Para retirar os moçambicanos do lodo em que foram metidos, consta que o Governo estará disposto a proclamar, oficial e publicamente, e aplicar uma amnistia ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e seus seguidores, incluindo a retirada das acusações imputadas ao brigadeiro Jerónimo Malagueta (ora em liberdade condicional depois de nove meses de detenção na BO) e ao porta-voz do líder da “perdiz”, António Muchanga, detido na Cadeia de Máxima Segurança em Maputo, há sensivelmente três semanas, sob acusação de incitação à violência.
O chefe da diplomacia timorense, José Luís Guterres, entende que Moçambique é capaz de encontrar uma solução duradoura para a situação interna do país.
“Entendo que o Governo de Moçambique, pelas políticas já iniciadas, é capaz de encontrar uma solução duradoura, que já encontraram há muitos anos, para o que se está a passar em Moçambique”, disse em conferência de imprensa José Luís Guterres.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste falava esta terça-feira em Díli no final da XIX reunião ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“Acompanhamos a situação de Moçambique. Aquilo que tenho lido é que há iniciativa a nível interno para se resolver a situação em que se encontra”, disse.
“O ministro de Moçambique presente na nossa reunião não elaborou sobre a situação interna do país e também não solicitou ajuda à CPLP para os problemas que enfrentam”, respondeu o chefe da diplomacia timorense, quando questionado pelos jornalistas se o assunto tinha sido debatido no encontro.
Há vários meses que se verificam em Moçambique confrontos entre forças governamentais e os ex-guerrilheiros da Renamo, o principal partido da oposição.
O chefe da diplomacia timorense, José Luís Guterres, entende que Moçambique é capaz de encontrar uma solução duradoura para a situação interna do país.
“Entendo que o Governo de Moçambique, pelas políticas já iniciadas, é capaz de encontrar uma solução duradoura, que já encontraram há muitos anos, para o que se está a passar em Moçambique”, disse em conferência de imprensa José Luís Guterres.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste falava esta terça-feira em Díli no final da XIX reunião ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“Acompanhamos a situação de Moçambique. Aquilo que tenho lido é que há iniciativa a nível interno para se resolver a situação em que se encontra”, disse.
“O ministro de Moçambique presente na nossa reunião não elaborou sobre a situação interna do país e também não solicitou ajuda à CPLP para os problemas que enfrentam”, respondeu o chefe da diplomacia timorense, quando questionado pelos jornalistas se o assunto tinha sido debatido no encontro.
Há vários meses que se verificam em Moçambique confrontos entre forças governamentais e os ex-guerrilheiros da Renamo, o principal partido da oposição.
Lamparina ao fundo do túnel
“É uma questão apenas de tempo. Há uma vontade política já expressa pelo
candidato da oposição de participar nas eleições presidenciais, o que significa que o processo democrático está no bom caminho”, sublinhou.
O cenário de entendimento entre o Governo e a Renamo ganhou maior solidez nos últimos dias, ambiente também evidenciado pelas declarações públicas dos líderes das duas delegações.
Analistas habilitados acreditam que entre os factores que em maior escala terão contribuído para esse cenário são considerados os seguintes:
candidato da oposição de participar nas eleições presidenciais, o que significa que o processo democrático está no bom caminho”, sublinhou.
O cenário de entendimento entre o Governo e a Renamo ganhou maior solidez nos últimos dias, ambiente também evidenciado pelas declarações públicas dos líderes das duas delegações.
Analistas habilitados acreditam que entre os factores que em maior escala terão contribuído para esse cenário são considerados os seguintes:
a) A Renamo moderou as suas exigências no que toca ao estabelecimento de uma paridade artimética na direcção das Forças de Defesa e Segurança (FDS), contentando- se com a aplicação do princípio de “despartidarização” das mesmas – há quem entenda isto como uma repetição quase exacta de um alegado “erro” que Dhlakama cometeu durante as conversações de Roma que conduziram ao fim dos 16 anos de guerra civil em Moçambique (1976/1992).
b) O Governo estará, ainda, disposto a proclamar, oficial e publicamente, e aplicar uma amnistia ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e seus seguidores, incluindo a retirada das acusações imputadas ao brigadeiro Jerónimo Malagueta (ora em liberdade condicional depois de nove meses de detenção) e ao porta-voz do líder da “perdiz”, António Muchanga, detido na Cadeia de Máxima Segurança (vulgo BO) em Maputo, há sensivelmente três semanas, sob acusação de incitação à violência.
c) A fé dos mesmos observadores, o Executivo de Maputo estaria, ainda, disposto a reforçar a segurança de Afonso Dhlakama quando este descer das montanhas e retornar à actividade política plena, tendo como enfoque imediato a campanha eleitoral com vista às eleições presidenciais de 15 de Outubro próximo.
Consta estar a ser redigido um pacto formal a ser celebrado pelas duas partes, apesar de tanto os representantes do Governo como os da Renamo, na mesa negocial no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, declinarem confimar ou desmentir tal esforço.
Consta estar a ser redigido um pacto formal a ser celebrado pelas duas partes, apesar de tanto os representantes do Governo como os da Renamo, na mesa negocial no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, declinarem confimar ou desmentir tal esforço.
Os mesmas analistas entendem que os sinais de aproximação dos pontos de vista das duas delegações são ainda consubstanciados pela interrupção efectiva dos confrontos entre as forças beligerantes do Governo e da Renamo nas últimas
três semanas, a “reacção contida” de Dhlakama face à detenção de Muchanga, a resolução do dossier Certidão de Registo Criminal do líder da “perdiz” (Cm N.º 4371, pág. 1), bem como a moderação da linguagem das duas partes, salvo raríssimas excepções, de intervenientes tidos como “descontrolados”.
três semanas, a “reacção contida” de Dhlakama face à detenção de Muchanga, a resolução do dossier Certidão de Registo Criminal do líder da “perdiz” (Cm N.º 4371, pág. 1), bem como a moderação da linguagem das duas partes, salvo raríssimas excepções, de intervenientes tidos como “descontrolados”.
Correio da manhã, 23/07/2014
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