Cartoon de Zapiro, publicado no semanário Sunday Times
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Sindicatos sul africanos condenam atitude do Governo
As uniões sindicais da África do Sul condenaram a injunção judicial levantada no sábado pelo Governo, que proibe alguns trabalhadores do sector público de prosseguirem com a greve.
Um porta-voz da federação sindical Cosatu disse à BBC que esta posição pretende apenas "intimidar" os grevistas.
No sábado, o Governo viu-se forçado a mobilizar pessoal da área da saúde do exército para 32 hospitais, de forma a assegurar os serviços mínimos.
Mas de um milhão de trabalhadores estão em greve desde quarta passada, reivindicando um aumento salarial.
Sem acordo à vista, o Governo levantou uma injunção contra os sindicatos este sábado, explicando que pretendiam manter os hospitais em funcionamento, bem como assegurar os serviços nas prisões.
A injunção previne também os enfermeiros e professores de intimidarem colegas que recusem aderir à greve.
O editor da BBC para questões africanas, Martin Plaut, diz que a greve parece ter-se intensificado, com mais duas organizações sindicais de professores a unirem-se ao protesto, e com poucos sinais de que se avizinhe o fim da greve.
Os sindicatos, que representam um milhão de funcionários públicos - acusam as autoridades de intimidarem os seus membros.
As escolas estão encerradas, hospitais barricados e ruas bloqueadas.
O Governo ofereceu um aumento salarial de 7%. As uniões sindicais ligadas à Cosatu exigem uma revisão de 8,6%.
O Governo já disse que não consegue ir ao encontro de tal aumento, que corresponde ao dobro da inflação.
Apesar da injunção, os sindicatos dizem que não vão pedir aos seus membros que regressem ao trabalho.
Na sexta, o ministro da Saúde sul africano, Aaron Motsoaledi, disse que os funcionários hospitalares, que interromperam tratamentos vitais e forçaram colegas a aderirem à greve, estão a agir como assassinos.
O Presidente Jacob Zuma salientou o direito à greve, mas apelou ao fim da violência e intimidação.
BBC
2 comments:
Sim, o problema é mesmo esse.
Querem OBRIGAR toda a gente a aderir à greve, e quando isso não acontece, usam medidas menos democráticas, como intimidação, violência e o uso de linguagem grosseira.
Afinal, onde está a liberdade e a democracia, quando infringimos a dos outros?
Maria Helena
Preocupante este recurso à violência e intimidação, uma má estratégia pois a sociedade perdeu o respeito e a simpatia pelos grevistas.
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