Tuesday, 24 August 2010

África do Sul: Fronteira com Moçambique sob controlo do Exército



AS fronteiras sul-africanas, incluindo a de Komatipoort, do outro lado do posto administrativo de Ressano Garcia, na província do Maputo, passam agora a ser controladas por unidades das Forças de Defesa da África do Sul (SANDF).

Maputo, Terça-Feira, 24 de Agosto de 2010:: Notícias

O Exército sul-africano começou a instalar as suas unidades a partir de Maio deste ano quando o Governo, evocando motivos de segurança, decidiu retirar a Polícia.
O diário sul-africano “Sowetan”, editado em Joanesburgo, diz que as tropas instaladas ao longo das fronteiras da África do Sul têm ordens de prender, deter, vasculhar e confiscar mercadorias, no quadro de uma operação destinada a combater actividades ilícitas no país.
Uma equipa de reportagem deste matutino esteve há dias nas fronteiras que a África do Sul partilha com Moçambique e Zimbabwe, tendo verificado que partes do arame farpado foram destruídas por grupos de imigrantes ilegais.
Mais de 60 quilómetros da fronteira entre Moçambique e África do Sul são intransitáveis, com tropas das SANDF a repararem a via, cujo arame está destruído por alegados contrabandistas de viaturas, gado bovino, entre outros produtos.
O major-general Barney Hlatshwayo disse que desde Maio último o Exército deteve ao longo da fronteira zimbabweana mais de 15 mil imigrantes ilegais, sendo o grosso de contrabandistas de cigarros orçados em 22 milhões de randes.
Relativamente à fronteira com Moçambique, de acordo com aquele oficial do Exército, 761 estrangeiros, maioritariamente moçambicanos, foram detidos desde Maio último, recuperadas cinco viaturas, 20 cabeças de gado bovino e 20 quilogramas de drogas diversas.
Hlatshwayo acusou a dado momento a Polícia de ter contribuído para a deterioração do arame separando a África do Sul dos dois Estados, que no passado impedia a movimentação de ilegais para a “terra do rand” sob pretexto da busca de melhores condições de vida e emprego.
Ele indicou que estrangeiros destroem o arame para poder atravessar para o lado sul-africano.
Hlatshwayo defendeu a necessidade do reforço com mais unidades do Exército e uso da forças de cavalaria canina, uma vez que grandes contingentes de ilegais continuam a assediar as fronteiras.
Revelou que uma vez restabelecido o arame farpado, a África do Sul voltará a electrificar as fronteiras de forma a impedir a entrada de ilegais no país.

AIM

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