AS obras da reconstrução da barreira que protege a costa da cidade de Maputo serão entregues até Outubro próximo, cinco meses após a data inicialmente prevista.
Neste momento está-se na fase da finalização dos trabalhos junto à entrada da zona dos Pescadores, último troço dos cerca de 13 quilómetros que compõem a empreitada, iniciada na ponte-cais para Catembe.
O presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, que esta quarta-feira visitou a zona para se inteirar do progresso dos trabalhos, disse que os trabalhos estão num bom ritmo e que está-se já próximo da meta.
Em curso desde Setembro de 2012, a reabilitação da orla marítima da capital, cuja degradação já permitia que em momentos de maré-alta a água galgasse a estrada, decorre em paralelo com as obras da Estrada Circular de Maputo, o que constitui constrangimento para os empreiteiros das duas obras.
A chuva que se abateu fortemente sobre a capital no início do ano passado e do corrente impôs alterações ao cronograma do construtor, o consórcio luso-angolano MCA Group JV/RME.
Tendo em conta que actualmente as máquinas movimentam-se com maior intensidade na zona dos Pescadores, o que já inquieta os que vivem da pesca, Simango tranquiliza-os explicando que o empreiteiro não se fará ao mar e nem perturbará o decurso da actividade.
Além do paredão de protecção e dos sete esporões ou quebra-mar de até 200 metros de cumprimento, a obra, financiada pelo Fundo Saudita de Desenvolvimento, Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) e o Estado, prevê a introdução de pedregulhos e solos entre a barreira e o mar, aumentando-se, desta forma, a extensão da praia.
O projecto contempla ainda o reforço do revestimento com mangais a partir do quilómetro dez, na zona do Restaurante Costa do Sol, até à zona dos Pescadores.
Parte dos solos a serem depositados entre a barreira e a água resultará da dragagem do canal de acesso ao Porto de Maputo, já em curso, que serão posteriormente transportados por barcos e/ou bombeados para a área. O volume de solos a ser movimentado do canal é estimado em um milhão de metros cúbicos, de acordo com dados apresentados pelo Conselho Municipal.
De salientar que a reposição e modernização da barreira de protecção costeira, avaliada em cerca de 22 milhões de dólares norte-americanos, já foi apontada como “uma das mais importantes obras estruturais do município”, visto que o estado actual de destruição ameaça empreendimentos existentes ao longo daquela zona nobre da cidade.
Ainda ontem o presidente Simango visitou as obras de reabilitação da Avenida do Trabalho e da modernização do Jardim Tunduro, ambas a bom ritmo.
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