A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou hoje o envolvimento de quatro agentes da corporação no roubo de 12 cornos de rinoceronte, dos 65 apreendidos no dia 12 de Maio do ano em curso, numa residência localizada na província meridional de Maputo.
Falando durante o habitual briefing semanal, o porta-voz da PRM, Pedro Cossa, apontou os agentes envolvidos como sendo Calisto, que ocupava o cargo de inspector da PRM e chefe da brigada da Polícia de Investigação Criminal; Faustino Artur, inspector principal da PRM; Victor Luís Arone e o subinspector da PRM, Tadeu Gaspar, sargento da PRM.
O grupo também inclui Elias Matusse, afecto na Direcção Provincial de Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural na Província de Maputo e os cidadãos Zefanias Aurélio e John Chaúque que terão produzido as réplicas para substituir os cornos genuínos, apresentadas à imprensa no dia confirmação do roubo e da sua detenção.
Na semana passada, o porta-voz da PRM ao nível da província de Maputo, Emídio Mabunda, confirmou o roubo dos cornos e detenção de seis indivíduos. Na ocasião, disse que ainda era prematuro avançar se agentes da PRM estariam envolvidos no caso.
Contudo, a ausência de envolvimento de agentes da PRM neste roubo seria impossível porque, segundo o próprio Mabunda, a indicação das pessoas que guarneceram o local onde estavam os cornos, que já estavam fora da alçada da PRM, tinha sido em coordenação entre aquela corporação e outros órgãos do Estado.
Já estavam fora da alçada da Polícia. Estavam confiados a outros órgãos do Estado que, em coordenação com a Polícia, formaram uma missão para os proteger, disse.
Os seis detidos são moçambicanos. Porém ainda é prematuro dizer se são ou não polícias, mas trata-se de pessoas que foram confiadas a guarda dos cornos e que e tinham o acesso ao local do material desaparecido, acrescentou.
Sobre a local onde estavam os cornos, Mabunda apenas garantiu que estes não estavam no comando a nível da província de Maputo.
O Savana, um jornal privado, avança que estes estavam nos armazéns da Procuradoria, que funciona nas mesmas instalações da PIC-Provincial.
Hoje, depois de confirmar os nomes dos envolvidos neste caso, Cossa disse ser imperdoável o envolvimento dos oficiais da PRM.
Nada justifica. A corporação não pode ser manchada com este tipo de acções. Eles mancharam uma corporação inteira. São oficiais subalternos das Polícia lidam com processos e instauram processos há vários anos e eles têm aquilo que na gíria chamam de calos.
Depois do roubo, segundo Cossa, foi reforçada a segurança do local. Recusando-se a revelar a sua localização, disse apenas a segurança foi redobrada
Na mesma operação, as forças de segurança apreenderam 340 pontas de marfim, totalizando o lote todo 1300 quilogramas. Esta é considerada a maior apreensão de cornos feita no país.
(AIM)
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