A pedido de um jornalista do Público, comentei da forma que se segue as expectativas em relação às eleições moçambicanas e à eventual erosão eleitoral da Renamo.
Alguém quer comentar? Acrescentar? Rebater? Insultar?
«A grande incógnita, quanto ao desgaste eleitoral da Renamo mas também da Frelimo, é o MDM de Deviz Simango.
É impressionante o apoio que suscitou quer em Sofala, zona forte da Renamo, quer nos jovens e classes médias emergentes do grande Maputo.
Mas, mesmo nas pessoas mais velhas das camadas pobres que continuarão a votar nos seus partidos de sempre, desperta simpatia o seu discurso sem agressividade, baseado na honestidade, competência, diálogo e distribuição mais justa dos recursos que inundam o país.
Toca, afinal, o que desagrada às pessoas nos dois partidos habituais, mas para que não viam alternativa: uma governação que lhes parece arrogante, predatória e desigual, e uma oposição que lhes parece agressiva e inconsequente.
O desgaste de ambos será, contudo, minimizado pela polémica exclusão, pela CNE, do MDM em quase ¾ dos círculos eleitorais.
Se antes disso fazia sentido discutir o possível fim da maioria absoluta da Frelimo, hoje discute-se se (sobretudo após uma também muito polémica actualização dos cadernos eleitorais) ela não conseguirá a maioria de 2/3 que lhe permitiria mudar sozinha a Constituição.»
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«A grande incógnita, quanto ao desgaste eleitoral da Renamo mas também da Frelimo, é o MDM de Deviz Simango.
É impressionante o apoio que suscitou quer em Sofala, zona forte da Renamo, quer nos jovens e classes médias emergentes do grande Maputo.
Mas, mesmo nas pessoas mais velhas das camadas pobres que continuarão a votar nos seus partidos de sempre, desperta simpatia o seu discurso sem agressividade, baseado na honestidade, competência, diálogo e distribuição mais justa dos recursos que inundam o país.
Toca, afinal, o que desagrada às pessoas nos dois partidos habituais, mas para que não viam alternativa: uma governação que lhes parece arrogante, predatória e desigual, e uma oposição que lhes parece agressiva e inconsequente.
O desgaste de ambos será, contudo, minimizado pela polémica exclusão, pela CNE, do MDM em quase ¾ dos círculos eleitorais.
Se antes disso fazia sentido discutir o possível fim da maioria absoluta da Frelimo, hoje discute-se se (sobretudo após uma também muito polémica actualização dos cadernos eleitorais) ela não conseguirá a maioria de 2/3 que lhe permitiria mudar sozinha a Constituição.»
(Paulo Granjo, em www.antropocoiso.blogspot.com)
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