Tuesday, 22 July 2014

CASO SEJA REQUALIFICADA: População da baixa vai quadruplicar
















A BAIXA da cidade de Maputo passará dos actuais 12 mil para 64 mil habitantes dentro dos próximos 11 anos, caso se avance com o ambicioso projecto de requalificação da zona.
Denominado “Plano Parcial de Urbanização para o Desenvolvimento e Requalificação da baixa”, a iniciativa prevê a transformação desta parte da capital em zona multifuncional, na qual se congregue as componentes habitacionais, comercial, serviços, entretenimento e outros, mantendo-a activa 24 horas.
Dados recentemente divulgados na segunda e última sessão de auscultação pública realizada no Paços do Município de Maputo, indicam que as mudanças previstas vão ainda incrementar a capacidade de espaços para trabalho.
A perspectiva é que esta parte da cidade possa acolher nas horas de expediente, 100 mil trabalhadores, muito acima do cenário actual.
Com a requalificação, 15 mil novas unidades habitacionais deverão nascer nas três zonas da baixa, concretamente no centro, na parte Este, que cobre as zonas da antiga FACIM e barreiras da Maxaquene, e no Oeste, lados dos CFM e da ponte para KaTembe.   
A nova baixa deverá privilegiar o que há de melhor na cidade, com destaque para a vista ao mar, património histórico-cultural e comércio. Nesse sentido, por exemplo, as futuras construções nas barreiras terão que ter uma altura que permita contemplar o mar a partir do Jardim dos Professores, no Museu.
Aliás, deseja-se ainda uma ligação entre a parte baixa e alta da urbe a partir da costa, para sanar os actuais constrangimentos quando se pretende ligar aqueles dois pontos.
No novo desenho, a avenida Samora Machel ficaria exclusivamente para passeios a pé da Praça da Independência à baia, espaço que deverá servir para actividades de venda de brindes, incluindo obras de artesanato.
O “draft” do projecto desenhado por um consórcio de consultores, num grupo de que faz parte o arquitecto João Tique, prevê que a área verde da baixa, que actualmente cobre quatro por cento da extensão total, passe para 15.
As alterações das infra-estruturas deverão respeitar os 314 bens patrimoniais de diferentes valores, desde o universal, como a Estação Central dos CFM, aos de significado local.
A mobilidade rodoviária, uma das actuais dores de cabeça da zona baixa da cidade, vai ser resolvida com a harmonização dos sistemas propostos como as vias dedicadas a autocarros (BRT), metro, táxi e txopelas.
 

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