Tuesday 1 July 2014

Assinatura do “documento final” da cessação das hostilidades



Houve recuos por parte do governo

- A Renamo apontou dois principais pontos que registaram regressão nesta segunda-feira depois de nas sessões anteriores terem sido fechados em consenso com a delegação governamental.
As delegações do governo moçambicano e da Renamo voltaram a sair, esta segunda-feira, do Centro de Conferencias Joaquim Chissano, desprovidas de notícias que pudessem amparar os moçambicanos que continuam semana a semana a ver as suas expectativas frustradas. A delegação governamental disse no fim da cessação que a culpada é a Renamo que continua a não mostrar vontade para se avançar. A delegação da Renamo, por seu turno, acusou a contra parte governamental de estar deliberadamente e com “intenções desconhecidas” a recuar. A Renamo  fez questão de citar pontos concretos que já tinham alcançado consenso mas que nesta segunda-feira, o governo trouxe uma nova versão, diferente dos consensos anteriormente alcançados.
De acordo com a Renamo, para a assinatura do acordo faltavam apenas algumas questões de detalhe, pois as questões de fundo como são os casos da necessitando da retirada das forças das zonas de conflito e o consequente acantonamento em locais previamente acordados já tinha sido alcançado.
Entretanto, nesta segunda-feira, denunciou a Renamo, o governo trouxe um novo texto com novos acréscimos de conteúdo.
De acordo com a Renamo, esta realidade verificou-se, por exemplo, na alínea a) do ponto que diz respeito à necessidade de acantonamento das forças em local previamente estabelecido. Segundo a Renamo, também verificou-se recuo na alínea a) do número 2 do chamado “documento final.
Este ponto diz respeito às atribuições dos observadores militares internacionais que, segundo o texto anteriormente acordado, vinham para o país para “monitorar e garantir a implementação da cronologia da retirada das forças nas zonas de conflito”.
“Já tínhamos consensualizado esse ponto e hoje o governo vem dizer que não aceita mais retirar os homens das zonas de conflito”- disse Macuiana para quem, estas são questões de fundo que precisam regressar aos consensos anteriores no sentido de o mais rapidamente possível, as partes assinarem o acordo que vai devolver a paz e a tranquilidade ao país.
O documento tem um total de 12 pontos com algumas alíneas e num dos pontos (5), as partes acordaram consensualmente promover o espírito de reconciliação, cessando todas as manifestações hostis incluindo injúrias na comunicação social.
“É um ganho mas restam questões de fundo que tem a ver com a retirada das forças nas zonas de conflito e reorganização das FDS” – disse Macuana.



MediaFax, 01/07/14

2 comments:

Anonymous said...

Se a Frelimo rejeita retirar os militares da zona de conflito acho que sejam eles a ir integrar as tropas e não pessoas que para lá levaram, sejam eles e os sobrinhos a ir continuar com coluna de viaturas para atravessar Muxungwe.

Anonymous said...

Se a Frelimo rejeita retirar os militares da zona de conflito acho que sejam eles a ir integrar as tropas e não pessoas que para lá levaram, sejam eles e os sobrinhos a ir continuar com coluna de viaturas para atravessar Muxungwe.