Alexandre Gonçalves, assessor para imagem e marketing do presidente do Conselho Municipal da Beira, Davis Simango, detido no dia 20 de Agosto de 2008, em plena comemoração do dia da cidade, posteriormente, deportado para Portugal, alegadamente, por ser cidadão luso, vivendo em Moçambique em situação, que se supõe, ilegal, regressou ao País de onde havia sido expulso, deixando para trás a mulher, filhos e um neto. Alex, como é conhecido, está em Moçambique antes da Independência, tendo trabalhado como professor. Fotografou o País todo, ao lado de dinossauros da fotografia moçambicana. As autoridades nunca haviam suspeitado que estariam perante um suposto illegal até que, um dia, um frenamo (estranha aliança entre elementos da Renamo e Frelimo, na assembleia municipal contra Simango) despertou a atenção da polícia.
Depois de uns meses a deambular por terras lusas, Alex, retornou ao País, em Dezembro de 2008, de forma legal, diferentemente do que algum jornal da praça escreveu. Retornado, ensaiou, pela cidade do Chiveve, alguns passos, foi recapturado, para a alegria dos elementos da frenamo. A prisão do Alex resultou da estratégia da frenamo. O povo não mordeu a isca. Pelo contrário, deu-lhe todo o apoio necessário, vencendo com 62 porcento. Ultrapassou o candidato da Frelimo, o finório de Lourenço Bulha, e humilhou o falso candidato das bases, Manuel Pereira, que obteve, apenas, uma módica fasquia de 2,5 porcento.
Alex é vítima de perseguição política movida pela Frelimo, que vê em Simango um sério adversário, capaz de alterar o xadrez político, incubado pelas incongruências do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, tido como posto cativo do líder. Diz-se que Alex foi entregue à polícia, por elementos da frenamo, para enfraquecer Simango, tido como concorrente ao posto de presidente da Renamo. Num video difundido, pouco antes das eleições autárquicas de Novembro de 2008, mostrava o delegado político da Renamo, na Beira, Faque Ferraria, em avançado estado de embriaguez, a dizer que ele e seus comparsas – delegado político provincial, Fernando Mbararano, e Lucas Machava, membro do Conselho de Estado, — tinham recebido dinheiro da Frelimo, para inviabilizar a candidatura de Simango.
O silêncio da Liga dos Direitos Humanos, LDH, que habituou o público com assuas intervenções oportunas e acutilantes, em defesa dos desfavorecidos, preocupa muita gente que anda atenta às violações dos direitos mais elementares da pessoa humana. Agentes do Estado, em obediência aos ditames políticos, estão a violar os direitos humanos, ao encarcerar Alex como um perigoso cadastrado, na prisão de Nhangau, nos arredores da Beira. A sua prisão visa, apenas, satisfazer apetites políticos de alguns indivíduos mal sucedidos na vida.
Alex, em nenhum momento, pôs o Estado em perigo. O Ministério Público e a LDH deveriam verificar o que está a acontecer. Alex está sendo injustiçado
pelo Estado de Moçambique.
Depois de uns meses a deambular por terras lusas, Alex, retornou ao País, em Dezembro de 2008, de forma legal, diferentemente do que algum jornal da praça escreveu. Retornado, ensaiou, pela cidade do Chiveve, alguns passos, foi recapturado, para a alegria dos elementos da frenamo. A prisão do Alex resultou da estratégia da frenamo. O povo não mordeu a isca. Pelo contrário, deu-lhe todo o apoio necessário, vencendo com 62 porcento. Ultrapassou o candidato da Frelimo, o finório de Lourenço Bulha, e humilhou o falso candidato das bases, Manuel Pereira, que obteve, apenas, uma módica fasquia de 2,5 porcento.
Alex é vítima de perseguição política movida pela Frelimo, que vê em Simango um sério adversário, capaz de alterar o xadrez político, incubado pelas incongruências do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, tido como posto cativo do líder. Diz-se que Alex foi entregue à polícia, por elementos da frenamo, para enfraquecer Simango, tido como concorrente ao posto de presidente da Renamo. Num video difundido, pouco antes das eleições autárquicas de Novembro de 2008, mostrava o delegado político da Renamo, na Beira, Faque Ferraria, em avançado estado de embriaguez, a dizer que ele e seus comparsas – delegado político provincial, Fernando Mbararano, e Lucas Machava, membro do Conselho de Estado, — tinham recebido dinheiro da Frelimo, para inviabilizar a candidatura de Simango.
O silêncio da Liga dos Direitos Humanos, LDH, que habituou o público com assuas intervenções oportunas e acutilantes, em defesa dos desfavorecidos, preocupa muita gente que anda atenta às violações dos direitos mais elementares da pessoa humana. Agentes do Estado, em obediência aos ditames políticos, estão a violar os direitos humanos, ao encarcerar Alex como um perigoso cadastrado, na prisão de Nhangau, nos arredores da Beira. A sua prisão visa, apenas, satisfazer apetites políticos de alguns indivíduos mal sucedidos na vida.
Alex, em nenhum momento, pôs o Estado em perigo. O Ministério Público e a LDH deveriam verificar o que está a acontecer. Alex está sendo injustiçado
pelo Estado de Moçambique.
( Edwin Hounnou, em A Tribuna Fax de 10/03/09 )
NOTA: Recentemente, publiquei aqui uma pequena série intitulada " O estranho caso Alex " em que afirmei que este caso é estranho e tem vertentes jurídicas, humanas e políticas. O Edwin é um profundo conhecedor deste caso e foi bem claro aqui, pelo que ainda não sei se prosseguirei com esta série.
3 comments:
Eu sempre disse que o caso do Alex era um caso 'politico', a Frelimo e a Renamo sentiram-se ameacadas, pois durante anos ninguem ligou ao Alex, ele era um filho da terra, como qualquer um cidadao que faz uma vida normal. Nao admira nada o silencio da Liga dos Direitos Humanos, eles teem receio de perder as suas regalias ou postos chorudos, pois sao coniventes em muitos casos de violacao dos direitos humanos em Mocambique, pois teem obrigacao primordial de zelar pelos direitos basicos de qualquer cidadao, pelos cargos que ocupam, mas preferem calar-se. Quem cala, consente, pois 'tao ladrao e o que vai a vinha, como o que fica ao portao'... A Frenamo tem os dias contados. Maria Helena
Não há dúvidas que este não é um simples caso jurídico, o Alex foi vítima de manobras políticas.
Aguardemos o desfecho deste drama!
A propósito, tive oportunidade de conhecer o Alex.
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