A vitória de Daviz Simango, no município da Beira, derrotando, de forma copiosa, os candidatos da Frelimo, Lourenço Bulha, que havia montado uma luxuosa campanha, e de perdizes depenadas e tontas, que deambulavam sem objectivo nem alvo, Manuel Pereira, deixa o partido dos camaradas baralhado. A Frelimo retirou das suas funções a direcção do Comité Provincial liderada por Bulha, a quem acusa como sendo a culpada pelo falhanço, no caldeirão do Chiveve, e desorganização do partido. No seu lugar, a Frelimo despachou uma equipa liderada pelo veterano da luta de libertação nacional, Alberto Chipande, que integra o ministro do Interior e activista político, José Pacheco, e o propagandista, Edson Macuácua.
Quando a Frelimo anunciou que o seu candidato, para a presidência do município da Beira, seria Bulha, alertei para quem quisesse ouvir que, apenas, o pretendiam afastar da política activa. Era óbvio que não tinha condições objectivas para ultrapassar Simango que trazia uma folha limpa de serviço. Sonhar em vencer Simango, em 2008, é o mesmo que alguém, seja quem for, nas presidenciais de 2009, pensar vencer Armando Guebuza. Simango não tinha um adversário à altura, como Guebuza não terá, este ano, alguém que o amedronte. Seria Afonso Dhlakama o seu adversário directo, porém, o líder da Renamo desfez o seu partido, que era uma grande máquina, com forte inserção e apoio popular, em todo o País.
A Frelimo ao afastar Bulha e sua equipa, cometeu injustiça. Eu estava na Beira quando decorria a campanha para as eleições de 19 de Novembro de 2008. Vi Chipande, Ivo Garrido, Deolinda Guezimane, Edson Macuácua a mobilizarem potenciais eleitores nas repartições públicas, empresas públicas e zonas residenciais. Porquê a batata quente resta, apenas, para Bulha e sua equipa? A máquina que veio do Maputo não viu que estava a marchar em terreno falso? Nenhum deles fazia ideia de que falando em oferecer caixões a granel, às famílias carenciadas, estariam a criar uma imagem horrível do seu candidato?
Não é preciso ser especialista em campanhas eleitorais para perceber esta problemática. Bastava, meramente, ter bom senso.
A dificuldade em conviver com a diferença precipitou a Frelimo. Se esta for a prática corrente da Frelimo, então, que se prepare para engolir derrotas em cascata, infligidas pelo Movimento Democrático de Moçambique, MDM. A Frelimo habituou-se, ao longo de vários anos, a interagir com um adversário com quem concertava, antecipadamente, as derrotas. Doravante, as regras serão diferentes. O MDM vai exigir um jogo isento de concertações, de onde só ganha o mais forte e organizado e não o mais esperto. A eterna música de roubos de votos fica para os, aparentemente, mais fracos, improvisados e vendidos. As derrotas concertadas terminaram, como a anunciada por Faque Fararia, membro do trio da Beira, já ébrio, que pugnava para inviabilizava a candidatura de Simango e tantas outras manobras.
Quando a Frelimo anunciou que o seu candidato, para a presidência do município da Beira, seria Bulha, alertei para quem quisesse ouvir que, apenas, o pretendiam afastar da política activa. Era óbvio que não tinha condições objectivas para ultrapassar Simango que trazia uma folha limpa de serviço. Sonhar em vencer Simango, em 2008, é o mesmo que alguém, seja quem for, nas presidenciais de 2009, pensar vencer Armando Guebuza. Simango não tinha um adversário à altura, como Guebuza não terá, este ano, alguém que o amedronte. Seria Afonso Dhlakama o seu adversário directo, porém, o líder da Renamo desfez o seu partido, que era uma grande máquina, com forte inserção e apoio popular, em todo o País.
A Frelimo ao afastar Bulha e sua equipa, cometeu injustiça. Eu estava na Beira quando decorria a campanha para as eleições de 19 de Novembro de 2008. Vi Chipande, Ivo Garrido, Deolinda Guezimane, Edson Macuácua a mobilizarem potenciais eleitores nas repartições públicas, empresas públicas e zonas residenciais. Porquê a batata quente resta, apenas, para Bulha e sua equipa? A máquina que veio do Maputo não viu que estava a marchar em terreno falso? Nenhum deles fazia ideia de que falando em oferecer caixões a granel, às famílias carenciadas, estariam a criar uma imagem horrível do seu candidato?
Não é preciso ser especialista em campanhas eleitorais para perceber esta problemática. Bastava, meramente, ter bom senso.
A dificuldade em conviver com a diferença precipitou a Frelimo. Se esta for a prática corrente da Frelimo, então, que se prepare para engolir derrotas em cascata, infligidas pelo Movimento Democrático de Moçambique, MDM. A Frelimo habituou-se, ao longo de vários anos, a interagir com um adversário com quem concertava, antecipadamente, as derrotas. Doravante, as regras serão diferentes. O MDM vai exigir um jogo isento de concertações, de onde só ganha o mais forte e organizado e não o mais esperto. A eterna música de roubos de votos fica para os, aparentemente, mais fracos, improvisados e vendidos. As derrotas concertadas terminaram, como a anunciada por Faque Fararia, membro do trio da Beira, já ébrio, que pugnava para inviabilizava a candidatura de Simango e tantas outras manobras.
(Edwin Hounnou, ATribunaFax, Maputo, 12 de Março de 2009)
2 comments:
Ainda bem que a Frelimo esta assustada, precisamos mesmo de uma oposicao forte em Mocambique. As coisas tem mesmo de mudar para melhor e combater o maior flagelo: a corrupcao. Maria Helena
Quem precisa de estar assustada e a Frelimo, nao nos, pela primeira vez vao ter uma Oposicao seria e eficaz.
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