Wednesday 9 January 2013

Mais portugueses ameaçados de serem recambiados esta semana de Moçambique

Dezanove portugueses foram advertidos hoje pelas autoridades de imigração de Moçambique que serão recambiados para Portugal no voo da TAP de quinta-feira, se não esclarecerem dúvidas sobre os seus vistos, disse à Lusa fonte consular portuguesa.
Os cidadãos em risco fazem parte de um grupo de 27 portugueses cujos vistos suscitaram dúvidas à polícia de fronteira do aeroporto de Mavale, Maputo, na noite de segunda-feira, após terem desembarcado do voo da TAP oriundo de Lisboa.
Oito cidadãos nacionais foram logo recambiados no voo de regresso à capital portuguesa, e os restantes, por alegadamente não haver mais lugares disponíveis no avião, intimados a comparecerem hoje nos Serviços de Migração, na capital moçambicana.
"Foi-lhes dito que serão enviados para Portugal no próximo voo da TAP se não conseguirem esclarecer dúvidas sobre os seus vistos ou que as suas empresas resolvam o problema", disse à Lusa o vice-cônsul português em Maputo, António Pinheiro.
Em causa estarão registos de múltiplos vistos para entrada como turistas ou a ausência de bilhete aéreo de regresso a Portugal.
Os serviços consulares portugueses estão a tentar obter mais informações das autoridades moçambicanas sobre um eventual endurecimento nos procedimentos de entrada no país, visando os cidadãos portugueses.
"Temos que saber o que se passa para avisar os nossos cidadãos sobre o que têm que fazer antes de se deslocarem a Moçambique", disse António Pinheiro.
Habitualmente, é possível obter-se um visto de entrada à chegada ao aeroporto de Maputo mas, em situações especiais, como realização de eleições, essa possibilidade tem sido temporariamente suspensa.
A crise económica em Portugal fez disparar o número de portugueses a trabalharem em Moçambique, desde jovens recém-licenciados a operários da construção civil.
De acordo com dados oficiais, estão inscritos cerca de 20.000 portugueses, mas o número deve ser muito superior, dado que a inscrição no consulado não é obrigatória.



(RM/Lusa)

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