Os dois dias que antecede o dia da votação, por alguma razão, são considerados momentos de reflexão. Na minha modesta opinião, é preciso ter-se muito mau gosto para papaguear tamanha baboseira, tendo em conta que nunca fomos um povo que se submete a uma actividade desgastante como o é a de “pensar sobre um tema ou assunto”, nesse caso particular, as eleições.
“Os moçambicanos têm dois dias para a reflexão…”, diziam alguns órgãos de informação e algumas personagens, o que me fez sorrir perante tamanha ingenuidade. Desde já agradeço a todos por me terem proporcionado esse momento hilariante.
Existe pior disparate do que esse!!? Confesso que isso me espanta e quase escandaliza. Como é possível semelhante ingenuidade? Então, achamos provável que o povo é capaz de usar a consciência, diga-se de passagem alienada e domesticada, para se pôr a pensar em quem vai votar?
É quase público e notório que a maior parte dos moçambicanos foram domesticados/amestrados, desde a infância, a votarem de forma cultural, rotineira e automática num determinado partido, mesmo que, no passado, o tal partido os tenha delapidado.
Para alguns moçambicanos não importa os que os seus dirigentes fazem no poder e com o país contanto que sejam indivíduos ou partido da mesma tribo, além de ser a melhor opção para continuarem a levar água ao seu moinho, e os outros que se amanhem.
O que invariavelmente irão fazer é pensar na quantidade de capulanas, camisetes e outras ninharias narcotizantes e estupidificantes que habilmente amealharam durante a campanha eleitoral. E os políticos, sem excepção, esses profissionais que não são exemplos para ninguém, o que irão fazer logo após serem eleitos é, sem sombras de dúvidas, garantir que os seus filhos e familiares venham ficar a cobertos de preocupações financeiras no futuro.
É óbvio que cada moçambicano é livre de exercer o seu direito de voto, segundo a sua consciência e redemoinho das necessidades. Entretanto, é farisaísmo crasso fazer crer que as nossas escolhas serão fruto de uma reflexão e não de cumprimento de um ritual. Portanto, no dia 28, vamos cumprir mais um ritual!
( Shirangano, em www.shirangano.blogspot.com )
“Os moçambicanos têm dois dias para a reflexão…”, diziam alguns órgãos de informação e algumas personagens, o que me fez sorrir perante tamanha ingenuidade. Desde já agradeço a todos por me terem proporcionado esse momento hilariante.
Existe pior disparate do que esse!!? Confesso que isso me espanta e quase escandaliza. Como é possível semelhante ingenuidade? Então, achamos provável que o povo é capaz de usar a consciência, diga-se de passagem alienada e domesticada, para se pôr a pensar em quem vai votar?
É quase público e notório que a maior parte dos moçambicanos foram domesticados/amestrados, desde a infância, a votarem de forma cultural, rotineira e automática num determinado partido, mesmo que, no passado, o tal partido os tenha delapidado.
Para alguns moçambicanos não importa os que os seus dirigentes fazem no poder e com o país contanto que sejam indivíduos ou partido da mesma tribo, além de ser a melhor opção para continuarem a levar água ao seu moinho, e os outros que se amanhem.
O que invariavelmente irão fazer é pensar na quantidade de capulanas, camisetes e outras ninharias narcotizantes e estupidificantes que habilmente amealharam durante a campanha eleitoral. E os políticos, sem excepção, esses profissionais que não são exemplos para ninguém, o que irão fazer logo após serem eleitos é, sem sombras de dúvidas, garantir que os seus filhos e familiares venham ficar a cobertos de preocupações financeiras no futuro.
É óbvio que cada moçambicano é livre de exercer o seu direito de voto, segundo a sua consciência e redemoinho das necessidades. Entretanto, é farisaísmo crasso fazer crer que as nossas escolhas serão fruto de uma reflexão e não de cumprimento de um ritual. Portanto, no dia 28, vamos cumprir mais um ritual!
( Shirangano, em www.shirangano.blogspot.com )
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