Wednesday, 20 May 2009

Moçambicanos com mais consciência democrática - Adriano Nuvunga, investigador da UEM, elogia papel da comunicação social na democratização

O INVESTIGADOR e docente universitário Adriano Nuvunga considera que as eleições autárquicas de 19 de Novembro último na cidade da Beira, província de Sofala, são uma demonstração de que os moçambicanos sabem o que querem.

Maputo, Quarta-Feira, 20 de Maio de 2009:: Notícias

Adriano Nuvunga, que falava sexta-feira durante um “workshop” sobre a Reforma do Sector Público envolvendo jornalistas de vários órgãos de Informação, disse que a comunicação social moçambicana contribuiu significativamente para que os moçambicanos evoluíssem ao nível de saberem escolher entre várias opções existentes.
O facto dos munícipes da cidade da Beira terem eleito Daviz Simango para presidente daquele Município e ainda terem escolhido a Frelimo e Renamo como partidos com mais assentos na Assembleia Municipal (AM) é um sinal de que os moçambicanos sabem fazer escolhas.
Daviz Simango concorreu como independente para o seu segundo mandato com os candidatos da Frelimo e Renamo, Lourenço Bulha e Manuel Pereira, respectivamente. Enquanto isso, a Frelimo, Renamo, Partido Independente de Moçambique (PIMO), Partido para Democracia e Desenvolvimento (PDD) e o Grupo Democrático da Beira (DGB) procuravam ter a maioria na Assembleia Municipal.
Os resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e validados e proclamados pelo Conselho Constitucional mostram que a Frelimo conseguiu 19 assentos na AM, enquanto que a Renamo amealhou 17 assentos, o GDB sete, PIMO e PDD, um respectivamente.
“Há muitos anos que se diz que os africanos não sabem fazer escolhas, que eles estão apenas preocupados com o que comer no dia-a-dia. Mas a eleição do presidente do Município da Beira e dos membros da AM mostrou que os moçambicanos sabem o que querem, que sabem fazer escolhas e não se preocupam apenas com o que comer naquele dia”, defendeu Adriano Nuvunga.
“O cidadão pegou no boletim de voto e escolheu Daviz Simango para presidente e ainda optou pela Frelimo ou pela Renamo para membros da AM. As eleições na Beira são um exemplo para Moçambique, em particular, e para África, no geral”, acrescentou.
Para Adriano Nuvunga, este é um resultado do trabalho levado a cabo pela comunicação social em Moçambique.
Aliás, este investigador e docente universitário considera que Moçambique está a alcançar elevados níveis de desenvolvimento graças ao trabalho que tem sido feito pelos profissionais da comunicação social, que colocam as questões sobre o país informando os cidadãos.
Para o investigador, os profissionais de comunicação social têm neste momento o desafio de apoiar o Governo na promoção do projecto nacional'.
Explicou que isso não implica subserviência dos profissionais ao Governo, mas sim requer investigação e entrega dos jornalistas que deverão publicar os seus trabalhos sem quaisquer interferências.
O “workshop” sobre a Reforma do Sector Público foi organizado pela Unidade Técnica de Reforma do Sector Público (UTRESP), uma instituição subordinada ao Ministério da Função Pública. Contou com a participação de cerca de 50 profissionais ao serviço de vários órgãos de comunicação social dos sectores público e privado.

AIM

1 comment:

Anonymous said...

Esperemos que o mesmo aconteca nas outras provincias do pais, pois o povo da Beira sempre foi muito unido e forte nas suas conviccoes, mesmo no tempo colonial. Gostei muito de ler esta noticia, deixou-me feliz. Maria Helena