminar definitivamente o partido da cena política moçambicana em termos de possibilidade de ocupar assentos nas assembleias Municipais, Provinciais e da República, foi avançada sábado, na Beira, pelo secretário-geral daquele partido, Ossufo Momade, durante um comício popular na Manga Loforte, no quadro de uma visita de trabalho que desde quinta-feira realiza à província de Sofala, no centro do país.
De acordo Momade, a Renamo já decidiu, em sede própria, que não vai participar em nenhuma eleição antes da realização das manifestações em protesto dos resultados eleitorais de 2009 “e pela forma como o país está a ser guiado pela Frelimo e os seus dirigentes”.
Perante membros e simpatizantes daquela formação política, que na tarde de sábado ocorreram ao local do comício, Momade disse que se o país continuar a manter a actual Lei eleitoral e “a tolerar as brincadeiras da Frelimo” não faz sentido a Renamo concorrer nas próximas eleições porque, na sua opinião, isso seria brincar com o povo moçambicano.
“Nós já decidimos: não vamos a nenhuma eleição antes de realizarmos a nossa manifestação. Ouviram bem? É com a manifestação que iremos atingir bons resultados. Não queremos brincar com o nosso povo é melhor colocar uma pessoa, é preciso parar porque só com este projecto é que tudo vai correr bem”, disse Momade, no meio de aplausos por parte dos fiéis do seu partido.
Para a fonte, depois da realização das referidas manifestações, ainda sem data, o país vai seguir um novo rumo porque “ninguém vai ser mais amarrado na mesa, empurrado e nenhum partido vai nunca mais levar boletins de votos distribuir nas suas sedes. Não estivemos nas intercalares de Cuamba, Quelimane e agora não estaremos também em Inhambane, porque ainda não cumprimos com aquilo que é o nosso projecto. Estão a ouvir bem?”
Segundo Momade, apesar de sucessivos adiamentos, a Renamo ainda não abandonou a ideia de mover manifestações a escala nacional, protestos que, de acordo com as suas palavras, serão pacíficos e pelas previsões terão a participação de todos os moçambicanos.
“As manifestações vão decorrer do Rovuma ao Maputo e de forma permanente. Esta será uma manifestação até o derrube do regime vigente neste país”, disse Momade.
Esta não é a primeira vez que, usando vários estilos e técnicas, a Renamo tenta renovar a ideia da realização de manifestações no país, uma acção há muito condenada por vários círculos de opinião incluindo a sociedade civil e a comunidade internacional.
O líder daquele partido Afonso Dhlakama foi o primeiro a falar das manifestações em Moçambique, um país que este ano completa 20 anos desde o fim do conflito armado que matou gente inocente e destruiu infra-estruturas importantes
ANTÓNIO CUMBANE, Diário de Moçambique
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