Numa clara resposta à “ladroagem frelimista”
“Doeu à Frelimo perder a Beira, e isto ainda hoje lhes dói. Disseram que nós não tínhamos capacidades, mas hoje estamos aqui. Comprámos carros de lixo e agora são até mulheres quem os conduz. Mas o problema é que eles têm as mãos sujas de sangue. Mataram muita gente. Essa gente matou muita gente. Mataram em Montepuez, em Mocímboa da Praia, e não são felizes quando não vêem sangue. Eles queriam reeditar Montepuez e Mocimboa da Praia, mas nós não fomos na onda deles, para evitarmos o luto”.
Beira (Canalmoz) - O presidente do Conselho Municipal da Beira (CMB), Daviz Simango, apelou, sábado, num comício muito concorrido, na Munhava, um dos bairros da periferia da cidade, para que os citadinos locais colaborem, com voluntarismo, na construção das novas sedes dos bairros, que serão edificadas pela edilidade, em substituição das retiradas ao Município pelo Tribunal Judicial Provincial de Sofala (TJPS) para as entregar à Frelimo enquanto, como alegou o juiz da causa, se aguarda pelo acórdão ao recurso interposto pelo Município ao Tribunal Supremo.
Daviz Simango fez tal pronunciamento à sua chegada do périplo que realizou pela Alemanha e Paris, a semana passada, e que coincidiu com a execução da sentença de arresto dos 14 edifícios onde sempre funcionou a administração municipal nos respectivos bairros da Beira, entre os quais até um pelo menos que foi erguido de raiz pelo Município e sempre ostentou uma placa em que se lê: Património Municipal / Património do Estado.
Simango pediu ao povo beirense no sentido de cederem “baldes quando for da construção das novas sedes, porque o CMB as erguerá com dinheiros próprios, sendo que não tem fundos para pagar a empreiteiros”.
Falando num tom contundente, Simango não poupou o que apelidou de “ladrões da partido no poder, pelas suas ambições capitalistas, que os faz entrar nos negócios das minas, pescas, portos, telefonia, não se preocupando com o avanço democrático e económico que se impõe”.
Daviz Simango acusou tais “ladrões” de “só se preocuparem com a acumulação de vantagens para um punhado de indivíduos que vive do sofrimento da maioria do povo moçambicano”.
“É por isso que eles roubam e roubam, e acostumados que estão a roubar, roubaram-nos as sedes dos bairros, contando com a colaboração daqueles que os têm como patrões a assim decidiram, prejudicando a maioria dos citadinos que ficam privados de serviços administrativos”, disse o presidente do Município da Beira.
“Os ladrões nunca têm vergonha, mesmo quando neutralizados na posse de um bem alheio. Os ladrões dizem sempre serem seus os bens alheios. No fundo eles sabem que as sedes não lhes pertencem, por isso o que é do povo um dia há-de voltar para as mãos do povo”.
“Quero vos contar a história de um padrasto que tirou o carro ao enteado. Fê-lo convicto de que este iria precisar dele. O enteado nunca se manifestou porque se foi impondo até ficar forte. Um dia quando o padrasto pensou que o devia devolver, o enteado recusou-o. O carro já estava sucata”.
Simango afirmou que o que move a Frelimo a despojar o Conselho Municipal da Beira das sedes da administração municipal nos bairros é a constituição de um governo paralelo no município da Beira onde eles não conseguem implantar-se. “Eles querem usar tais sedes para implantar serviços administrativos, atribuindo aos populares fundos de iniciativa local, vulgo sete milhões”.
“Apelo-vos a receber o dinheiro e a gastarem, pois o dinheiro que vos for fornecido é dos vossos impostos. Não se sintam como se lhes devessem algo. Recebam esse dinheiro e usem-no à vontade. E tenham para vocês que devemos humilhá-los como o fizemos nas eleições de 2008, até que eles saiam a correr pelas fronteiras”.
Daviz Simango recordou que após as eleições de 2003 o edil cessante, Chivavice Muchangage, entregou as sedes dos bairros à edilidade. Recordou que tais sedes constavam do inventário de bens municipais que o edil da Frelimo entregou ao então novo presidente eleito, Daviz Simango. “Mas qual não foi o espanto quando meia volta a Frelimo surgiu reclamando que os imóveis eram da sua propriedade...”, ironizou Daviz.
O presidente do Município lembrou ainda que “em 2004, quando assumimos o CMB, eles tiraram tudo que lá havia: computadores, cadeiras, quase tudo. E nós compramos novos computadores e a instituição está hoje bem apetrechada de computadores e mobiliário”
“Doeu à Frelimo perder a Beira, e isto ainda hoje lhes dói. Disseram que nós não tínhamos capacidades, mas hoje estamos aqui. Comprámos carros de lixo e agora são até mulheres quem os conduz. Mas o problema é que eles têm as mãos sujas de sangue. Mataram muita gente. Essa gente matou muita gente. Mataram em Montepuez, em Mocímboa da Praia, e não são felizes quando não vêem sangue. Eles queriam reeditar Montepuez e Mocimboa da Praia, mas nós não fomos na onda deles para evitarmos o luto”.
“Nós sabemos que o TJPS elaborou a sentença a mando dos seus patrões, e mesmo sabendo que tal sentença prejudica o Estado, que o Tribunal não defende, cumprimo-la. Nós respeitamos as instituições democráticas do país e a Constituição, diferentemente daqueles que têm as mãos sujas habituados a matar. Um dia serão julgados por seus actos hediondos”, concluiu Daviz Simango.
A resposta do Município vai ser, portanto, construir novas sedes para a administração municipal. O edil da Beira disse não à violência.
“Doeu à Frelimo perder a Beira, e isto ainda hoje lhes dói. Disseram que nós não tínhamos capacidades, mas hoje estamos aqui. Comprámos carros de lixo e agora são até mulheres quem os conduz. Mas o problema é que eles têm as mãos sujas de sangue. Mataram muita gente. Essa gente matou muita gente. Mataram em Montepuez, em Mocímboa da Praia, e não são felizes quando não vêem sangue. Eles queriam reeditar Montepuez e Mocimboa da Praia, mas nós não fomos na onda deles, para evitarmos o luto”.
Beira (Canalmoz) - O presidente do Conselho Municipal da Beira (CMB), Daviz Simango, apelou, sábado, num comício muito concorrido, na Munhava, um dos bairros da periferia da cidade, para que os citadinos locais colaborem, com voluntarismo, na construção das novas sedes dos bairros, que serão edificadas pela edilidade, em substituição das retiradas ao Município pelo Tribunal Judicial Provincial de Sofala (TJPS) para as entregar à Frelimo enquanto, como alegou o juiz da causa, se aguarda pelo acórdão ao recurso interposto pelo Município ao Tribunal Supremo.
Daviz Simango fez tal pronunciamento à sua chegada do périplo que realizou pela Alemanha e Paris, a semana passada, e que coincidiu com a execução da sentença de arresto dos 14 edifícios onde sempre funcionou a administração municipal nos respectivos bairros da Beira, entre os quais até um pelo menos que foi erguido de raiz pelo Município e sempre ostentou uma placa em que se lê: Património Municipal / Património do Estado.
Simango pediu ao povo beirense no sentido de cederem “baldes quando for da construção das novas sedes, porque o CMB as erguerá com dinheiros próprios, sendo que não tem fundos para pagar a empreiteiros”.
Falando num tom contundente, Simango não poupou o que apelidou de “ladrões da partido no poder, pelas suas ambições capitalistas, que os faz entrar nos negócios das minas, pescas, portos, telefonia, não se preocupando com o avanço democrático e económico que se impõe”.
Daviz Simango acusou tais “ladrões” de “só se preocuparem com a acumulação de vantagens para um punhado de indivíduos que vive do sofrimento da maioria do povo moçambicano”.
“É por isso que eles roubam e roubam, e acostumados que estão a roubar, roubaram-nos as sedes dos bairros, contando com a colaboração daqueles que os têm como patrões a assim decidiram, prejudicando a maioria dos citadinos que ficam privados de serviços administrativos”, disse o presidente do Município da Beira.
“Os ladrões nunca têm vergonha, mesmo quando neutralizados na posse de um bem alheio. Os ladrões dizem sempre serem seus os bens alheios. No fundo eles sabem que as sedes não lhes pertencem, por isso o que é do povo um dia há-de voltar para as mãos do povo”.
“Quero vos contar a história de um padrasto que tirou o carro ao enteado. Fê-lo convicto de que este iria precisar dele. O enteado nunca se manifestou porque se foi impondo até ficar forte. Um dia quando o padrasto pensou que o devia devolver, o enteado recusou-o. O carro já estava sucata”.
Simango afirmou que o que move a Frelimo a despojar o Conselho Municipal da Beira das sedes da administração municipal nos bairros é a constituição de um governo paralelo no município da Beira onde eles não conseguem implantar-se. “Eles querem usar tais sedes para implantar serviços administrativos, atribuindo aos populares fundos de iniciativa local, vulgo sete milhões”.
“Apelo-vos a receber o dinheiro e a gastarem, pois o dinheiro que vos for fornecido é dos vossos impostos. Não se sintam como se lhes devessem algo. Recebam esse dinheiro e usem-no à vontade. E tenham para vocês que devemos humilhá-los como o fizemos nas eleições de 2008, até que eles saiam a correr pelas fronteiras”.
Daviz Simango recordou que após as eleições de 2003 o edil cessante, Chivavice Muchangage, entregou as sedes dos bairros à edilidade. Recordou que tais sedes constavam do inventário de bens municipais que o edil da Frelimo entregou ao então novo presidente eleito, Daviz Simango. “Mas qual não foi o espanto quando meia volta a Frelimo surgiu reclamando que os imóveis eram da sua propriedade...”, ironizou Daviz.
O presidente do Município lembrou ainda que “em 2004, quando assumimos o CMB, eles tiraram tudo que lá havia: computadores, cadeiras, quase tudo. E nós compramos novos computadores e a instituição está hoje bem apetrechada de computadores e mobiliário”
“Doeu à Frelimo perder a Beira, e isto ainda hoje lhes dói. Disseram que nós não tínhamos capacidades, mas hoje estamos aqui. Comprámos carros de lixo e agora são até mulheres quem os conduz. Mas o problema é que eles têm as mãos sujas de sangue. Mataram muita gente. Essa gente matou muita gente. Mataram em Montepuez, em Mocímboa da Praia, e não são felizes quando não vêem sangue. Eles queriam reeditar Montepuez e Mocimboa da Praia, mas nós não fomos na onda deles para evitarmos o luto”.
“Nós sabemos que o TJPS elaborou a sentença a mando dos seus patrões, e mesmo sabendo que tal sentença prejudica o Estado, que o Tribunal não defende, cumprimo-la. Nós respeitamos as instituições democráticas do país e a Constituição, diferentemente daqueles que têm as mãos sujas habituados a matar. Um dia serão julgados por seus actos hediondos”, concluiu Daviz Simango.
A resposta do Município vai ser, portanto, construir novas sedes para a administração municipal. O edil da Beira disse não à violência.
(Adelino Timóteo, CANALMOZ)
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