Ou exercício mediático de fabrico de “referências” e heróis?
Beira (Canalmoz) - Partindo de lances protagonizados pela comunicação social observam-se fenómenos de construção de imagens envoltos em mistérios. Isto porque não se sabe nem se consegue provar a motivação da avalanche de termos abonatórios nem dos elogios que certas figuras recebem.
A cantiga da auto-estima bombardeada constantemente até se justifica mas não sustenta nem serve de defesa do cultivo ou promoção de imagem que cheira a algum culto de personalidade.
Porquê dar tanto espaço e cobertura a tudo o que dizem ou fazem certas pessoas também designadas de personalidades?
A mando de quem e com que objectivo é que se montam as campanhas de marketing sócio-político habitualmente vistas nos “mídia” moçambicanos?
Em defesa de um passado pouco claro e que se pretende manter fechado ao escrutínio público enveredou-se pela prática habitual na ex-URSS de fabricar heróis como forma de “educar” os cidadãos e proteger as alianças. Parece uma corrida à procura de um lugar na cripta dos Heróis Moçambicanos, em Maputo.
E nestes exercícios evidenciam-se algumas figuras públicas que através da utilização de escribas mercenários não se cansam de propagar teses visando colocar estas pessoas em patamares cada vez mais altos. O caricato é que algumas das chamadas referências morais e políticas que se procura a toda força fazer brilhar são pessoas com um passado cheio de manchas que nem a melhor lixívia consegue limpar. Guardiões ideológicos estalinistas aparecem a público proclamando-se puros que nem os maiores dos ortodoxos marxistas. Falam hoje como se não houvesse passado ou que todos os moçambicanos sofram de amnésia. Esqueceram-se ou pretendem que os cidadãos se esqueçam de que estes “puros e imaculados” de hoje faziam bem há pouco tempo parte de uma máquina que impunha terror e medo. Estas pessoas vangloriando-se de revolucionárias impuseram um sistema político e social discriminatório e ditatorial.
Sabem bem os moçambicanos dos desmandos e abusos contra a dignidade humana que foram cometidos por certas pessoas que se proclamam defensoras da pátria. Para muita dessa gente pátria se limita aos seus egos e interesses. Sua postura elitista e separatista, discriminatória, está documentada nos anais da memória colectiva. Quantos deles não pintavam seus líderes de cores e bravura como meio de assegurar posições e influência?
Queremos os nossos heróis mas estes não se fazem em fábricas ou laboratórios. Apreciamos os que dão de si e que se preocupam com os outros. Mas temos um temor real dos que se querem fazer passar por estrelas a todo o custo.
Gente que contribuiu para escangalhar o país não pode aparecer hoje a vangloriar-se nas câmaras de televisão de feitos que não lhes pertencem e em que jamais participaram.
Gente que tem medo dos heróis dos outros está activamente envolvida na camuflagem da história nacional. Deturpam a verdade dos factos e até não se envergonham de mandar publicar livros falaciosos financiados pelas empresas públicas do país. Até os manuais de história utilizados pelas crianças moçambicanas tem a sua “marca oficial” de mentira.
Não se contentam com as vantagens que acumularam em virtude de posições políticas e de casamento. Querem sempre mais em detrimentos dos demais. Só eles é que merecem comer bem, vestir-se, se fazerem transportar e dormir comodamente em mansões de luxo. Os outros moçambicanos são uns coitadinhos que não sabem nada e nem possuem a capacidade de discernir o que é importante. Só com eles é que se deve tratar dos dossiers económico-financeiros do país. Eles são os únicos interlocutores válidos neste país. Daí a tese ´vomitada` por alguns dos seus porta-vozes de que a sua permanência no poder constitui um “imperativo nacional”. É destas hostes que provêm algumas das ´estrelas cadentes` que povoam este Moçambique.
Importa que os cidadãos não se iludam quanto ao que move estas “estrelas”. Convém que se informem as pessoas de que muitos “lobos tem pele de cordeiro” e que há perigo real no horizonte se forem intoxicadas pela propaganda abundante espalhada pela comunicação social afecta aos seus círculos.
O perigo destas “estrelas cadentes” é procurarem sobrepor-se aos interesses de todos através da sua habitual postura de elite exclusiva. E no horizonte até há sinais de que algumas destas “estrelas” gostariam de se perpetuar através de seus descendentes numa atitude que imita o que se faz no Gabão, Líbia ou Senegal. Querem trazer a hereditariedade como forma de estar na política e na economia nacional.
Este é um perigo real se nos distraímos…
Beira (Canalmoz) - Partindo de lances protagonizados pela comunicação social observam-se fenómenos de construção de imagens envoltos em mistérios. Isto porque não se sabe nem se consegue provar a motivação da avalanche de termos abonatórios nem dos elogios que certas figuras recebem.
A cantiga da auto-estima bombardeada constantemente até se justifica mas não sustenta nem serve de defesa do cultivo ou promoção de imagem que cheira a algum culto de personalidade.
Porquê dar tanto espaço e cobertura a tudo o que dizem ou fazem certas pessoas também designadas de personalidades?
A mando de quem e com que objectivo é que se montam as campanhas de marketing sócio-político habitualmente vistas nos “mídia” moçambicanos?
Em defesa de um passado pouco claro e que se pretende manter fechado ao escrutínio público enveredou-se pela prática habitual na ex-URSS de fabricar heróis como forma de “educar” os cidadãos e proteger as alianças. Parece uma corrida à procura de um lugar na cripta dos Heróis Moçambicanos, em Maputo.
E nestes exercícios evidenciam-se algumas figuras públicas que através da utilização de escribas mercenários não se cansam de propagar teses visando colocar estas pessoas em patamares cada vez mais altos. O caricato é que algumas das chamadas referências morais e políticas que se procura a toda força fazer brilhar são pessoas com um passado cheio de manchas que nem a melhor lixívia consegue limpar. Guardiões ideológicos estalinistas aparecem a público proclamando-se puros que nem os maiores dos ortodoxos marxistas. Falam hoje como se não houvesse passado ou que todos os moçambicanos sofram de amnésia. Esqueceram-se ou pretendem que os cidadãos se esqueçam de que estes “puros e imaculados” de hoje faziam bem há pouco tempo parte de uma máquina que impunha terror e medo. Estas pessoas vangloriando-se de revolucionárias impuseram um sistema político e social discriminatório e ditatorial.
Sabem bem os moçambicanos dos desmandos e abusos contra a dignidade humana que foram cometidos por certas pessoas que se proclamam defensoras da pátria. Para muita dessa gente pátria se limita aos seus egos e interesses. Sua postura elitista e separatista, discriminatória, está documentada nos anais da memória colectiva. Quantos deles não pintavam seus líderes de cores e bravura como meio de assegurar posições e influência?
Queremos os nossos heróis mas estes não se fazem em fábricas ou laboratórios. Apreciamos os que dão de si e que se preocupam com os outros. Mas temos um temor real dos que se querem fazer passar por estrelas a todo o custo.
Gente que contribuiu para escangalhar o país não pode aparecer hoje a vangloriar-se nas câmaras de televisão de feitos que não lhes pertencem e em que jamais participaram.
Gente que tem medo dos heróis dos outros está activamente envolvida na camuflagem da história nacional. Deturpam a verdade dos factos e até não se envergonham de mandar publicar livros falaciosos financiados pelas empresas públicas do país. Até os manuais de história utilizados pelas crianças moçambicanas tem a sua “marca oficial” de mentira.
Não se contentam com as vantagens que acumularam em virtude de posições políticas e de casamento. Querem sempre mais em detrimentos dos demais. Só eles é que merecem comer bem, vestir-se, se fazerem transportar e dormir comodamente em mansões de luxo. Os outros moçambicanos são uns coitadinhos que não sabem nada e nem possuem a capacidade de discernir o que é importante. Só com eles é que se deve tratar dos dossiers económico-financeiros do país. Eles são os únicos interlocutores válidos neste país. Daí a tese ´vomitada` por alguns dos seus porta-vozes de que a sua permanência no poder constitui um “imperativo nacional”. É destas hostes que provêm algumas das ´estrelas cadentes` que povoam este Moçambique.
Importa que os cidadãos não se iludam quanto ao que move estas “estrelas”. Convém que se informem as pessoas de que muitos “lobos tem pele de cordeiro” e que há perigo real no horizonte se forem intoxicadas pela propaganda abundante espalhada pela comunicação social afecta aos seus círculos.
O perigo destas “estrelas cadentes” é procurarem sobrepor-se aos interesses de todos através da sua habitual postura de elite exclusiva. E no horizonte até há sinais de que algumas destas “estrelas” gostariam de se perpetuar através de seus descendentes numa atitude que imita o que se faz no Gabão, Líbia ou Senegal. Querem trazer a hereditariedade como forma de estar na política e na economia nacional.
Este é um perigo real se nos distraímos…
(Noé Nhantumbo, CANALMOZ)
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