Senhoras e senhores, avós e avôs, meninas e meninos
O Mamparra desta semana é o senhor Marcelino dos Santos, que em entrevista à Televisão de Moçambique (TVM), na quarta-feira da semana passada, disse que jamais apertaria a mão a Afonso Dhlkama, o líder da Renamo, alegadamente por ele ter dirigido a guerra dos 16 anos.
Dos Santos sobe ao podium pela primeira vez e de forma intemporal, em virtude de as suas mamparrices continuarem a ecoar em nome do partido (de que é membro) que assinou o Acordo Geral de Paz para pôr termo a uma guerra entre irmãos e que teve como saldo milhares de mortos e feridos.
Marcelino dos Santos, como pessoa, pode apertar ou não a mão de quem quiser, mas sendo ele uma figura pública e que se apelida de “a própria Frelimo”, não pode gozar da prerrogativa de em nome daquele partido andar a dizer a torto e a direito as mamparrices que lhe vão à cachola.
Para que outras gerações saibam, Marcelino dos Santos é dos pioneiros do nacionalismo moçambicano, que pela mão de Adelino Guambe, um rapaz muito mais jovem do que ele, fundou a União Democrática de Moçambique (UDENAMO), o primeiro movimento nacionalista a exigir a independência do pais, antes da junção da UNAMI e do MANU.
Logo, dos Santos, o Marcelino, não pode ser a “própria Frelimo”, para contemplar aos demais moçambicanos com mamparrices que não lembram o diabo. Será que é da idade que tais verborreias lhe vêm em catadupas? Têm o beneplácito do partido as baboseiras que tem, amiúde, proferido sem recurso à defesa que o justifique na praça pública?
O que pensam os seus camaradas mais antigos do partido sobre estas mamparrices de cariz intemporal?
O país ainda está na ressaca dos 20 anos de paz, e o discurso de concórdia e reconciliação tem sido a tónica dominante de todos os quadrantes e Dos Santos, o Marcelino, continua a dizer baboseiras para gáudio de uma plateia apenas ao seu alcance, que infelizmente nos entra casa adentro com a cortesia do canal público, dos nossos impostos e dos contribuintes do erário publico, os parceiros de cooperação.
Na verdade a quem interessam aquele tipo de asneiras, ditas “ mamparralmente” de forma desenfreada? Que tipo de lições, moral e ética ele quer emprestar aos seus concidadãos?
Quer instigar o ódio, a arrogância e o insulto?
É este tipo de legado Mamparra que ele pretende emprestar às gerações dos mais novos da Frelimo e de Moçambique?
Temos referido, várias vezes, aqui que basta de mamparrices, mas, para o caso em concreto, parece que os seus pares no partido devem puxar-lhe as orelhas e tentarem a todo o custo chamar-lhe à consciência sob pena de caírem no ridículo colectivo.
Muito mais do que Marcelino dos Santos, a Frelimo é um projecto colectivo para o qual ele aderiu pela mão de um jovem que tinha 20 anos de idade e ele tinha 33. Sim, essa é a verdade que as novas gerações devem saber para que a esfreguem na cara e ele recupere a lucidez que parece estar a apartar-se para o longínquo.
Agradece-se desde já a todos que o encontrarem que lhe digam, sem receios: o senhor foi convidado para a UDENAMO pela mão de Adelino Guambe. Não podemos continuar a assistir serena e impavidamente a este tipo de mamparrices. Mamparra, Mamparra, Mamparra
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