Thursday, 25 February 2010

Itai Meque quer membros da oposição na Frelimo

Defendendo que a oposição jamais vai governar

O governador da província da Zambézia, Itai Meque, defendeu que todos os membros dos partidos da oposição residentes naquela província devem abandonar os seus partidos e aderirem ao partido Frelimo.
Segundo Meque, a filiação desses membros à Frelimo é a melhor opção, uma vez que os partidos políticos da oposição jamais vão governar. O governante defende que prova desse fenómeno é o que ocorreu nas eleições de 28 de Outubro último, em que os partidos da oposição atingiram resultados negativos.
Estas declarações foram feitas pelo governador durante alguns comícios populares que vem realizando desde o passado dia 15 de Fevereiro, no quadro da sua visita aos distritos de Gúruè, Namarrói, Lugela e Mocuba, com vista a inteirar-se do grau de desenvolvimento daqueles pontos.

ITAI MEQUE AMEAÇA

Durante a sua visita, Itai Meque apelou - em jeito de ameaça - que quem optar pela não adesão ao partido Frelimo poderá sofrer repercussões drásticas, como ser infeliz até à morte por doenças cardíacas, pois sempre será derrotado.
“Em 1994, 1999, 2004 e 2009 perderam. Nós, a Frelimo, esmagámos os partidos da oposição e renovámos a nossa governação para continuarmos a implementar o manifesto de continuidade, que visa combater a pobreza que graça maior parte da população moçambicana”, disse Meque.
Falando esta terça-feira no distrito de Mocuba, o dirigente reiterou a necessidade de a população continuar a apostar no “partidão”.
“Vamos ajudar os nossos irmãos, porque o comboio de governação da Frelimo e de Armando Guebuza está a passar. quem não quer apanhar boleia o problema é dele, mesmo aqueles que não votaram na Frelimo, também podem apanhar”, referiu.
Por outro lado, o governador da Zambézia tem acusa os partidos oposicionistas como sendo os que estão a fomentar a desinformação sobre a origem da cólera que já ceifou a vida de pelo menos 32 pessoas, das quais 19 no distrito de Gúruè e 13 em Namarrói.


O País, 24/02/10


Nota do José - Este é o tipo de democracia que alguns "iluminados" da Frelimo querem impor em Moçambique, mas isso não vai acontecer, até porque a Zambézia não é Inhambane.

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