A Governadora da província de Maputo, Maria Jonas, instou aos agentes económicos do distrito de Matutuíne a implementar os seus projectos dentro das normas legais em vigor no país, sobretudo no que diz respeito ao uso e aproveitamento da terra.
Jonas fez este apelo, Terça-feira ultima, durante um encontro que manteve com operadores económicos, no quadro da sua visita de trabalho de dois dias a este distrito do Sul de Moçambique.
No encontro, que teve lugar num dos estabelecimentos turísticos da Ponta de Ouro, no Posto Administrativo de Zitundo, foram levantadas varias questões que apoquentam a região com destaque para a ocupação desordenada de espaços reservados a construção de infra-estruturas turísticas.
Na ocasião, os empresários manifestaram a sua disposição de continuar a investir na região, tendo louvado os já planeados projectos de construção da ponte da Catembe, que vai ligar as duas margens da baía de Maputo, bem como a estrada Catembe/Ponta de Ouro, pois consideram ser iniciativas que vão impulsionar o rápido desenvolvimento económico e turístico desta parcela do país.
“Com a ponte em funcionamento e a estrada pronta, a Ponta de Ouro vai conhecer um desenvolvimento rápido e o custo de vida vai reduzir significativamente”, afirmaram os agentes económicos durante a reunião.
Actualmente, a estrada que liga a Catembe e Ponta de Ouro é de terra batida apresentando-se em condições deploráveis. A circulação nela só é possível com viaturas do tipo de tracção a quatro rodas (4x4).
Contudo, os empresários manifestaram-se reticentes em relação ao projecto do porto a ser construído nesta região, solicitando o envio de uma equipa para explicar as comunidades da zona sobre os detalhes do projecto.
Falando a jornalistas, momentos depois da reunião, Jonas reiterou a preocupação do governo, sublinhando a necessidade de se tomar algumas medidas para disciplinar a actividade turística da zona e no pais em geral.
Outra questão que deixou a governadora constrangida é o facto de a maioria das estâncias turísticas daquela zona fixar os preços dos seus produtos e serviços em randes, a moeda sul-africana e, ainda, usarem o inglês como língua de referencia sem, a respectiva tradução para o português.
“A língua oficial em Moçambique é o português, não fazendo sentido que tudo venha escrito em inglês”, lamentou a governadora de Maputo.
Maior parte dos hospedes dos complexos turísticos é proveniente da vizinha África do Sul.
(RM/AIM)
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Ponta d’Ouro clama pelo desenvolvimento
AGENTES económicos na localidade turística da Ponta d`Ouro, em Matutuíne, província de Maputo, querem ver reforçada a interacção com o Governo para, em conjunto, procurarem soluções para os múltiplos problemas que impedem o desenvolvimento sustentável da zona.
Maputo, Sábado, 18 de Dezembro de 2010:: Notícias
Com efeito, sugerem a criação de um comité de coordenação envolvendo representantes do Governo e dos agentes económicos. Este pedido foi formulado esta semana durante um encontro que a Governadora do Maputo, Maria Elias Jonas, orientou num dos estabelecimentos hoteleiros da Ponta d`Ouro, no quadro da sua visita de trabalho àquele distrito.
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