Tuesday, 17 August 2010

Está difícil levar FACIM a Marracuene

OS fundos disponíveis para a viabilização das obras do novo recinto que vai acolher as próximas edições da Feira Internacional de Maputo (FACIM) estão muito aquém do custo real da infra-estrutura que, em princípio, deveria ter arrancado há alguns anos. Dos cerca de 44 milhões de dólares necessários para a concretização do empreendimento apenas estão disponíveis 11 milhões de dólares resultantes da venda do actual local da exposição na baixa da capital do país.

Maputo, Terça-Feira, 17 de Agosto de 2010:: Notícias

Confrontado com o problema, o Governo, através do Instituto de Promoção de Exportações (IPEX), já veio a público não só reconhecer as insuficiências financeiras, como também solicitar parcerias com o sector privado para a viabilização do projecto que vem sendo anunciado há vários anos.
Ontem, durante uma conferência de Imprensa para anunciar a realização da quadragésima sexta edição da FACIM, de 30 de Agosto a 5 de Setembro, João Macaringue, presidente do Conselho de Administração do IPEX, recordou que o plano inicial previa a construção de um pavilhão multi-uso e parques de estacionamento. No entanto, entendeu-se que não seria sustentável que as pessoas se deslocassem a Rikatla para expor e depois regressarem todos os dias à cidade. Isso levou a que se redesenhasse o projecto, de modo a contemplar hotéis e outras infra-estruturas complementares para o projecto.
“O Estado não possui recursos financeiros para o desenvolvimento dessas infra-estruturas e foram solicitados privados no sentido de investir, havendo, neste momento, uma boa indicação do interesse que os privados nutrem com a ideia”, sustentou Macaringue, sem indicar a previsão do arranque das obras de Marracuene.
Durante a comunicação, João Macaringue confirmou a inscrição, pelo menos até ontem, de 14 países, 31 empresas estrangeiras e cerca de 201 empresas nacionais.
Dos 14 países que confirmaram a participação no certame metade representa a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), enquanto os restantes sete são de outras regiões do globo.
Entre os países que confirmaram a sua participação figura a Itália, Portugal, Espanha, Brasil, África do Sul, Tanzânia, Macau, Zâmbia, Zimbabwe, Quénia, Malawi, Botswana, Indonésia e Suazilândia.
Como habitualmente acontece, Portugal vai ocupar a maior área da feira, tendo para isso solicitado cerca de 864 metros quadrados. A seguir constam a República da África do Sul e a Itália, com 457 metros e 360 metros quadrados, respectivamente.
Macaringue sublinhou que não obstante o cenário de crise que a economia atravessa, o número de expositores nacionais é satisfatório, pelo que existem cerca de 20 empresas nacionais que aguardam espaço para expor na FACIM-2010.
No geral, até ontem, estavam inscritas na feira, cerca de 201 empresas nacionais, número que se acredita poder vir a subir nos próximos dias.

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