Wednesday 1 December 2010

Moçambique apresenta uma taxa de seroprevalência de 11.5%


Hoje é dia de luta contra Sida

As zonas urbanas apresentam o maior índice de infecção pelo vírus HIV – causador da Sida, uma doença que desde que foi descoberta, há quase 30 anos, já infectou 65 milhões de pessoas e causou 25 milhões de mortes no mundo.
O mundo celebra hoje o dia mundial da luta contra a Sida, numa altura em que a região austral de África é tida como aquela que apresenta os mais elevados índices da doença. em 2007, por exemplo, a região apresentava uma taxa de 35 por cento de todas as pessoas que vivem com Sida no mundo e 32 por cento das novas infecções que ocorrem no planeta.
Moçambique é parte desta região e, segundo dados divulgados em Julho do presente ano, pelo Ministério da Saúde, a taxa de seroprevalência é de 11.5 por cento, na faixa etária dos 15 aos 49 anos. Os dados foram produzidos através de um inquérito denominado “INSIDA”.
Assim, de acordo com os resultados do INSIDA, as mulheres são as mais infectadas pelo vírus da chamada doença do século, com uma taxa de 13.1%, contra 9.2% dos homens, em todas as províncias, excepto Niassa, onde a taxa de infecção nos homens é mais alta - é de quatro por cento, contra três nas mulheres.
O documento do Misau revela que a província de Gaza é a que possui os índices de infecção mais elevados do país, com uma taxa situada na ordem de 15.9 por cento.
Facto curioso é que as zonas urbanas do país apresentam as taxas mais elevadas da doença e, em contrapartida, é nessas zonas em que as pessoas estão mais informadas sobre as diferentes formas de contaminação pelo HIV/Sida.
No país, as cerimónias centrais terão lugar no distrito de Chókwè, província de Gaza.

Tratamento do HIV em África

Uma informação divulgada ontem no site da Agência de Notícias Sida, citando especialista num relatório divulgado na passada segunda-feira, refere que será praticamente impossível tratar todos os africanos infectados com o vírus HIV e, por isso, o foco das autoridades de saúde pública deveria ser na prevenção de novos casos.
“Há, actualmente, 22,5 milhões de seropositivos em África, e o número deve superar os 30 milhões nos próximos 10 anos - o que está bem além do total de pacientes que podem ser tratados com os actuais recursos, segundo o relatório encomendado pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos a uma comissão internacional de especialistas”.

65 Milhões de infectados no mundo

Refira-se que a cada três pessoas que vivem com Sida no mundo, pelo menos uma delas não tem acesso ao cocktail anti-HIV, vírus causador da doença.

Benedito Luís, O País

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