Wednesday 17 June 2009

Renamo promete cooperar na actualização do recenseamento

Apesar de sustentar constrangimentos de ordem legal ...mas denuncia intimidação contra os vogais do seu partido nas Comissões Distritais de Eleições


Maputo (Canal de Moçambique) - A porta-voz do Gabinete Central das Eleições da Renamo, Ivone Soares, garantiu ao «Canal de Moçambique» que o seu partido vai cooperar com os órgãos eleitorais, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) durante o actual processo de actualização do recenseamento eleitoral.
Entretanto, contrariamente ao que aconteceu no processo de recenseamento de raiz ocorrido em 2004, em que o partido da perdiz tinha sérios problemas logísticos incluindo falta de pagamento de subsídios a seus fiscais afectos nos postos de recenseamento eleitoral, Ivone Soares, garantiu que este assunto “não se vai fazer sentir pois há dinheiro para o pagamento dos fiscais afectos nas brigadas de recenseamento”.

Partido bem preparado para fiscalizar


“O partido está bem preparado para fiscalizar este processo”, disse.
Entretanto, a mesma fonte garantiu ainda que o partido Renamo está interessado em “colaborar com as autoridades ligadas à actualização do recenseamento quer na mobilização dos moçambicanos para aderirem ao processo, quer no apelo aos brigadistas para que não se deixem influenciar por princípios contrários a lei”.

Renamo denuncia anomalias


A porta-voz do Gabinete Central das Eleições da Renamo lamenta, entretanto, as supostas perseguições a vogais do seu partido afectos às Comissões Distritais de Eleições nos distritos da Marávia, Zumbo, Cabora-Bassa e Ulóngue, província de Tete, que segundo disse, são perpetrados pelos secretários de bairros que militam no partido Frelimo.
“Em Marávia, os nossos vogais viram as suas casas incendiadas depois de terem sido ameaçados pelos secretários da Frelimo. Temos os nossos vogais na Comissão Distrital de Eleições em Zumbo, nomeadamente Orlando Cesário e José Manuel, que foram ameaçados de morte e porque estavam numa situação de insegurança tiveram que se refugiar na cidade de Tete.
“O secretário do bairro da vila de Ulóngue recusou-se a passar uma declaração para permitir que os nossos vogais possam tratar os certificados de residência, alegadamente por não terem autorização”, disse a nossa entrevistada que apontou que estas atitudes impedem os membros do seu partido de participarem directamente no processo.



(Alexandre Luís, Canal de Moçambique, 17.06/09)

NOTA: Intolerancia, violencia e intimidação são inaceitáveis em democracia.

2 comments:

Anonymous said...

Uma verdadeira democracia implica que todos os partidos tenham os mesmos direitos. Nada de perseguicoes, intimidacao, violencia e outros.
Maria Helena

JOSÉ said...

Devemos questionar se os que cometem esses desmandos pretendem mesmo a democracia para Moçambique!