Sunday 28 February 2010

Fronteira de paragem única pronta em Maio


O estratégico projecto de fronteira de paragem única entre Moçambique e África do Sul, respectivamente em Ressano Garcia e Komatipoort, estará concluído em Maio próximo, apesar de ter sido reajustado, ano passado, face à recessão económica global.

Caso os prazos sejam cumpridos, as autoridades alfandegárias, que deram esta informação durante uma visita efectuada ao local pelo ministro das Finanças, Manuel Chang, o empreendimento vai permitir que Moçambique tire um substancial proveito do Mundial 2010, a decorrer a partir de Junho na África do Sul, já que a circulação de pessoas e bens estará facilitada.

Inicialmente, o projecto estava orçado em 130 milhões de dólares americanos, dos quais 100 milhões estavam a cargo de Pretória e o ramanescente de Maputo. No entanto, devido à crise financeira internacional, o projecto foi reformulado, passando a ser de menor dimensão comparativamente ao primeiro.

Para este ano, foi orçamentado um valor de 211 milhões de meticais para a conclusão do projecto.

Essencialmente, estão a ser construídas duas infra-estruturas, nomeadamente, a de passagem de pedestres e a fronteira comercial. As actuais instalações, que serão intervencionadas, vão acomodar a fronteira não comercial.

Actualmente, o movimento de mercadoria diversa, pessoas e viaturas é feito numa única fronteira, provocando congestionamento, situação que desencoraja a utilização da via, especialmente por parte dos turistas.

Durante a apresentação do ponto de situação do projecto ao ministro das Finanças, o mesmo realçou que os prazos para a conclusão das obras devem ser cumpridos, no sentido de tornar a fronteira mais atractiva, o que permitirá uma maior arrecadação de receitas.

No local, constatou-se que as obras já ganham forma, principalmente as que dizem respeito ao canal para pedestres. Para a construção da fronteira comercial, que compreende uma estrada ligando os dois países, serão evacuadas 49 famílias, sendo que neste momento decorrem trabalhos visando o seu reassentamento no mesmo distrito.

O País, 25/02/10

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