As obras em curso visavam a reabertura do estabelecimento, cuja vistoria estava inicialmente marcada para a próxima quinta-feira, altura em que seria indicada a data definitiva para a entrada em funcionamento do histórico café.
A reabilitação do “Continental” estava a ser executada pelo irmão do proprietário, que pretendia voltar a operacionalizá-lo, tal como ditavam as indicações da direcção da Indústria e Comércio, segundo as quais aquele edifício devia servir apenas para casa de pasto.
As obras de reabilitação estavam já na fase conclusiva quando, ontem, apareceram os supostos proprietários a reclamarem a titularidade e a interditarem o prosseguimento dos trabalhos. Soube-se também que os referidos donos alegam ter adquirido o café à anterior gestora, acto que, a ter ocorrido, foi á revelia dos verdadeiros proprietários que nunca pensaram em vender a casa.
“Nunca pensamos em vender o café e os nossos planos foram sempre de reabilitar e voltar a abri-lo ao público. Estas pessoas terão que justificar a reclamação que apresentam”, disse o responsável pelas obras, acrescentando que caso as coisas corram bem o restaurante poderá reabrir as suas portas ao público na próxima semana.
A ideia é voltar a empregar as pessoas que sempre trabalharam naquele local, uma vez que nunca foram desvinculadas, tendo o restaurante encerrado para reabilitação, depois de o Tribunal ter executado a penhora do mobiliário a favor de um ex-trabalhador.
Esta situação prejudica os mais de oitenta trabalhadores daquele café que uma vez mais vêem goradas as suas expectativas de voltar a ocupar os seus postos de trabalho.
Recentemente, o Governo da cidade recusou um pedido da anterior gerência do “Continental” para transformar o edifício em instituição bancária. A intenção fora apresentada à Direcção de Turismo da Cidade de Maputo a 19 de Junho do ano passado, nove dias após o encerramento do estabelecimento por ordem do Tribunal Judicial, que deu luz verde para a penhora dos seus bens na sequência de um imbróglio com um antigo trabalhador.
Na altura pretendia-se repartir o edifício em duas partes, passando a parte maior a acolher um balcão de um banco comercial que opera na cidade de Maputo. A outra continuaria a funcionar como pastelaria, embora em miniatura.
Notícias, 23/02/10
No comments:
Post a Comment