Tuesday 19 May 2009

“É uma pena que nas últimas eleições autárquicas houvesse casos de fraudes”…

…“Desejo por isso a Moçambique, para 2009, eleições integras e livres”

- Bert Koenders, ministro holandês para Cooperação e Desenvolvimento, aquando da visita a Moçambique “No interesse de uma democracia, os partidos políticos não devem usar indevidamente dinheiro público nas suas campanhas eleitorais” .



Maputo (Canal de Moçambique) – O ministro para a Cooperação e Desenvolvimento dos Países Baixos, Bert Koenders, reagiu durante uma palestra que proferiu aqui na capital do país na última sexta-feira, “as evidências de ter havido fraude nas últimas eleições autárquicas, ganhas pela Frelimo e seus candidatos, com a excepção da cidade da Beira, onde o vencedor no cargo do presidente do Conselho Municipal, foi Daviz Simango, actual líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM)”.
Segundo o ministro holandês, “é uma pena que os doadores internacionais tivessem tido que constatar que nas últimas eleições autárquicas houvesse casos de fraudes, ainda que não tenham influenciado o resultado”.
Perante as referidas “evidências”, Koenders disse que “desejo por isso a Moçambique, para 2009, eleições integras e livres” não como nas últimas eleições autárquicas.
Ainda de acordo com o governante holandês, “não pode ser no interesse de uma democracia, que os partidos políticos usem indevidamente dinheiro público nas suas campanhas eleitorais”. Segundo o ministro que esteve de visita de quase uma semana a Moçambique, umas eleições livres têm que ser um jogo, com igualdade de oportunidades e, acompanhado de uma supervisão independente.
“Isto em termos futebolísticos, significa que jogamos 11 contra 11, com um árbitro independente e… que vença a melhor equipa”, disse Koenders. Ele acrescentaria que “as transgressões eleitorais têm que ser punidas” numa alusão às alegadas irregularidades que têm sido insistentemente denunciadas pela oposição, reconhecidas até pelo Conselho Constitucional, mas sempre sujeitas a vista grossa da Procuradoria Geral da República que com a sua passividade acaba por suscitar suspeitas de que continua a obedecer ao chefe de um dos partidos concorrentes que é simultaneamente o chefe de Estado nos termos da Constituição em vigor.

( Bernardo Álvaro, Canal de Moçambique, 19/05/09 )

1 comment:

Anonymous said...

Temos de estar vigilantes para denunciar qualquer falcatrua ou irregularidade. Quanto ao uso indevido de dinheiros publicos, como iremos provar isso? Maria Helena