Quando alguém é possuído de espírito ndau, pode ter a vista, mas não vê; tenha ouvidos, não ouve; não sente os problemas do povo; açambarca todas as oportunidades de negócios para si e sua turma. São evidentes estas “qualidades” nos que negam que partidarizam o Estado. Andam com o Estado no bolso.
As conversações entre o Governo e a RENAMO estão a desvendar as graves enfermidades que apoquentam o Governo. A doença de que sofre, por ser anormal, pode-se concluir que resulta de uma magia negra, precisando, para “livrar” as suas vítimas, de exorcismo de um exímio nhamussoro. Dizer que a RENAMO só enumera problemas gerais e negar que o Estado não esteja partidarizado é muito grave.
Quem aparenta estar atormentado por espírito ndau é José Pacheco, chefe da delegação do Governo, um indivíduo muito arrogante, que chegou a chamar de marginais o povo em revolta, nos dias 5 de Fevereiro de 2008 e 1 e 2 de Setembro de 2010.
Quando alguém é possuído de espírito ndau, pode ter a vista, mas não vê; tenha ouvidos, não ouve; não sente os problemas do povo; açambarca todas as oportunidades de negócios para si e sua turma.
São evidentes estas “qualidades” nos que negam que partidarizam o Estado. Andam com o Estado no bolso. Tem dois ou mais salários do Estado, enquanto milhares de seus compatriotas não têm que comer.
Para se manterem no poleiro, fazem de magistrados e polícias seus moços de recado ainda que tenham sido preteridos pelo voto popular.
Em 2009, ouvi que, para ser recrutado para trabalhar na portagem da nova ponte sobre o Rio Lugela, em Mocuba, na Zambézia, a condição para ser admitido era que o interessado apresentasse o cartão de membro do “glorioso” partido Frelimo. É demasiado ridículo para caber numa mente equilibrada. Todos confi rmaram que a exibição do cartão de membro era a condição sine qua non. Os funcionários do Estado continuam a ser descontados nos seus salários para Frelimo. Com que cara a “turma tudo bem” diz que o Estado não está prtidarizado?
Na Beira, a chefe da bancada do Movimento Democrático de Moçambique, na Assembleia Provincial, Virgínia Fernando, professora diplomada pela Universidade Pedagógica, depois de vários anos de leccionar na Escola Secundária Sansão Muthemba, como nunca mais saltava o muro para o “glorioso” partido, foi transferida para Macuti e de lá empurrada para onde o Judas Escariotes perdeu as botas. Isso não é perseguição política?
Desde a Independência, só duas pesoas não frelimistas ocuparam postos de vulto – Francisco Songane, antigo ministro da Saúde, sem filiação partidária e Benjamim Pequenino, da RENAMO, ex-PCA dos Correios de Moçambique. Desde chefe de secção a director nacional, passando por PCA das empresas públicas ou participados pelo Estado, a condição para ocuparem aqueles cargos é pertencerem ao glorioso partido. O Estado não está partidarizado?
Algumas exigências da RENAMO são extemporâneas, como a instauração de um governo de transição e dissolução do actual Governo, mas ela tem muita razão. A cegueira do Governo demonstra que está a arrumar um novo conflito armado para tentar uma vitória militar que desconseguiu na guerra dos 16 anos. Se rebentar uma nova guerra, o povo vai, de certeza, esmagar os novos colonos que confundem o seu partido do Estado.
Edwin Hounnou, Correio da manhã – 02.01.2013
As conversações entre o Governo e a RENAMO estão a desvendar as graves enfermidades que apoquentam o Governo. A doença de que sofre, por ser anormal, pode-se concluir que resulta de uma magia negra, precisando, para “livrar” as suas vítimas, de exorcismo de um exímio nhamussoro. Dizer que a RENAMO só enumera problemas gerais e negar que o Estado não esteja partidarizado é muito grave.
Quem aparenta estar atormentado por espírito ndau é José Pacheco, chefe da delegação do Governo, um indivíduo muito arrogante, que chegou a chamar de marginais o povo em revolta, nos dias 5 de Fevereiro de 2008 e 1 e 2 de Setembro de 2010.
Quando alguém é possuído de espírito ndau, pode ter a vista, mas não vê; tenha ouvidos, não ouve; não sente os problemas do povo; açambarca todas as oportunidades de negócios para si e sua turma.
São evidentes estas “qualidades” nos que negam que partidarizam o Estado. Andam com o Estado no bolso. Tem dois ou mais salários do Estado, enquanto milhares de seus compatriotas não têm que comer.
Para se manterem no poleiro, fazem de magistrados e polícias seus moços de recado ainda que tenham sido preteridos pelo voto popular.
Em 2009, ouvi que, para ser recrutado para trabalhar na portagem da nova ponte sobre o Rio Lugela, em Mocuba, na Zambézia, a condição para ser admitido era que o interessado apresentasse o cartão de membro do “glorioso” partido Frelimo. É demasiado ridículo para caber numa mente equilibrada. Todos confi rmaram que a exibição do cartão de membro era a condição sine qua non. Os funcionários do Estado continuam a ser descontados nos seus salários para Frelimo. Com que cara a “turma tudo bem” diz que o Estado não está prtidarizado?
Na Beira, a chefe da bancada do Movimento Democrático de Moçambique, na Assembleia Provincial, Virgínia Fernando, professora diplomada pela Universidade Pedagógica, depois de vários anos de leccionar na Escola Secundária Sansão Muthemba, como nunca mais saltava o muro para o “glorioso” partido, foi transferida para Macuti e de lá empurrada para onde o Judas Escariotes perdeu as botas. Isso não é perseguição política?
Desde a Independência, só duas pesoas não frelimistas ocuparam postos de vulto – Francisco Songane, antigo ministro da Saúde, sem filiação partidária e Benjamim Pequenino, da RENAMO, ex-PCA dos Correios de Moçambique. Desde chefe de secção a director nacional, passando por PCA das empresas públicas ou participados pelo Estado, a condição para ocuparem aqueles cargos é pertencerem ao glorioso partido. O Estado não está partidarizado?
Algumas exigências da RENAMO são extemporâneas, como a instauração de um governo de transição e dissolução do actual Governo, mas ela tem muita razão. A cegueira do Governo demonstra que está a arrumar um novo conflito armado para tentar uma vitória militar que desconseguiu na guerra dos 16 anos. Se rebentar uma nova guerra, o povo vai, de certeza, esmagar os novos colonos que confundem o seu partido do Estado.
Edwin Hounnou, Correio da manhã – 02.01.2013
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