Thursday, 18 June 2009

PC no seu melhor.

Publicado por jcd em 25 Maio, 2009

A história de Paulo Seródio, narrada pelo ABCNews, é notável. Paulo Seródio é moçambicano, descendente de portugueses e residente nos Estados Unidos da América onde estuda medicina. Tem dupla nacionalidade – é moçambicano e norte-americano. Numa aula, identificou-se como “White African-American” e entrou directamente no Inferno sem passar pelo Purgatório. Começou com uma colega muito ofendida pelo “insulto racista”, porque um cidadão branco nascido em África e com nacionalidade americana nunca se pode definir como African-American.
Os jugulares lá do sítio não saíram de cima e após uma sequência de peripécias, que incluíram exames psiquiátricos para aferir da capacidade de Seródio para frequentar um curso de medicina e a proibição de publicar artigos para não afectar psicologicamente a comunidade afro-americana, Paulo Seródio foi suspenso por um ano. Lá como cá: quem se mete com os PêCês, leva.

( http://www.blasfemias.net/ )

NOTA: PC, neste caso, refere-se ao Politicamente Correcto. Segundo o conceito de politicamente correcto, é incorrecto o Paulo Serôdio identificar-se como Branco African-American.

4 comments:

Anonymous said...

O PC aqui nao funcionou. Foi usado para discriminar ou excluir alguem. Nunca tive muita fe no sistema americano de justica, este caso so veio cimentar o que sempre pensei.
Maria Helena

JOSÉ said...

Poi é, essa história do Politicamente Correcto por vezes cria situações ridículas e bizarras.

Anonymous said...

Sabe, este caso fez-me muita confusao a 'moleirinha'... fartei-me de pensar e meditar. Pessoalmente, cheguei a conclusao que nao me importaria mesmo nada que alguem, mesmo sendo estrangeiro e vivendo no meu pais, se assumisse como 'africano, mocambicano, etc' - desde que tivesse a certeza que realmente tinha os interesses do pais no coracao e que amava a minha patria; penso que ate ficaria feliz e orgulhosa, sentiria que alguem 'adoptou o meu pais e a minha cultura' de coracao, pois vejo muitos nacionais que nao amam a nossa patria, que nao teem orgulho na sua mocambicanidade, que nao se importam com a situacao politica, nem com a reconstrucao do pais, como alguns estrangeiros ou pessoas de outras racas que se naturalizaram mocambicanos e que amam verdadeiramente Mocambique e que lutam pelo desenvolvimento e progresso desta nossa patria.
Maria Helena

JOSÉ said...

Na verdade tambem tenho pensado nisto e continuo a afirmar que se tem de ter muito cuidado com os rótulos e que a perseguição feita ao Paulo é bizarra.
Não sei se temos todos os factos, mas isto é estranho. Não sei se leu o link em língua inglesa, fiz referencia na postagem, se não leu, leia que é interessante.

Abraço!