Evitar que a Frelimo obtenha mais de dois terços dos votos nas próximas eleições é o principal objectivo do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), liderado por Daviz Simango, que admite "pressões" para avançar nas presidenciais contra Guebuza. "Gostaríamos de ter um número aceitável para evitar os dois terços [dos votos para a Frelimo]. Pelo menos um terço devíamos ter. Aliás, se conseguirmos rapidamente avançar com o programa que temos, eventualmente podemos surpreender", afirmou Simango, ex-dirigente da Renamo, em entrevista à Lusa em Lisboa.
Segundo Simango, só daqui a dois ou três meses haverá uma decisão do conselho nacional sobre o candidato presidencial, embora diga que o partido tem de ter mais do que uma cara. "Se for o desejo da maioria que concorra, o Daviz Simango vai ter de dizer sim ou não, analisar o que é bom para o partido: se vale a pena concorrer só nas legislativas e provinciais, ou se tem de concorrer com uma cara que vai à frente para puxar o próprio partido", afirma o autarca da Beira, reeleito como independente nas últimas autárquicas, em Novembro passado, após ter sido afastado pela Renamo.
"A partir de uma certa altura da vida acabamos sendo influenciados pelas massas. Acabamos pertencendo às massas e não a nós mesmos. O partido vai ter de auscultar as bases, a população, e ver prós e contras e definir o candidato. Vamos ver o futuro", diz Simango. Para o líder do MDM, o novo partido "tem quadros capazes" e "tem de existir pelo colectivo".
Depois de Lisboa, Simango vai à Bélgica, Holanda, Suécia e Alemanha, com o objectivo de "arregimentar" a comunidade moçambicana no exterior para o seu partido e de obter apoios junto de outras formações políticas. Em Portugal, admite ter uma "boa relação" com o Partido Popular, que "é preciso ver como capitalizar", e beneficia do apoio do empresário Jaime Nogueira Pinto, accionista da maior empresa de segurança de Moçambique (Moseg), uma das maiores empregadoras do país. O partido, ainda à espera de aprovação pela Comissão Nacional de Eleições, está a preparar-se internamente para as eleições: já decidiu que avança sozinho, mas admite acordos pós-eleitorais com todos os partidos, inclusivamente a FRELIMO. "Qualquer pacto que seja para o interesse do moçambicano, o MDM estará disponível para assinar. Não interessa de quem é o projecto. Se for submetido e se entendermos que é para o interesse nacional, vamos aprovar e colaborar", afirma Simango.
Para o líder do MDM, "são bem-vindos" todos os pequenos partidos da oposição, incluindo o do ex-dissidente da Renamo Raúl Domingos, Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, com quem tem havido contactos e até conjugação de esforços.
"Temos dialogado com vários pequenos partidos da oposição. Participaram na nossa assembleia constitutiva, temos criado uma força de união, penso que no futuro haverá boas notícias no sentido de juntarmos esforços", adianta. Confiante na capacidade do novo partido queimar etapas e "surpreender", Simango mostra-se, no entanto, preocupado com a independência dos órgãos eleitorais moçambicanos, e relata casos de pessoas não inscritas a votarem e de presidentes das mesas a inutilizar votos.
"Apanhámos pessoas que vinham de sítios fora da área da autarquia [da Beira], confessaram perante as câmaras, tinham sido trazidas pela Frelimo. E o que aconteceu depois disso? Há imagens, há testemunhos claros! A procuradoria não se pronunciou, a Justiça não se pronunciou, e a coisa andou", afirma. Nas últimas autárquicas, "reportámos vários casos de fraude e infelizmente não vimos a Justiça a agir contra os autores, o que cria fragilidades" no processo eleitoral.
"Isto significa que enquanto as estruturas da Justiça não se virem livres das amarras partidárias, vamos ter problemas no país", afirma.
Segundo Simango, só daqui a dois ou três meses haverá uma decisão do conselho nacional sobre o candidato presidencial, embora diga que o partido tem de ter mais do que uma cara. "Se for o desejo da maioria que concorra, o Daviz Simango vai ter de dizer sim ou não, analisar o que é bom para o partido: se vale a pena concorrer só nas legislativas e provinciais, ou se tem de concorrer com uma cara que vai à frente para puxar o próprio partido", afirma o autarca da Beira, reeleito como independente nas últimas autárquicas, em Novembro passado, após ter sido afastado pela Renamo.
"A partir de uma certa altura da vida acabamos sendo influenciados pelas massas. Acabamos pertencendo às massas e não a nós mesmos. O partido vai ter de auscultar as bases, a população, e ver prós e contras e definir o candidato. Vamos ver o futuro", diz Simango. Para o líder do MDM, o novo partido "tem quadros capazes" e "tem de existir pelo colectivo".
Depois de Lisboa, Simango vai à Bélgica, Holanda, Suécia e Alemanha, com o objectivo de "arregimentar" a comunidade moçambicana no exterior para o seu partido e de obter apoios junto de outras formações políticas. Em Portugal, admite ter uma "boa relação" com o Partido Popular, que "é preciso ver como capitalizar", e beneficia do apoio do empresário Jaime Nogueira Pinto, accionista da maior empresa de segurança de Moçambique (Moseg), uma das maiores empregadoras do país. O partido, ainda à espera de aprovação pela Comissão Nacional de Eleições, está a preparar-se internamente para as eleições: já decidiu que avança sozinho, mas admite acordos pós-eleitorais com todos os partidos, inclusivamente a FRELIMO. "Qualquer pacto que seja para o interesse do moçambicano, o MDM estará disponível para assinar. Não interessa de quem é o projecto. Se for submetido e se entendermos que é para o interesse nacional, vamos aprovar e colaborar", afirma Simango.
Para o líder do MDM, "são bem-vindos" todos os pequenos partidos da oposição, incluindo o do ex-dissidente da Renamo Raúl Domingos, Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, com quem tem havido contactos e até conjugação de esforços.
"Temos dialogado com vários pequenos partidos da oposição. Participaram na nossa assembleia constitutiva, temos criado uma força de união, penso que no futuro haverá boas notícias no sentido de juntarmos esforços", adianta. Confiante na capacidade do novo partido queimar etapas e "surpreender", Simango mostra-se, no entanto, preocupado com a independência dos órgãos eleitorais moçambicanos, e relata casos de pessoas não inscritas a votarem e de presidentes das mesas a inutilizar votos.
"Apanhámos pessoas que vinham de sítios fora da área da autarquia [da Beira], confessaram perante as câmaras, tinham sido trazidas pela Frelimo. E o que aconteceu depois disso? Há imagens, há testemunhos claros! A procuradoria não se pronunciou, a Justiça não se pronunciou, e a coisa andou", afirma. Nas últimas autárquicas, "reportámos vários casos de fraude e infelizmente não vimos a Justiça a agir contra os autores, o que cria fragilidades" no processo eleitoral.
"Isto significa que enquanto as estruturas da Justiça não se virem livres das amarras partidárias, vamos ter problemas no país", afirma.
LUSA - 18.03.2009, citado em www.macua.blogs.com .
2 comments:
Aposto no MDM pela luta por um Mocambique para TODOS, pela qualidades de lideranca, humildade e ideias que o seu lider possui e tambem pelo facto de se evitar que a Frelimo ganhe os 2/3, pois todos sabemos o que a Frelimo e capaz de fazer, caso venca com a maioria absoluta, e ninguem quer isso, especialmente os que foram oprimidos, perseguidos e torturados durante os governos de S. Machel e mesmo de J. Chissano. Deveria ser dever de cada cidadao evitar que o monopartidarismo regresse a nossa patria amada Mocambique. Maria Helena
Eu sempre afirmo que o MDM nasce de uma necessidade de haver uma Oposição forte,Moçambique e mesmo a Frelimo so ficam a ganhar.
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