O psicólogo “austríaco-americano”, Wilhelm Reich, escreveu que “o desejo intenso de liberdade, aliado ao medo da responsabilidade tem como resultado a mente fascista”. É o que acontece com a oposição moçambicana. Está permanentemente a construir a sua servidão por ter medo da responsabilidade.
Quando o relatório das Nações Unidas sobre o Índice de Desenvolvimento Humano chegou a Maputo, colocando Moçambique na justa posição de quarto pior País para se viver na face da terra, houve dois tipos de comentários. Uns ridicularizam os métodos e atribuíram uma espécie de certificado de insanidade mental aos que produziram o relatório. Outros respiraram de alívio porque finalmente alguém com poder e competência tinha falado em seu lugar e lhe tirou das costas tamanha responsabilidade e o “medo de ser conotado como do contra”.
Mas o relatório obrigava-nos, na verdade, a uma introspecção mais profunda que gravitaria no conceito de qualidade. Isso mesmo: qualidade de dirigentes, qualidade de oposição, qualidade de povo (todos actores inclusos). A soma destas três grandezas daria na real qualidade de vida dos moçambicanos ou na qualidade do País. Colocadas de forma separada estas três grandezas, chega-se, e, com alguma mestria de simplificação de tarefa, à conclusão de que as Nações Unidas não tiveram assim muito trabalho.
Matias Guente, Canalmoz. Leia aqui.
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