- Lutero Simango, chefe da bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique, na Assembleia da República
O chefe da bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique, Lutero Simango, acompanhou a evolução da secção política do partido, depois de acompanhar o que descreveu de vandalismo, das bandeiras e sedes do MDM, em Chimoio e não só, protagonizado pela Frelimo.
Segundo Simango, a sua visita a província de Manica, visava igualmente ascultar os simpatizantes do partido, no concernente as principais preocupações que pretendam ser discutidos no congresso que o partido liderado por Daviz Simango, vai realizar em Dezembro, na cidade da Beira, província de Sofala.
Lutero Simango, disse que os temas que os apoiantes do “Galo”, nesta província do centro do país, estão relacionados com situação política, programa, estatuto e hino do partido, bem como as políticas sectoriais. Neste último ponto, refere-se a assuntos relacionados com a juventude, mulher, saúde, educação, tecnologia e ciência, cultura e desporto, justiça, função pública, assim como a gestão dos 7 milhões, incluindo os recursos naturais da província, entre outros assuntos. De acordo com Lutero Simango, os recursos minerais devem ser geridos em função de uma agenda nacional.
”Tem que haver uma agenda nacional e essa agenda nacional, não pode ser apropriada por um grupo de indivíduos mas sim ser uma apropriação dos moçambicanos”, adiu.
Simango, sublinhou que havendo uma política nacional na gestão desses recursos, iria obrigar a reflectir com muita seriedade, honestidade e a transparência, sobre a produção e acima de tudo sobre as receitas, os rendimentos desses recursos.
“Esses recursos são vendidos, são explorados e produzem receitas, produzem lucros. É necessário que os moçambicanos saibam e conhecem quais são os ganhos desses recursos e todos os seus ganhos como são usados para o desenvolvimento nacional?”, explicou Lutero Simango.
O chefe da bancada parlamentar do MDM, na Assembleia da República, pronunciou que os apoiantes da considerada terceira força política do país, que há um consenso que os tais recursos, devem servir igualmente para construir serviços, tanto como pequenas e medias empresas. No entanto, Lutero Simango, considerou que o partido no poder está a vandalizar o MDM mas nunca vão matar a vontade deste movimento, nunca vão eliminar este movimento, porque é um partido feito para ficar, e disse mais, o MDM é um partido sério, uma alternativa a eles (Frelimo).
“Eles fazem essa violência com o apoio da polícia e são apoiados como o sistema judicial em Moçambique, isso é grave. Quando os juízes, quando os tribunais, em vez de defender a constituição, defendem um partido político”, frisou.
O deputado, também é irmão mais velho do líder do Movimento Democrático de Moçambique, Daviz Simango, afiançou que é muito triste verificar a existência de violência política, que não só periga a paz, assim como tira todo mérito de uma política de convivência que se vê no país.
Lutero Simango, frizou que continuando toda esta violência, quando a violência ultrapassa todos os limites deve ser respondida por violência, “portanto é preciso perguntar a eles quando é que vão acabar com a violência para se manter a paz em Moçambique”.
Simango, sublinhou que os membros do MDM não podem continuar com braços cruzados a serem violentados, tendo acrescentado que encanto a PRM e os juízes moçambicanos não agirem, a uma única resposta para a violência, paga-se com violência.
O chefe da bancada do MDM na AR, disse que caso as violências que se verifica não só na cidade de Chimoio e Catandica, nesta província, assim como nas províncias de Tete, Zambézia e Inhambane, vão aplicar a lei de Moisés, que é olho por olho e dente por dente.
Em conformidade com as suas palavras, a polícia prende os membros do MDM injustamente, em condições precárias, e o partido tem libertado numa situação condicional, são obrigados a pagar caução, que está a acima dos 600 mil meticais, nos últimos 5 meses.
Lutero, diz que esse processo de detenção dos apoiantes do “Galo”, é uma forma que o partido no poder encontrou para intimidar o MDM, mas garantiu que este partido veio para ficar, estão a trabalhar e tem na consciência que vão governar o país.
“Nós não estamos na política para passear, estamos na política para governar o país. Temos ideia, temos uma visão que senta num Moçambique para todos.
O MDM está ter muito apoio e isto assusta quem está a governar o país”, referiu Simango.
Lutero Simango, afiançou que podem queimar as bandeiras, vandalizar as sedes do partido mas nunca se pode matar o pensamento de um povo, que é de querer a mudança nesse país mudar e ninguém vai parar essa intenção.
O entrevistado finalizou, falando da situação política do país, a qual é de opinião que quando uma formação política consegue mobilizar recursos e construir uma infra-estrutura em menos de seis meses e o Estado faz em dois anos, é grave, o que mostra que o país está sendo mal governado.
A fonte, estava a se referir a infra-estrutura que foi erguido em Pemba, província de Cabo Delegado, que foi palco do 10º Congresso do partido Frelimo, mostrando visivelmente preocupado quando o Estado não consegue construir uma escola num tempo recorde.
O Planalto – 05.10.2012, citado no Moçambique para todos
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