Momed Khalid Ayoob, um empresário nacional que entre 1 e 8 de Dezembro último esteve detido na Suazilândia, por entrada com dois milhões, seiscentos e sessenta e seis mil e trezentos dólares norte-americanos não declarados foi, segunda-feira, novamente preso já pela Polícia moçambicana à sua entrada no país.
Maputo, Quarta-Feira, 15 de Dezembro de 2010:: Notícias
A detenção ocorreu no final do dia, na fronteira de Goba, província do Maputo, uma das entradas a partir da Suazilândia e deveu-se à saída do empresário do país com elevadas somas de divisas não declaradas, tais como mandam as regras, de acordo com Carlos Comé, director nacional da Polícia de Investigação Criminal (PIC).
O empresário, com interesses em firmas tais como Prime Invest, Real Câmbios, Car Center e Niza, Sociedade de Turismo do Triunfo, entre outras, foi inicialmente detido pelas autoridades suázis a 1 de Dezembro, no Aeroporto de Matsapa, donde esperava, segundo suas declarações, viajar com destino a Dubai, Emiratos Árabes Unidos, onde iria tratar de negócios.
Os suázis detiveram o indivíduo por ter entrado em seu território com divisas não declaradas o que, à semelhança das leis moçambicanas é crime.
Entretanto, Momed Khalid Ayoob foi, na passada quinta-feira, posto em liberdade provisória mediante o pagamento de uma caução na ordem, segundo dados avançados na Imprensa, de 400 mil randes. Na ocasião, as autoridades judiciais instruíram o empresário, natural de Nampula, a apresentar-se de duas em duas semanas para responder ao processo-crime aberto contra ele naquele país.
Terá sido no quadro da prorrogativa da liberdade provisória que Momed Khalid Ayoob encetou um regresso ao país ao fim da tarde de segunda-feira, onde a Polícia, a Migração e as Alfândegas, autoridades que não conseguiram travar a saída ilegal de quase três milhões de dólares norte-americanos o esperavam.
Falando na tarde de ontem em Maputo, Carlos Comé disse que o indivíduo terá que explicar as razões que o levaram a sair do país com aquelas divisas não declaradas – por lei valores acima de cinco mil dólares carecem de autorização para saírem do país – e provar a licitude das acções nas quais iria aplicar no estrangeiro, em Dubai, concretamente.
Falando sobre a saída do indivíduo da fronteira de Goba com aquelas somas sem o conhecimento das autoridades, Carlos Comé disse ter havido uma “gritante falha” por parte da Polícia, Serviços de Migração e Alfândegas, havendo já em curso acções com vista a apurar as responsabilidades.
A fronteira de Goba é diariamente atravessada por moçambicanos, que algumas vezes viajam com milhares de dólares acima do autorizado, com destino a Durban, África do Sul, donde importam viaturas provenientes do Japão.
ADENDA
Momed Ayoob encaminhado à Cadeia Civil. Leia mais aqui.
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