A RENAMO, o principal partido da oposição em Moçambique, acusou hoje em Maputo o Governo de estar a dirigir o país através de “políticas falidas”, sujeitando os moçambicanos a um elevado custo de vida.
Moçambique tem conhecido nos últimos meses uma galopante subida nos preços dos produtos e serviços básicos, que levou a inflação a atingir 16,1 por cento em Julho. A tendência na escalada de preços irá manter-se, com o agravamento do custo de pão, água e eletricidade, a partir de Setembro.
Reagindo à actual conjuntura social e económica em Moçambique, o principal partido da oposição acusou em conferência de imprensa o partido no poder desde a independência em 1975, FRELIMO, de impor ao país “políticas falidas”.
“Esta subida de preços é uma demonstração de que as políticas do Governo do dia estão falidas e não correspondem às expectativas dos moçambicanos”, disse Saimone Macuiane, relator da bancada parlamentar da RENAMO.
Por isso, segundo o relator, “os moçambicanos, com a anunciada subida do preço do pão, a partir do mês de Setembro, não poderão usufruir deste alimento básico para a sua dieta, dado que mesmo o actual preço está fora do alcance do poder de compra”.
A RENAMO atacou também a decisão do Governo de obrigar os automobilistas a submeterem as suas viaturas a uma inspecção obrigatória, com fundamento na necessidade de estancar a elevada sinistralidade rodoviária no país.
“Consideramos que o propósito desta inspecção não é de evitar acidentes, mas sim de continuar a depauperar cada vez mais o bolso do cidadão por parte do Governo da FRELIMO ”, enfatizou Saimone Macuiane.
As inspecções obrigatórias de viaturas têm sido muito criticadas por se entender que a sinistralidade rodoviária em Moçambique não resulta apenas do deficiente estado mecânico das viaturas, pois também concorrem o mau estado das vias e a corrupção na polícia.
Notícias Lusófonas
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