Já estão em curso as obras de reabilitação e modernização do Jardim Zoológico de Maputo, que tem por objectivo torná-lo mais atractivo e dentro das regras de manutenção de animais em cárcere.
As obras de reabilitação do Jardim Zoológico compreendem o melhoramento das jaulas, aquisição de novos animais, apetrechamento das infra-estruturas existentes e a vedação para proteger o lugar, segundo Daúde Carimo, presidente da Associação do Jardim Zoológico de Maputo.
“Já avançamos com a vedação de uma área de 300 metros que será concluída até finais deste ano e acreditamos que num futuro próximo conseguiremos ampliar e modernizar o espaço, adequando-o aos padrões internacionais exigidos”, disse Daúde.
Ao abrigo da convenção internacional, a colocação de animais em cativeiro pressupõe a criação de maior espaço para a sua movimentação, o que não é o caso do Jardim Zoológico de Maputo, cujas dimensões já não correspondem ao recomendado.
Actualmente quase tudo desapareceu, incluindo o cemitério onde eram enterrados os animais mortos. As campas foram vandalizadas e o mármore saqueado.
A estes problemas juntam-se as péssimas condições de tratamento dos animais que ainda resistem, a má alimentação daqueles e falta de limpeza.
Se num passado não longínquo se podia ver no jardim animais que o tornavam num local com vida, hoje encontramos apenas dois macacos (o cinzento e o cão), três tartarugas, algumas aves, quatro cobras, das quais uma jibóia, meia dúzia de crocodilos e um hipopótamo, o animal mais velho da “casa” que, entretanto, não goza de boa saúde.
Animais que anteriormente podiam ser vistos, como o famoso macaco João Tocuene, leões, impalas, hienas, ursos, elefantes entre outros, morreram por falta de comida e assistência adequada.
Segundo Daúde Carimo, o desaparecimento de algumas espécies deveu-se ao facto de o espaço do Zoo estar a ser usado como caminho pelos residentes de Inhagoia B (por detrás do jardim), como via de acesso à Estrada Nacional Número Um e vice-versa.
“Algumas espécies como antílopes, zebras, galinhas e outros animais dos quais o homem se alimenta foram roubados por residentes que usam o jardim como travessia e com a construção do muro estaremos mais seguros ”, acrescentou fonte.
As obras estão orçadas em mais de três milhões de dólares norte-americanos e contam com o apoio de Parques de Joanesburgo e Pretória (África do Sul), para o repovoamento e assistência veterinária.
RM
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