Zwelinzima Vavi, secretário-geral do COSATU descreveu o governo do presidente Jacob Zuma como estando “a caminhar rapidamente em direcção a um Estado predador” dirigido por “quizumbas corruptas e demagogas” e afirmou que o ANC não mais poderia contar com a central sindical para lhe dar apoio eleitoral
Pretoria (Canalmoz) - São cada vez mais remotas as possibilidades de Jacob Zuma vir a cumprir um segundo mandato como chefe de Estado da África Sul. O Congresso dos Sindicatos Sul-africanos (COSATU) e a Liga da Juventude do ANC (ANCYL) já declararam publicamente o seu descontentamento em relação ao governo liderado por Zuma, numa altura em que a função pública está em greve vai para três semanas.
Zwelinzima Vavi, secretário-geral do COSATU, fez cerradas críticas ao governo de Zuma, tendo prometido um “encerramento completo” da economia do país. Vavi descreveu o governo de Zuma como estando “a caminhar rapidamente em direcção a um Estado predador” dirigido por “quizumbas corruptas e demagogas”. O dirigente sindicalista afirmou que o ANC não mais poderia contar com a central sindical para dar apoio aos candidatos a serem apresentados por aquela formação política nas eleições autárquicas do próximo ano.
A liga juvenil do partido no poder na África do Sul mostrou indícios de pretender retirar o apoio a Zuma, optando pelo actual vice-presidente, Kgalema Motlanthe. Diversos dirigentes da ANCYL estão a considerar retirar Zuma da lista de candidatos à liderança do partido em 2012. Outras individualidades da preferência da ANCYL incluem Tokyo Sexwale, a ministra da defesa, Lindiwe Sisulu, e o vice-ministro da polícia, Fikile Mbalula.
Discursando perante uma reunião da ANCYL a semana passada, o líder da juventude do ANC, Julius Malema, comentou que “os filhos dos dirigentes e os amigos daqueles que detêm o poder acumulam cada vez mais dinheiro, ao passo que o nosso povo não sobe na vida”.
Jacob Zuma, que regressou à África do Sul sexta-feira última proveniente da China, condenou energicamente a greve da função política, cujos efeitos fazem-se sentir nos hospitais estatais, não obstante o governo ter desdobrado no terreno pessoal militar para prestação de cuidados médicos nas unidades hospitalares do país.
(Redacção / Sunday Times)
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