Monday 25 May 2009

Renamo acusa governo moçambicano de excesso de zelo

- e considera improcedente recusa de vistos a médicos norte-americanos


(Maputo) A Renamo, maior partido político da oposição em Moçambique, condenou há dias a recusa, pelas autoridades moçambicanas, de atribuir vistos de trabalho a um grupo de médicos e especialistas norte-americanos que pretendem desenvolver actividades em projectos financiados pelo seu país, facto que está na origem de uma colisão diplomática entre Maputo e Washington, através da embaixada dos Estados Unidos da América, na capital moçambicana.
Através do seu ministro sombra da Saúde, Luís Gouveia, a Renamo considera de improcedente e crime contra o bem-estar e a saúde das populações desfavorecidas a medida das autoridades moçambicanas, que já originaram ameaças de cortes das ajudas de Washington ao país.
"Um ano depois, recusar acelerar a credenciação dos americanos para poderem executar projectos financiados pelo seu governo, no âmbito da pareceria bilateral, entre Moçambique e EUA, é um crime contra o bem-estar e a saúde do povo desfavorecido”, disse Gouveia.
Para além de lamentar a situação da demora na credenciação de cerca de 40 médicos norte-americanos, a Renamo acusa, na sua reacção, o executivo moçambicano de estar a ter “excesso de zelo” nas exigências e desafiou o Governo a rever a sua posição e emitir, de imediato, os devidos vistos de trabalho, por forma a não comprometer a cooperação bilateral e o fluxo de financiamentos para um dos sectores mais necessitados do país.
Referira-se que os 40 médicos e especialistas, entre enfermeiros, técnicos de saúde e directores de logísticas aguardam, há mais de um ano, pela autorização de trabalho para integrarem os projectos financiados pelos EUA em diversos pontos de Moçambique, uma situação que o Ministério do Trabalho condiciona ao cumprimento de regras em vigor no país, para a contratação e autorização de vistos de trabalho para estrangeiros.
As autoridades norte-americanas, através da sua representação diplomática em Maputo, ameaçaram cortar a ajuda bilateral, caso as autoridades moçambicanas não revejam a sua posição, o que implicará o desque implicará o desemprego de, pelo menos, 400 moçambicanos.

Savana

2 comments:

Anonymous said...

Que pouca vergonha! Ha um ano a espera de autorizacao de trabalho! Nao facam aos outros o que nao querem que vos facam a vos... com as vossas politicas rigorosas na contratacao de estrangeiros, depois nao se queixem quando os paises dos cidadaos lesados tambem comecarem a aplicar as mesmas politicas em relacao aos nossos mocambicanos. Nao esperem que os outros nos oferecam em suas casas o que nao estamos dispostos a oferecer-lhes nas nossas. Tem de haver reciprocidade em tudo. Maria Helena

JOSÉ said...

Maria Helena, aqui estamos mesmo em total sintonia, eu não sei se esta gente conhece mesmo o significado da palavra reciprocidade.

De qualquer modo, continuo a pensar que esta história está mal contada!