Luísa Diogo, antiga Primeira-ministra e actual PCA do Banco Barclays
Luísa Diogo diz que houve erros na estruturação da dívida da Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) avaliada em 850 milhões de dólares. Em entrevista ao semanário SAVANA, publicada na última sexta-feira, a antiga ministra das Finanças alerta que o Estado pode perder credibilidade caso a EMATUM não consiga pagar a dívida. “A credibilidade daquela empresa, do ponto de vista de pagamento da dívida, uma dívida garantida pelo Estado, é credibilidade do próprio Estado”, disse Luísa Diogo. A economista apoia a renegociação da dívida anunciada pelo ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, e defende que o actual Governo não tem como se livrar da EMATUM.
Na entrevista, Luísa Diogo manifesta preocupação com a qualidade da dívida pública e lamenta que a situação resulta de opções negativas feitas por uma geração que há duas décadas negociou o perdão da dívida em 2001.
“As mesmas pessoas que estiveram na equipa de negociação estão a meter o país numa dívida cuja qualidade é comercial”.
A entrevistada diz ainda que Moçambique só vai pagar a dívida pública com tranquilidade quando começar a receber as receitas de produção de gás natural. Ministra das Finanças no governo de Joaquim Chissano e Primeira-ministra no consulado de Armando Guebuza, Luísa Diogo é actualmente PCA do Barclays Bank.
O País
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