Sem querer ser apóstolo da desgraça Alice Mabota vaticina:
tudo por culpa da exclusão tida como injusta dos partidos políticos que tinham manifestado intenção em concorrer no actual processo eleitoral
(Maputo) A Presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH), Alice Mabota, disse, semana passada, na capital moçambicana que a exclusão total ou parcial de alguns partidos políticos interessados em concorrer nos próximos pleitos eleitorais poderá ter implicações negativas e indesejáveis ao processo eleitoral. As mesmas implicações, segundo vaticinou Mabota, poderão se traduzir em abstenções massivas.
É que, segundo defendeu Mabota, o grosso do público eleitor, na sua maioria jovens, está cansado das promessas, alegadamente falsas do partido no poder, no âmbito do manifesto eleitoral, daí que via nalguns partidos excluídos uma esperança de poder melhorar as suas condições sócio-económicas, cuja tendência é deteriorar-se a cada dia que passa.
Falando especificamente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Mabote disse que, a seu ver, e por aquilo que tem vindo a acompanhar, o mesmo (MDM) só foi excluído porque a Frelimo e a Renamo querem falsear a vontade popular.
Tal como muitos defendem, Mabota é também de opinião que todas as evidências mostram ter havido um casamento entre a Frelimo e a Renamo para fragilizar o MDM. Entretanto, Mabota acrescenta que a Renamo poderá vir, no futuro, a arrepender-se da postura que tomou porque, segundo ela “a Frelimo só se aproveitou da condição míope da Renamo).
Esta visão foi apresentada por Mabota no debate organizado pelo Centro de Estudos Moçambicanos Internacionais (CEMO), no qual o orador principal foi o director do Magazine Independente, Salomão Moiana.
Como vem defendendo nos últimos, Moiana, voltou a dizer claramente que, neste momento, “a Renamo é um amigo braçal que ajuda a carregar o tambor de a água mas não bebe dessa água”.
(Daniel Paulo, MEDIAFAX, 12/10/09)
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