Monday, 5 October 2009

MDM promete “vingar-se” nas presidenciais


O MOVIMENTO Democrático de Moçambique (MDM) vai intensificar nos próximos dias a sua campanha eleitoral com vista a conquistar mais votos dos eleitores nas presidenciais de forma a “vingar-se” decisão do Conselho Constitucional de excluí-lo parcial e ou totalmente das eleições legislativas e provinciais. De acordo com Margarido Abrantes, delegado político daquela formação, agora só resta esmiuçar novas estratégias nos círculos eleitorais de Quelimane, Mopeia, Morrumbala, Milange, Mocuba, Gurué, Pebane e Alto Molócuè e Maganja da Costa que contam com um grande número de apoiantes por forma que 90 por cento dos eleitores votem no candidato à eleição presidencial, Daviz Simango.
“O partido nunca parou de fazer campanha eleitoral, mas estava à espera do pronunciamento oficial da estrutura máxima sobre a exclusão eleitoral. Várias brigadas do partido foram “despachadas”ontem para vários distritos para reforçarem a campanha eleitoral do candidato Daviz Simango”, disse.
Entretanto, o delegado político do MDM no círculo eleitoral da Zambézia, Margarido Abrantes, disse que a sua formação política está a fazer uma campanha eleitoral pedagógica através de um manifesto mais pragmático diferentemente dos outros partidos políticos que estão a pautar por um populismo eleitoral. De acordo com Margarido Abrantes, o MDM tem um plano concreto já concebido para cada círculo eleitoral onde constam as principais linhas de força do programa do desenvolvimento socioeconómico e não uma generalização absurda e enganosa que os partidos políticos e candidatos estão a propalar.
Para o círculo eleitoral da Zambézia, o maior desafio passa pela revitalização da economia, através do aproveitamento sustentável de recursos naturais para as comunidades locais. Para o efeito, o delegado político diz que caso o candidato do MDM, Daviz Simango, ganhe a eleição presidencial, a madeira que está a ser exportada em toro será processada nas serrações montadas nas comunidades. Desta forma, segundo Abrantes, as comunidades terão o benefício em emprego, escolas, carteiras, unidades sanitárias, água e estradas transitáveis todo o ano.
“No sector agrícola haverá muitos investimentos para revitalizar a agricultura comercial, mas para isso será preciso considerar a mecanização como um factor necessário e urgente para explorar os regadios de Sombo e Chacuma no Chinde e outros que se encontram adormecidos no Vale do Zambeze”, disse.
Para os empresários, o MDM diz ter uma estratégia para estimular o seu envolvimento nos desafios de desenvolvimento da província da Zambézia, através da concessão de créditos com juros mais ou menos baixos por longo período. Essa medida visa criar capacidade de rendibilidade para depois amortizarem a dívida e o Estado ir buscar os impostos necessários para a reabilitação de estradas, abastecimento de água, medicamento nos hospitais e aumentar o salário dos professores e enfermeiros.
De acordo com a fonte, actualmente, com o sistema fiscal imposto pela Frelimo, os empresários sente-se sufocados e imediatamente entram na banca, rota continuando a província e as suas gentes a ficar cada vez mais pobres.
Na Função Pública, a visão do MDM é de exaltar e premiar os melhores que se destacarem no exercício das suas funções através de um atendimento mais eficiente e personalizado. Para a fonte, estes serão reconhecidos através de vários tipos de incentivos.
De acordo com o delegado político do MDM, a Frelimo só premia os chefes com viaturas de luxo, dinheiro, mobília e outros bens aos directores provinciais pelo facto de estarem a espezinhar os seus funcionários para o seu benefício. Para a nossa fonte, os funcionários com dedicação e amor à sua profissão são ignorados pela Frelimo. O funcionário não pode reclamar porque logo é ameaçado com um processo disciplinar. Hoje a Frelimo faz dos funcionários públicos sua propriedade, mesmo no fim-de-semana reservado para o descanso são reuniões que nunca acabam”, disse o delegado político do MDM.
Nos distritos, a campanha eleitoral deste partido continua a decorrer normalmente. Abrantes apela aos eleitores a afluírem em massa às urnas no dia 28 de Outubro corrente, votando com consciência de mudança para um Moçambique para todos.

( JOCAS ACHAR, Notícias, 05/10/09 )

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